Estudo clinicopatológico de biópsias bucais em crianças e idosos: um estudo de 57 anos

Submitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2016-08-04T17:50:33Z No. of bitstreams: 2 Dissertação- Hidecazio de Oliveira Souza - 2016.pdf: 2011905 bytes, checksum: 80960a24ceef92045a0a71ba9a6cff7d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) === Approved...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Sousa, Hildecazio de Oliveira
Other Authors: Vêncio, Eneida Franco
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Goiás 2016
Subjects:
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MEDICINA::ANATOMIA PATOLOGICA E PATOLOGIA CLINICA
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Sousa, Hildecazio de Oliveira
Estudo clinicopatológico de biópsias bucais em crianças e idosos: um estudo de 57 anos
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This study aimed to establish the occurrence profile of oral pathologies alterations in a population of Brazilian children and elderly, from diagnosis based on histopathological aspects of biopsies. Clinicopathological data of the lesions were retrieved and reviewed in a Brazilian population and collected information about gender, age, location and histopathological diagnoses of the lesions occurred in children (0-14 years) and elderly (≥ 60 years). Children were grouped according to the dentition, 0-5, 6-10 and 11-14 years, and the elderly were grouped 60-69, 70-79, 80-89 and ≥90 years. The lesions were categorized in non-neoplastic lesions, benign neoplasms, malignant neoplasms and potentially malignant lesions. The non-neoplastic lesions were subcategorized in: inflammatory/reactive, cysts, autoimmune conditions, bone lesions, pigmented oral lesions and others. Benign and malignant neoplasms were subcategorized according to tissue origin in: epithelial, mesenchymal, salivary gland, odontogenic tumors (benign) and other (malignant). Regarding the location, the lesions were distributed in: maxilla, mandible, buccal mucosa, lips, tongue, oral floor and not specified. A total of 10.340 biopsies were retrieved, being included in the study 8.081biopsies, 10.93% being seen in children. The female represented 54.13% of the cases (p=0.8903). Ages ranged from 0 to 14 years with an average of 9.94 years, and the group of 11-14 years, the most common (p=0.0657). Regarding location, the mandible was the most affected, with 30.02%, followed by the maxilla (25.92%) and lips (25.82%) (p=0.0133). Non-neoplastic lesions was the most common category with 80.40%, followed by benign neoplasms (18.46%) and malignant neoplasms (1.14%) (p≤0.0001). Potentially malignant lesions among children weren’t found. Among the non-neoplastic lesions, inflammatory/reactive lesions were the most common (68.61%), followed by cysts (23.52%). Among the benign neoplasms, odontogenic tumors were most common (53.37%) followed by epithelial (22.70%). Among the malingnant neoplasms were most observed mesenchymal lesions (80.00%) and salivary gland lesions (20.00%). The most common oral pathologies alterations in children were mucocele, inflammatory fibrous hyperplasia and dentigerous with 24.24%, 11.10% and 10.08%, respectively. From 8081 biopsies, 15.72% were in elderly. Female was most affected with 62.91% of the cases (p≤0.0001). The age ranged from 60 to 95 years with an average of 67.9 years, with a group of elderly with aged 60-69 the most common (p≤0.0001). Regarding the location, maxilla was the most affected, with 28.50%, followed by the mandible (24.49%) and buccal mucosa (17.64%) (p≤0.0001). Non-neoplastic lesions was the most category observed with 72.13%, followed by benign neoplasms (10.31%), malignant neoplasms (9.13%) and potentially malignant lesions (8.43%) (p≤0.0001). Among the non-neoplastic lesions, inflammatory/reactive lesions were the most common (82.86%), followed by cysts (8.30%). Among the benign neoplasms, mesenchymal tumors (38.17%) followed by epithelial tumors (32.06%) were more observed. Among the malignant tumors, epithelial lesions (88.80%) and salivary gland (6.90%) were most common. The most common oral pathologies alterations in the elderly were the inflammatory fibrous hyperplasia, oral squamous cell carcinoma, and hyperkeratosis with dysplasia with 44.17%, 6.93% and 6.77%, respectively. The study found a higher incidence of oral lesions in female children, aged 11-14 years, with non-neoplastic lesions the most common category, mainly inflammatory/reactive lesions and cysts. The most frequent lesions were mucocele, inflammatory fibrous hyperplasia and dentigerous cyst, as observed by other studies in the literature. In elderly, the study found a higher incidence of oral lesions in female, with individuals in the age group 60-69 years the most affected. Non-neoplastic lesions represented the most common category, and inflammatory/reactive the subcategory most frequent. The second subcategory most observed were malignant neoplasms of epithelial origin. The most frequent lesions were inflammatory fibrous hyperplasia, oral squamous cell carcinoma and hypekeratosis. === O crescimento populacional