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Previous issue date: 2010-02-24 === The revival of research involving botanical insecticides owes itself to the need to make available new products devoid of environmental degradation, with lesser residual affects and development of resistant insects to synthetic products. Phytochemicals from the family Meliaceae have been considered preeminent pesticides. Among the Maliaceae, one of the plants that stands out is Melia azedarach. Diverse studies report the effects of this plant on insects of importance in public health, agriculture and livestock sectors. In spite of M. azedarach being considered a medicinal plant, its use as a natural insecticide needs to be cautious because the plant contains various toxic components to mammals. The objective of this work was to verify the toxicity of extract from unripe fruits of M. azedarach against Wistar rats, Swiss mice and Artemia salina, as well as dermal and ocular irritation in rabbits. Unripe fruits were harvested and processed at the Chemistry Department of UFG. For the acute toxicity test, fruit extracts were administered by gavage at doses of 300 and 2000 mg/kg, in rats and mice of both sexes. For evaluation, animals were observed both for the presence of clinical signs or their death for 14 days after the administration, afterwards all the animals underwent euthanasia and their organs collected for use in histopathology analysis. Data on ration and water consumption, weight gain and weight of the organs were also analysed. Dermal and ocular irritation was evaluated on rabbits using a crude extract on the skin and on the conjunctive sac. The bioassay with A. salina involved eight repeats in the following dilutions, 125, 250, 500 and 1000 μg/ml and an untreated control. The dishes containing the groups were incubated in the dark at 25 ºC and readings taken after 24 hours, by counting the number of surviving individuals. The acute toxicity results obtained demonstrated that the M. azedarach extract did not induce mortality or clinical alteration, just as there was no change in weight gain, ration consumption and organs weight when the treatments and controls were compared. From histopathology analyses, some alterations were detected especially in the liver and lungs, however these lesions were common to the treatments and controls. The assay done in rabbits demonstrated that the extract was not irritative to the skin and eye. The LC50 of the M. azedarach extract was 669 ug/ml, as obtained from the A. salina assay, the extract being considered moderately toxic to this microcrustacean. In spite of these results to have produced evidence that this plant s extract is safe to mammals, further studies such as modes of action of this plant, sub-acute and chronic toxicity assays, effects on specific organisms and on the environment, are necessary towards the definition of this plant as being of low risk to the environment, domestic animals and to man. === O ressurgimento das pesquisas com inseticidas botânicos deve-se à necessidade de se dispor de novos compostos sem problemas de contaminação ambiental, com menores efeitos residuais e aparecimento de insetos resistentes aos produtos sintéticos. Os fitoquímicos da família Meliaceae, tem sido considerados proeminentes pesticidas. Dentre as Meliáceas, uma das plantas que se destaca é Melia azedarach. Diversos estudos relatam os efeitos desta planta sobre insetos de importância na saúde pública, agricultura e pecuária. Apesar de M. azedarach ser indicada como planta medicinal, seu uso como inseticida natural precisa ser cuidadoso porque a planta contém vários compostos tóxicos para os mamíferos. O objetivo deste trabalho foi verificar a toxicidade do extrato de frutos verdes de M. azedarach frente a ratos Wistar, camundongos Swiss e Artemia salina, bem como irritação dérmica e ocular em coelhos. Frutos verdes foram colhidos e processados no Departamento de Química da UFG. Para o teste de toxicidade aguda, foi administrado por gavagem o extrato de frutos de M. azedarach nas doses de 300 e 2000 mg/kg, em ratos e camundongos de ambos os sexos. Para a avaliação os animais foram observados quanto a presença de sinais clínicos ou morte dos mesmos, durante 14 dias após a administração, posteriormente todos os animais foram eutanasiados e órgãos coletados para realização de análise histopatológica. Dados de consumo de ração e água, ganho de peso e peso dos órgãos também foram analisados. A irritação dérmica e ocular foi avaliada sobre coelhos, utilizando o extrato bruto na pele e no saco conjuntival. O ensaio com A. salina foi realizado em oito repetições, nas seguintes diluições, 125, 250, 500 e 1000 μg/ml e um controle não tratado. As placas contendo os grupos foram incubadas no escuro a 25 ºC e a leitura feita após 24 horas, contando-se o número de indivíduos sobreviventes. Os resultados obtidos da toxicidade aguda demonstraram que o extrato de M. azedarach não provocou mortalidade ou alteração clínica, bem como não houve mudança no ganho de peso, consumo de ração e peso dos órgãos quando comparado tratado e controle. Pelas análises histopatológicas detectou-se algumas alterações principalmente no fígado e pulmão, no entanto estas lesões foram comuns ao tratado e controle. O ensaio realizado em coelhos demonstrou que o extrato não foi irritante na pele ou olho. A CL50 para o extrato de M. azedarach foi de 669 ug/ml, obtida no ensaio de A. salina, sendo o extrato considerado moderadamente tóxico, para este micro-crustáceo. Apesar destes resultados evidenciarem que o extrato desta planta é seguro para mamíferos, novos estudos como mecanismos de ação desta planta, ensaios de toxicidade sub-aguda e crônica, efeitos sobre organismos específicos e sobre o meio ambiente, são necessários a fim de se de definir esta planta como de baixo risco ao ambiente, animais domésticos e ao homem.
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