Não é ficção científica, é ciência : a genética e a biotecnologia em revista

A mídia tem-se ocupado com frequência, nos últimos anos, das "novidades" da genética e da biotecnologia. Textos de revistas, jornais, cartoons, fumes de Hollywood, propagandas de empresas e laboratórios, novelas de TV, talk shows, catálogos de venda de organismos, no telejornal noturno, em...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ripoll, Daniela
Other Authors: Wortmann, Maria Lúcia Castagna
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/83171
Description
Summary:A mídia tem-se ocupado com frequência, nos últimos anos, das "novidades" da genética e da biotecnologia. Textos de revistas, jornais, cartoons, fumes de Hollywood, propagandas de empresas e laboratórios, novelas de TV, talk shows, catálogos de venda de organismos, no telejornal noturno, em reportagens especiais, manchetes: a genética, a biotecnologia, a engenharia genética, a biologia molecular e as novas" genética molecular e genômica parecem ocupar uma posição de visibilidade e destaque seja aonde for. O presente trabalho, dentro das perspectivas teóricas dos Estudos Culturais e inspirado pelos trabalhos de Stuart Hall, Dorothy Nelkin, M. Susan Lindee, Donna Haraway, Manse Amaral, Ruth Sabat e Sarai Schmidt, analisa as revistas brasileiras de circulação nacional e de interesse geral dos anos de 1998, 1999 e 2000 e procura identificar que repertórios de representação e praticas representacionais tem sido usados, pela mídia, na construção de uma genética e de uma biotecnologia "diferentes", entrecortadas e atravessadas por muitos temas envolvendo, dentre eles, a medicina do futuro e as suas "curas milagrosas", a agricultura e seus "superalimentos", que possibilitarão acabar com a fome, além do comércio e das praticas de manipulação de entidades vivas, tidas como "coisas do domínio", "imorais" e "lucrativas". Na condução das análises culturais dessas representações, levei em consideração aspectos como o uso de imagens, infográficos, diagramação de textos, cores, uso de metáforas, aval de especialistas e personalidades que não são, de forma alguma, neutros e que, efetivamente, contribuem na construção e veiculação de representantes dessas ciências tanto para um público especializado quanto para um público leigo de apreciadores das ciências. === Media has often covered news on genetics and biotechnology recently. Texts in magazines, newspapers, cartoons, Hollywood films, company ads and laboratories, TV soap operas, talk shows, sales catalogue of organisms, in the nightly TV news, special reports, headlines: genetics, biotechnology, genetic engineering, molecular biology and new molecular and genomic genetics seem to occupy an apparent and important place wherever it may be. In the perspectives of Cultural Studies, and inspired by works by Stuart Hall, Dorothy Nelkin, M. Susan Lindee, Donna Haraway, Marise Amaral, Ruth Sabat and Sarai Schmidt, the current work analyses Brazilian magazines in national circulation and wide interests in 1998, 1999 and 2000 and seeks to identify which repertoires of representation and representational practices have been used by media in constructing different genetics and biotechnology intersected and crossed over by many subjects involving among them Future Medicine and its `miraculous cures,' agriculture and its `superfood,' which will enable to stop famine, and commerce and practices of manipulating living entities deemed 'satanic things,' 'wicked,' and 'money-spinning'. When conducting cultural analyses of these representations, I took into consideration aspects like use of images, computer charts, diagrammatic texts, colours, use of metaphors, experts' and personalities' opinion who are no way neutral and effectively help for constructing and spreading representation of these sciences for both skilled public and lay appraisers of science.