heterotopia, democracia e gestão urbana: Desigualdades socioterritoriais e participação sociopolítica em goiânia (1997-2008)

• Main Author: OLIVEIRA, Adão Francisco de
• Other Authors: CHAVEIRO, Eguimar Felício
• Format: Others
• Language: Portuguese
• Published: Universidade Federal de Goiás 2014
• Subjects: Goiânia: desigualdades socioterritoriais; Gestão Urbana; Condições Democráticas; Goiânia: partner-spatial inequalities; Urban Management; Democracy Conditions; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
• Online Access: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/2740

Made available in DSpace on 2014-07-29T16:26:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Heterotopia Democracia e Gestao Urbana.pdf: 2110885 bytes, checksum: 197c6d1052561eccb67c0fefc819fc14 (MD5) Previous issue date: 2011-05-04 === Este trabalho tem por finalidade discutir e analisar a instituição de condições democráticas nas gestões municipais de Goiânia no período compreendido entre os anos de 1997 e 2008, bem como a sua efetividade na diminuição das desigualdades socioterritoriais. Os três governos que se sucederam nesse período Nion Albernaz, do PSDB (1997-2000), Pedro Wilson, do PT (2001-2004) e Iris Rezende, do PMDB (2005- 2008), são expoentes de matizes político-ideológicos distintos e, não obstante, expressaram tais diferenças na montagem de seus arranjos institucionais governamentais. Nestes, percebe-se uma significativa envergadura na concepção e na concretização das condições democráticas, de tal modo que se procedeu neste trabalho à seguinte classificação: governo Nion Albernaz conservador, de baixo nível poliárquico e de alto controle de situação; governo Pedro Wilson progressista, de alto nível poliárquico e de baixo controle de situação; e governo Iris Rezende populista, de médio nível poliárquico e de alto controle de situação. Apesar de que tais distinções têm um significativo impacto na instituição da democracia no território municipal de Goiânia, se verifica que, a despeito dos programas político-ideológicos dos partidos que encabeçaram as administrações, os arranjos democráticos tiveram pouca incidência na redução das desigualdades socioterritoriais, o que figura neste trabalho como principal problema. Assim, a tese aqui advogada é de que isso ocorreu não em função da ineficiência democrática, mas dos equívocos presentes na sua concepção, particularmente no governo Pedro Wilson, responsável pelos principais arranjos democráticos de governo. O resultado disso tudo é uma cidade marcada por uma heterotopia segregada, na qual, por um lado, as gestões analisadas não foram capazes de suplantar as distorções do planejamento excludente e, por outro, os arranjos democráticos não foram suficientes para definir um novo padrão da cultura cívica local. Como recurso metodológico, esta tese se valeu de uma vasta pesquisa de campo, em que se destacam uma pesquisa censitária realizada a partir da SEPLAM/Prefeitura de Goiânia aplicada os conselheiros gestores da cidade entre os anos de 2003 e 2004, as de Survey, uma desenvolvida pelo Observatório das Metrópoles sobre a questão da cultura política na cidade e outra pelo próprio autor, visando a identificar a opinião da população goianiense sobre as três gestões analisadas e a observação participante do autor.