Summary: | Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-07-30T11:51:41Z
No. of bitstreams: 2
Dissertação - José Valdir Misnerovicz - 2015.pdf: 4239813 bytes, checksum: 8e4e2e77e807a71e2faca9aa4ac95d70 (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) === Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-07-30T13:58:37Z (GMT) No. of bitstreams: 2
Dissertação - José Valdir Misnerovicz - 2015.pdf: 4239813 bytes, checksum: 8e4e2e77e807a71e2faca9aa4ac95d70 (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) === Made available in DSpace on 2018-07-30T13:58:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Dissertação - José Valdir Misnerovicz - 2015.pdf: 4239813 bytes, checksum: 8e4e2e77e807a71e2faca9aa4ac95d70 (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Previous issue date: 2016-01-22 === This work from master's degree analyzes the historical process of the field project dispute in Brazil and Goiás. In this direction were developed analytical critical studies on the expansion of capitalism in the field, with emphasis on the neoliberal phase, we understand that agriculture is related the capitalist mode of production, under the structured logic of antagonistic classes in disputes, and landlordism is the result of social and historical process, option and enforcement of the dominant class, remaining until today as a scourge of our society that can only be cured with the democratization of land, giving it a social and ecological function, as opposed to the hegemonic model of the current agriculture, agribusiness, which we consider an exhausted model, full of contradictions and responsible for the environmental and socioeconomic problems affecting the majority of society . We affirm the need to overcome the rural-urban dichotomy as a way of building a society project with social and ecological justice. We identify the State as the main inducing agent and protector of the hegemonic model and the socially and economically unproductive latifundia. The capital offensive in the Brazilian field requires new challenges to the struggle for democratization of access to land and agrarian reform, a new confrontation with the output of direct confrontation with economically unproductive latifundia, for a coping articulated around agribusiness models and their economic, political and ideological arrangements. The struggle for land acquired a class character, design contest, land and territory as inseparable dialectical unity. We conclude that the new elements of the agrarian question and contemporary agrarian reform is a challenge to be faced in the theoretical / conceptual level, as the practice of the subject action directly involved with this cause. The solution to the agrarian question goes through an agrarian reform and a set of measures, programs and structural policies in / and the field. Contemporary agrarian reform is not only a necessity of landless peasants, neither they have enough strength to do it. The “popular land reform" is transient, is an accumulation strategy forces for agrarian reform of the socialist type. It is considered that, from a geostrategic point of view that this "popular agrarian reform" must signal to a popular alliance with the working class of the country and the city. The camps play a key role to organize, enhance and create the basis for the formation of a new type of peasants with a world view and society to rethink the use and care practices with the land and the ecology. We argue that in the project dispute view, the struggle for land, directly involved subjects and the organization of political intentionality contribute to qualitative leaps in the construction of anti-hegemonic project. The project of "popular agrarian reform" is a construction against hegemonic to the neoliberal model, and points to another social logic of coping in the context of the agrarian question in this beginning XXI century. === A presente Dissertação de Mestrado analisa o processo histórico de disputa do projeto de campo no Brasil e em Goiás. Nessa direção foram desenvolvidos estudos críticos analíticos sobre a expansão do capitalismo no campo, com ênfase à fase do neoliberalismo. Entendemos que a agricultura está relacionada ao modo de produção capitalista, sob a lógica estruturada de classes antagônicas em disputa, e o latifúndio é resultado do processo social e histórico de opção e imposição pela classe dominante, permanecendo até a atualidade como uma chaga de nossa sociedade, que somente poderá ser curada com a democratização da terra, dando-lhe uma função social e ecológica, em contraposição ao modelo hegemônico da agricultura atual, do agronegócio, que consideramos um modelo esgotado, carregado de contradições e responsável pelos problemas socioambientais e socioeconômicos que afetam a maioria da sociedade. Afirmamos a necessidade de superação da dicotomia campo-cidade como caminho para a construção de um projeto de sociedade com justiça social e ecológico. Identificamos o Estado como principal agente indutor e protetor do modelo hegemônico e do latifúndio social e economicamente improdutivo. A ofensiva do capital no campo brasileiro exige novos desafios à luta pela democratização do acesso à terra e pela reforma agrária, um novo enfrentamento, com a saída do confronto direto com o latifúndio economicamente improdutivo, para um enfrentamento de modelos articulados em torno do agronegócio e seus arranjos econômicos, políticos e ideológicos. A luta pela terra adquire um caráter de classe, de disputa de projeto, terra e território como unidade dialética inseparável. Concluímos que os novos elementos da questão agrária e da reforma agrária contemporânea são um desafio a ser enfrentado tanto no campo teórico/conceitual, como na ação prática dos sujeitos diretamente envolvidos com essa causa. A solução para a questão agrária passa por uma reforma agrária e um conjunto de medidas, programas e políticas estruturantes no campo e para o campo. A reforma agrária contemporânea não é uma necessidade apenas dos camponeses sem terra, nem os mesmos têm força suficiente para realizá-la. A reforma agrária popular é transitória, é uma estratégia de acúmulo de forças para uma reforma agrária do tipo socialista. Considera-se, do ponto de vista geoestratégico, que essa reforma agrária popular precisa sinalizar para uma aliança popular entre a classe trabalhadora do campo e a da cidade. Os acampamentos cumprem um papel fundamental para organizar, potencializar e criar as bases para a formação de um novo tipo de camponeses, com uma visão de mundo e sociedade que repense as práticas do uso e do cuidado com a terra e com a ecologia. Defendemos que na perspectiva da disputa de projetos, a luta pela terra, os sujeitos diretamente envolvidos e a intencionalidade política da organização contribuem para saltos qualitativos na construção do projeto anti-hegemônico. O projeto da reforma agrária popular é uma construção contra-hegemônica ao modelo neoliberal, e aponta para outra lógica social de enfretamento no contexto da questão agrária, nesse inicio de século XXI.
|