Trombose arterial aguda desencadeada farmacologicamente em um modelo animal de aterosclerose

Ruptura da placa aterosclerótica e trombose, processos frequentemente desencadeados por atividades do paciente, são atualmente reconhecidos como as causas que desencadeiam as síndromes coronarianas agudas. O entendimento deste fenômeno desencadeante poderia ser melhorado se dispuséssemos de modelos...

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Bibliographic Details
Main Author: Picon, Paulo Dornelles
Other Authors: Ribeiro, Jorge Pinto
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/179781
Description
Summary:Ruptura da placa aterosclerótica e trombose, processos frequentemente desencadeados por atividades do paciente, são atualmente reconhecidos como as causas que desencadeiam as síndromes coronarianas agudas. O entendimento deste fenômeno desencadeante poderia ser melhorado se dispuséssemos de modelos animais confiáveis de ruptura de placa e trombose. O objetivo do presente trabalho foi reproduzir e melhor caracterizar um modelo animal de aterosclerose e trombose arterial induzida agudamente, em coelhos, descrito por Constatinides e Chakravarti há mais de 30 anos e não mais utilizado. Também foi avaliada a viabilidade deste modelo para testes de intervenção farmacológica e o efeito da lesão arterial com cateter balão sobre o tempo requerido para indução do processo de ruptura de placa e trombose arterial. A aterosclerose foi induzida por dieta enriquecida com colesterol, pela lesão mecânica do vaso arterial ou por ambas intervenções. O desencadear de trombose foi feito pela administração de veneno da víbora Russellis, um proteolítico e procoagulante, assocado à histamina, um vasoconstritor em coelhos. No estudo 1, testou-se o modelo de 8 meses, descrito originalmente, e o efeito da lesão arterial com cateter balão, associada ou não à dieta rica em colesterol, sobre a fraquência e a extensão da trombose, independentemente de ter recebido, ou não, a dieta rica em colesterol. No estudo 2, relizou-se um experimento piloto com oácido lisino-salicílico, um reconhecido agente antitrombótico, para testar a viabilidade deste modelo para testes de intervenção farmacológica. Não se detectou diferença significativa tanto no número, quanto no tamanho dos trombos, prossivelmente em função do pequeno número de animais estudados. No estudo 3, verificou-se o efeito da lesão com balão, sem intervenção dietética, sobre a produção de placas vulneráveis à trombose, após 4 meses. Demonstrou-se 80% de trombose nos animais que tiveram sua aorta lesada e uma forte correlação entre um escore de intensidade das lesões histológicas e a extensão da trombose arterial. No estudo 4, testou-se o efeio da vitamina E, um reconhecido agente antioxidadente, sobre a extensão da trombose arterial e a intensidade das lesões histológicas após 4 meses sem intervenção dietética. A vitamina E não reduziu a extensão da trombose nem a intensidade das lesões histológicas. Conclui-se que este modelo pode ser reproduzido e presta-se ao estudo do fenômeno da ruptura de placa e trombose. A lesão mecânica arterial com balão, associada ou não à dieta rica em colesterol, propicia um forte estímulo à formação de placas vulneráveis ao desendeamento agudo de trombose arterial. Por outro lado, as artérias normais foram resistentes ao tramento indutor de trombose. Este modelo represneta um método que pode ser útil para avaliar agentes que diminuem a ocorrência de plavas vulneráveis ou que diminuem a extensão da trombose formada após indução. Este modelo pode ser útil para identificar aspectos relacionados à vulnerabidlidade das placas à ruptura e os agentes farmacológicos que desencadeiam ruptura de placa e trombose. Entretanto, em função do intenso estímulo trombogênico gerado, sugere-se a redução da intensidade da lesão ou das alterações da coagulação ou da vasoconstrição.