tem sido observado devido à redução da mortalidade e melhor qualidade de vida em todo o mundo, sendo o envelhecimento a consequência mais frequente deste processo. A redução da natalidade também é outra realidade observada, em algumas regiões como o Brasil. Dois grupos populacionais estão diretamente relacionados a essas mudanças: crianças e idosos. Esses indivíduos apresentam diferentes alterações patológicas bucais resultantes de variados fatores etiológicos. Embora o conhecimento da realidade de ocorrência dessas alterações seja importante, poucos estudos clínicopatológicos sobre a frequência dessas lesões têm sido publicados na literatura envolvendo crianças e idosos. No Brasil, alguns trabalhos foram realizados, porém em quantidade reduzida. Este estudo teve como objetivo estabelecer o perfil de ocorrência das alterações patológicas bucais em parte de uma população de crianças e idosos brasileiros, a partir do diagnóstico baseado nos aspectos histopatológicos de biópsias. Dados clínicopatológicos das lesões foram recuperados e revisados em uma população brasileira e coletadas informações sobre gênero, idade, localização e diagnósticos histopatológicos de lesões ocorridas em crianças (0-14 anos) e idosos (≥ 60 anos). As crianças foram agrupadas de acordo com dentição em 0-5, 6-10 e 11-14 anos, e os idosos foram agrupados de 60-69, 70-79, 80-89 e ≥90 anos. As lesões foram categorizadas em: lesões não-neoplásicas, neoplasias benignas, neoplasias malignas e lesões potencialmente malignas. As lesões não-neoplásicas foram subcategorizadas em: inflamatórias/reativas, cistos, condições autoimunes, lesões ósseas, lesões pigmentadas e outras. As neoplasias benignas e malignas foram subcategorizadas de acordo com a origem tecidual em: epiteliais, mesenquimais, glândula salivar, tumores odontogêncios (benignas) e outras (malignas). Em relação à localização, as lesões foram distribuídas em: maxila, mandíbula, mucosa jugal, lábios, língua, assoalho bucal e não especificados. Um total de 10.340 biópsias foi recuperado, sendo incluídas no estudo 8081 biópias, 10,93% sendo observadas em crianças. O gênero feminino representou 54,13% dos casos (p=0,8903). A idade variou de 0 a 14 anos com uma média de 9,94 anos, sendo o grupo de 11-14 anos o mais comum (p= 0,0657). Quanto à localização, a mandíbula foi a mais afetada, com 30,02%, seguido pela maxila (25,92%) e lábios (25,82%) (p=0,0133). Lesões não-neoplásicas foi a categoria mais comum com 80,40%, seguido por neoplasias benignas (18,46%) e neoplasias malignas (1,14%) (p≤0,0001). Não foram encontradas lesões potencialmente malignas entre crianças. Entre as lesões não-neoplasicas, as lesões inflamatórias/reativas foram as mais comuns (68.61%), seguidas por cistos (23,52%). Entre as neoplasias benignas, os tumores odontogênicos foram mais comuns (53,37%) seguidos pelas epiteliais (22,70%). Dentre as neoplasias malignas foram mais observadas lesões mesenquimais (80,00%) e de glândula salivar (20,00%). As alterações patológicas bucais mais freqüentes em crianças foram a mucocele, a hiperplasia fibrosa inflamatória e o cisto dentígero com 24,24%, 11,10% e 10,08%, respectivamente. Dentre 8081 biópsias, 15,72% foram em idosos. O gênero feminino foi mais prevalente com 62,91% dos casos (p≤0,0001). A idade variou de 60 a 95 anos com uma média de 67,9 anos, com o grupo de idosos entre 60-69 anos o mais comum (p≤0,0001). Em relação à localização, maxila foi a mais afetada, com 28,50%, seguido pela mandíbula (24,49%) e mucosa jugal (17,64%) (p≤0,0001). Lesões não-neoplásicas foi a categoria mais observada com 72,13%, seguido por neoplasias benignas (10,31%), neoplasias malignas (9,13%) e lesões potencialmente malignas (8,43%) (p≤0,0001). Entre as lesões não-neoplásicas, as lesões inflamatórias/reativas foram as mais comuns (82,86%), seguidas por cistos (8,30%). Entre as neoplasias benignas, os tumores mesenquimais (38,17%) seguidos pelas epiteliais (32,06%) foram os mais observados. Dentre as neoplasias malignas, as lesões epiteliais (88,80%) e de glândula salivar (6,90%) foram mais comuns. As alterações patológicas bucais mais frequentes em idosos foram a hiperplasia fibrosa inflamatória, o carcinoma espinocelular, e a hiperqueratose com displasia com 44,17%, 6,93% e 6,77%, respectivamente. O estudo observou maior ocorrência de lesões bucais em crianças do gênero feminino, na faixa etária de 11-14 anos, com as lesões não neoplásicas a categoria mais comum, principalmente as lesões inflamatórias/reativas e cistos. As lesões mais encontradas foram a mucocele, a hiperplasia fibrosa inflamatória e o cisto dentígero, assim como observado por outros estudos da literatura. Em idosos, o estudo observou maior ocorrência de lesões bucais em mulheres, com indivíduos na faixa de idade entre 60-69 anos os mais acometidos. As lesões não neoplásicas representaram a categoria mais comum, com maior frequência de lesões inflamatórias/reativas. A segunda subcategoria mais observada foram as neoplasias malignas de origem epitelial. As lesões mais frequentes foram a hiperplasia fibrosa inflamatória, o carcinoma espinocelular e a hiperqueratose.
