A prática social de luta dos trabalhadores da EJA na rede pública de Porto Alegre-RS um estudo de caso

Estudo a Prática Social de luta dos trabalhadores no campo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede pública de Porto Alegre-RS, nos últimos 20 anos. É um estudo de caso de natureza qualitativa. A coleta de informações por entrevistas semiestruturadas com professores da EJA sustenta a análise do...

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Bibliographic Details
Main Author: Soares, Sônia Ribas de Souza
Other Authors: Machado, Carmen Lúcia Bezerra
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/94755
Description
Summary:Estudo a Prática Social de luta dos trabalhadores no campo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede pública de Porto Alegre-RS, nos últimos 20 anos. É um estudo de caso de natureza qualitativa. A coleta de informações por entrevistas semiestruturadas com professores da EJA sustenta a análise dos documentos das escolas; a revisão da literatura busca conhecer os antecedentes, a materialidade da EJA, suas leis, as políticas públicas nacionais e as políticas mundiais. Fui orientada pela “teoria” que guia a organização mais íntima das totalidades, “armas” coletivas/orgânicas, práticas/teóricas, que permitem, à luz dos resultados, conhecer e propor melhorias para a área e das condições sociais (econômicas, políticas, culturais) e educativas do trabalho dos professores. Os diversos aspectos e elementos que constituem a prática social destes trabalhadores levam a constatar que o trabalho dos professores na EJA se materializa como uma “profissão de luta”, desde o nascer numa classe definida até a luta contra a precarização “do e no” trabalho e as contradições que acarretam formas de adoecimento. A luta da professora, mãe, mulher, negra, por ser a maioria da categoria, se dá em vários aspectos: no trabalho, na vida particular, na vida afetiva. O aprofundamento mostra que, na formação destes, os mecanismos de ideologia e alienação mascaram e ocultam a contradição central do capitalismo e se manifestam no movimento, de “luta e reluta”, “desiste e insiste”, do “fazer e do ser professor” na produção material de existência. Os profissionais se forjam na materialidade das “experiências” da vida, vivida, percebida e compartilhada, e garantem a produção física e espiritual. E continuam o processo de “luta”, pois acreditam no ser humano e numa sociedade diferente: o “vir a ser”. === During the last twenty years I have been studying the social practice of workers in Youth and Adult Education in the public educational system of Porto Alegre city. This dissertation entails a qualitative case study. Our data collection was conducted by means of semi-structured interviews with teachers; it holds the documental analysis of schools. Our literature review seeks to know the Youth and Adult Education’s antecedents, its materialities, laws, the national and work public policies. During its production we were guided by the “theory” which leads the most intimate totalities, collective/organic “weapons”, practices/theories, that allow us to know and propose, in the light of the results, improvements for the field of education and of social (economic, political, cultural and educational) conditions of teaching work. The several sides and elements that compound these workers’ social practice bring us to the conclusion that the their job embodies the form of a “struggle vow”, from being born in a defined social class to the struggle against precarious situations “of the and in the” work, and the contradictions that entails several forms of illness. The struggle of women teachers, that are mother, black, women, happen under different aspects due to the fact that they are the majority in terms of numbers: this struggle takes place in the working arena, in their private and emotional lives. When we go deeper in these issues, studying the teachers’ formal training, the mechanisms of ideology and alienation mask and hide the central contradiction of the capitalism and express in the movement of “struggling and struggling again”, of “giving up and insisting” of the “being teacher” in the material production of existence. These professionals are forged in the materialities of life “experiences”, moments lived, perceived and shared, and they ensure the physical and spiritual production. These teachers maintain the process of “struggling”, for they believe in the human being and in a different society: the “becoming”.