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Previous issue date: 2014-02-24 === Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG === The starting point of this study is the examination of tragic art in Nietzsche’s
reflection about culture, having his first book The Birth of Tragedy as main line. An intrinsic
relation between art and life is noticed in the opposition which the philosopher establishes
between a tragic culture and a theoretical culture, in a way that the first is seen as the ideal
terrain of art, while the latter is considered a promoter of the artificialized arts of the modern
era. The objective is to examine the metaphysical impulses which art has as a substratum in
tragic culture and, at the same time, to identify the superposition of reason inaugurated by
Socrates as something harmful to the instincts, which would exterminate from art its original,
solely artistic element. With these notions, the intention is to study Nietzsche’s Apollinian-
Dionysian conception of art, in dialogue with authors of Greek and German drama,
identifying contrasts and communions. Art projected on the principle of reason would have its
mark in Euripides’ aesthetic Socratism, in Aristotle’s primacy of action and catharsis, in
Lessing’s Enlightenment dramaturgy, in Schiller’s expressions of liberty and would resonate
in the recitative of the opera in the service of distraction. On the other hand, the splendor of
the tragic era lies in the tragedies of Aeschylus and Sophocles, in the hero’s Apollinian-
Dionysian dichotomy, exemplified in Prometheus and in the two Oedipusses. Myth and music
are seen as fundamental and inseparable components of art sprouted in a tragic culture,
capable of establishing an unconscious relationship with the audience. These are the premises
to understand Nietzsche’s affinities with Wagner, in the expectation of a renaissance of myth
and music as reawakening of the tragic spirit in German genius. === O ponto de partida deste estudo é o exame da arte trágica na reflexão sobre a
cultura de Nietzsche, tendo como linha mestra o seu primeiro livro O nascimento da tragédia.
Percebe-se uma relação intrínseca entre arte e vida na oposição que o filósofo estabelece entre
uma cultura trágica e uma cultura teórica, de forma que a primeira é vista como terreno ideal
da arte; enquanto a segunda é tida como promotora das artes artificializadas da era moderna.
Trata-se de analisar os impulsos metafísicos que a arte tem como substrato na cultura trágica
e, ao mesmo tempo, verificar a sobreposição da razão inaugurada por Sócrates como algo
nocivo aos instintos, que exterminaria da arte o seu elemento original, unicamente artístico.
Com essas noções, pretende-se estudar a concepção de arte apolíneo-dionisíaca de Nietzsche,
em interlocução com autores do drama grego e alemão, identificando contrastes e comunhões.
A arte projetada no princípio de razão teria o seu marco no socratismo estético de Eurípides,
no primado da ação e da catarse de Aristóteles, na dramaturgia iluminista de Lessing, nas
expressões da liberdade de Schiller e ressoaria no recitativo da ópera a serviço da distração.
De outra parte, o esplendor da era trágica se encontra nas tragédias de Ésquilo e Sófocles, no
emparelhamento apolíneo-dionisíaco do herói, exemplificado em Prometeu e nos dois Édipos.
Compreende-se o mito e a música como componentes fundamentais e inseparáveis da arte
brotada em uma cultura trágica, capazes de travar uma relação inconsciente com a audiência.
Eis aí as premissas para se depreender as afinidades de Nietzsche com Wagner, na expectativa
de um renascer do mito e da música enquanto redespertar do espírito trágico no gênio alemão.
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