Lugares da loucura : arquitetura e cidade no encontro com a diferença
Os processos de transformação das formas de compreender a loucura sempre imprimiram seus reflexos e expressaram-se na materialidade do espaço construído, determinando os lugares da loucura, os espaços da diferença. A contemporaneidade é testemunha de um processo de grande ruptura com o paradigma mod...
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2014
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Hospitais psiquiátricos Sanatorios Edifícios de saúde : Projetos e plantas Reforma psiquiátrica Cidades : Porto Alegre (RS) Architecture City Madness Psychiatric reform Mental health |
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Hospitais psiquiátricos Sanatorios Edifícios de saúde : Projetos e plantas Reforma psiquiátrica Cidades : Porto Alegre (RS) Architecture City Madness Psychiatric reform Mental health Vieceli, Ana Paula Lugares da loucura : arquitetura e cidade no encontro com a diferença |
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Os processos de transformação das formas de compreender a loucura sempre imprimiram seus reflexos e expressaram-se na materialidade do espaço construído, determinando os lugares da loucura, os espaços da diferença. A contemporaneidade é testemunha de um processo de grande ruptura com o paradigma moderno manicomial e tem a Reforma Psiquiátrica como um marco das transformações que se deram nas formas de conceber a loucura e nas formas de cuidado e assistência ao sujeito-louco. O presente trabalho realiza um percurso histórico dos espaços arquitetônicos dedicados à loucura ao longo do tempo e em diversas sociedades, e investiga os espaços arquitetônicos dedicados à atenção em saúde mental que surgiram após o período de reformas e a ruptura com o sistema asilar e hospitalocêntrico. Apresenta-se o Centro de Atenção Psicossocial como um dos lugares possíveis da loucura na contemporaneidade, a partir de um ponto de vista arquitetônico sobre o desenvolvimento de um desses equipamentos na cidade de Porto Alegre, através de um estudo de caso realizado no CAPS Cais Mental Centro. O trabalho analisa as respostas imediatas da arquitetura às demandas da Reforma Psiquiátrica, e problematiza as diversas soluções espaciais de acordo com a sua apropriação pelos usuários do espaço. O estudo privilegia as análises qualitativas, considerando a complexidade do objeto de estudo, a fim de identificar os novos conceitos e práticas produzidos nestes espaços que se diferenciam dos modelos assistenciais excludentes que o precederam e, consequentemente, as formas e elementos arquitetônicos que os acompanham. O trabalho também considera a relação entre loucura e espaço urbano, apresentando o Acompanhamento Terapêutico (AT) como uma clínica que se desprende da clínica tradicional e se lança numa imersão pelo território da cidade acompanhando o sujeito-louco em seus percursos, buscando criar, junto com ele, vínculos com os serviços de saúde mental e demais equipamentos sociais e culturais oferecidos pela cidade, criando novas possibilidades de existência para o louco e questionando a cidade em sua capacidade de acolher a diferença. === The processes of transformation in the ways of understanding madness always mirrored their reflections and expressed itselves on the materiality of the built space, determining the places of madness, the spaces of difference. The contemporaneity is witness to a process of great disruption from the asylum modern paradigm and has the Psychiatric Reform as a mark of transformations that occurred in the ways of conceiving madness and forms of care and assistance to the mad subject. This work performs a historical journey of architectural spaces dedicated to madness through time in different societies and investigates architectural spaces dedicated to mental health care that emerged after the period of reformation and rupture with asylum and hospitalocentric system. The Psychosocial Care Center (CAPS) is presented as one of the possible places of madness nowadays from an architectural point of view on the development of these equipments in the city of Porto Alegre, through a case study in CAPS Cais Mental Centro. The work analyzes the immediate responses of architecture to the demands of the Psychiatric Reform and discusses the various spatial solutions according to its appropriation by users of the space. The study focuses on the qualitative analysis, considering the complexity of the object of study in order to identify the new concepts and practices produced in these spaces that differ from the exclusionary care models that preceded it and, consequently, the forms and architectural elements that accompany them. The work also considers the relationship between madness and urban space, introducing the Therapeutic Accompaniment (AT) as a clinic that detaches from traditional clinic and launches into a immersion through the territory of the city accompanying the mad- subject in their paths, seeking to create, along with him, connections with mental health services and other social and cultural equipments offered by the city, creating new possibilities of existence for the mad-subject and questioning the city in its ability to embrace the difference. |
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