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spelling ndltd-IBICT-oai-repositorio.bc.ufg.br-tede-58412019-01-21T22:40:15Z Estudo clinicopatológico de biópsias bucais em crianças e idosos: um estudo de 57 anos Clinicopathologic study of oral biopsies in children and elderly: a study of 57 years Sousa, Hildecazio de Oliveira Vêncio, Eneida Franco Vêncio, Eneida Franco Botelho, Tessa de Lucena Guillo, Lídia Andreu Pereira, Cláudio Maranhão Costa, Nádia do Lago Biópsia Clinicopatológico Crianças Idosos Lesões bucais Biopsy Children Clinicopathological Elderly Oral lesions MEDICINA::ANATOMIA PATOLOGICA E PATOLOGIA CLINICA Submitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2016-08-04T17:50:33Z No. of bitstreams: 2 Dissertação- Hidecazio de Oliveira Souza - 2016.pdf: 2011905 bytes, checksum: 80960a24ceef92045a0a71ba9a6cff7d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-08-05T13:37:40Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação- Hidecazio de Oliveira Souza - 2016.pdf: 2011905 bytes, checksum: 80960a24ceef92045a0a71ba9a6cff7d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Made available in DSpace on 2016-08-05T13:37:40Z (GMT). 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This study aimed to establish the occurrence profile of oral pathologies alterations in a population of Brazilian children and elderly, from diagnosis based on histopathological aspects of biopsies. Clinicopathological data of the lesions were retrieved and reviewed in a Brazilian population and collected information about gender, age, location and histopathological diagnoses of the lesions occurred in children (0-14 years) and elderly (≥ 60 years). Children were grouped according to the dentition, 0-5, 6-10 and 11-14 years, and the elderly were grouped 60-69, 70-79, 80-89 and ≥90 years. The lesions were categorized in non-neoplastic lesions, benign neoplasms, malignant neoplasms and potentially malignant lesions. The non-neoplastic lesions were subcategorized in: inflammatory/reactive, cysts, autoimmune conditions, bone lesions, pigmented oral lesions and others. 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Esses indivíduos apresentam diferentes alterações patológicas bucais resultantes de variados fatores etiológicos. Embora o conhecimento da realidade de ocorrência dessas alterações seja importante, poucos estudos clínicopatológicos sobre a frequência dessas lesões têm sido publicados na literatura envolvendo crianças e idosos. No Brasil, alguns trabalhos foram realizados, porém em quantidade reduzida. Este estudo teve como objetivo estabelecer o perfil de ocorrência das alterações patológicas bucais em parte de uma população de crianças e idosos brasileiros, a partir do diagnóstico baseado nos aspectos histopatológicos de biópsias. Dados clínicopatológicos das lesões foram recuperados e revisados em uma população brasileira e coletadas informações sobre gênero, idade, localização e diagnósticos histopatológicos de lesões ocorridas em crianças (0-14 anos) e idosos (≥ 60 anos). 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As alterações patológicas bucais mais frequentes em idosos foram a hiperplasia fibrosa inflamatória, o carcinoma espinocelular, e a hiperqueratose com displasia com 44,17%, 6,93% e 6,77%, respectivamente. O estudo observou maior ocorrência de lesões bucais em crianças do gênero feminino, na faixa etária de 11-14 anos, com as lesões não neoplásicas a categoria mais comum, principalmente as lesões inflamatórias/reativas e cistos. As lesões mais encontradas foram a mucocele, a hiperplasia fibrosa inflamatória e o cisto dentígero, assim como observado por outros estudos da literatura. Em idosos, o estudo observou maior ocorrência de lesões bucais em mulheres, com indivíduos na faixa de idade entre 60-69 anos os mais acometidos. As lesões não neoplásicas representaram a categoria mais comum, com maior frequência de lesões inflamatórias/reativas. A segunda subcategoria mais observada foram as neoplasias malignas de origem epitelial. As lesões mais frequentes foram a hiperplasia fibrosa inflamatória, o carcinoma espinocelular e a hiperqueratose. 2016-08-05T13:37:40Z 2016-03-04 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis SOUSA, Hildecazio de Oliveira. Estudo clinicopatológico de biópsias bucais em crianças e idosos: um estudo de 57 anos. 2016. 130 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016. http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5841 por -1006864312617745310 600 600 600 1545772475950486338 7337577453819502453 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal de Goiás Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (FM) UFG Brasil Faculdade de Medicina - FM (RG) reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG instname:Universidade Federal de Goiás instacron:UFG