Summary: | Hipertrofia ventricular esquerda é um importante fator de risco em doença cardiovascular e pode ser responsável por parte do elevado risco cardiovascular associado a diabetes. Apesar de que o estresse hemodinâmico seja classicamente indicado como causa da injúria miocárdica que leva ao remodelamento, a injúria associada aos fatores neuro-humorais e a sinalização celular através da ativação imuno-inflamatória também desempenham um papel, acompanhando os mecanismos recentemente descritos na síndrome metabólica, particularmente na obesidade, onde a ativação do sistema imune inato leva a uma resposta inadequada crônica mediada por citocinas em diversos sistemas corpóreos. A ecocardiografia tem sido usada para identificar anormalidades da estrutura cardíaca, porém, variações metodológicas e os diversos ajustes para os determinantes da massa ventricular como idade, sexo, tamanho corporal e outros correlatos clínicos são motivo de debate, assim como a definição dos estados de anormalidade, tanto para hipertrofia ventricular esquerda, como para outras medidas da estrutura ventricular. Em uma amostra populacional de 1479 Afro- Americanos do Estudo ARIC, investigamos de forma estratificada e multivariada as associações independentes entre diabetes e as alterações estruturais do ventrículo esquerdo, definidas por hipertrofia ventricular, aumento da espessura relativa e padrões geométricos anormais. Encontramos prevalências elevadas dea alterações estruturais nos indivíduos com diabetes. Diabetes associou-se com hipertrofia ventricular em ambos os sexos e com espessura parietal aumentada e padrões geométricos anormais nas mulheres. Na maior parte dos modelos, as associações com diabetes foram minimizadas com os ajustes para obesidade, sugerindo que o impacto da obesidade sobre as alterações estruturais vistas em diabetes pode ser mediado por fatores outros do que a hiperglicemia. Essas novas evidências estão em sintonia com o conhecimento contemporâneo descrito. === Left ventricular hypertrophy is an important risk factor in cardiovascular disease, which may respond for some of elevated cardiovascular risk associated with diabetes. Though hemodynamic stress has classically been indicated as a cause of myocardial injury that leads remodeling, injury associated with neuro-humoral factors and cellular signaling through an immune-inflammatory activation play a role. Much of that parallels mechanisms recently described in the Metabolic Syndrome, and particularly in obesity, where an innate immune system activation leads to a chronic inappropriate response mediated through cytokines in diverse bodily systems. Echocardiography has been used to identify structural abnormalities, but definition of methodologic and the adjustment for left ventricular mass determinants such as gender, age, body-size variables and other clinical correlates is matter of variavility among studies, as so is the definition of of left ventricular structural abnormalities. In a population-based sample of 1479 African-Americans from The ARIC Study, we investigated in stratified and multiply-adjusted analyses the independent associations among diabetes and left ventricular structural abnormalities, defined by left ventricular hypertrophy, incrased relative wall thickness and abnormal geometric patterns. We found higher prevalences of ventricular abnormalities in those with diabetes. Diabetes was associated with left ventricular hypertrophy in both genders, and with increased relative wall thickness and abnormal geometric patterns only in women. In most of analyses, associations with diabetes decreased considerably with adjustment for measures of obesity, suggesting that the impact of obesity on structural abnormalities seen in diabetes may be due to factors other than hyperglycemia. These additional evidences are in accordance with the contemporany knowledge stated.
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