Efeitos do treinamento de força sobre a saúde vascular e sinalizadores inflamatórios em indivíduos idosos diabéticos do tipo 2

O diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) é uma doença crônico-degenerativa em que o risco de morte por complicações vasculares é elevado. Em grande parte esse risco se deve à inflamação crônica de baixo grau, aceleração do processo de formação da placa aterosclerótica e diminuição da função vascular. O t...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rech, Anderson
Other Authors: Pinto, Ronei Silveira
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/172961
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topic Diabetes
Fisiologia do exercício
Exercício físico
Treinamento de força
Cardiologia
Physical Exercise
Vascular Health
Inflammation
Strength training
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Fisiologia do exercício
Exercício físico
Treinamento de força
Cardiologia
Physical Exercise
Vascular Health
Inflammation
Strength training
Rech, Anderson
Efeitos do treinamento de força sobre a saúde vascular e sinalizadores inflamatórios em indivíduos idosos diabéticos do tipo 2
description O diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) é uma doença crônico-degenerativa em que o risco de morte por complicações vasculares é elevado. Em grande parte esse risco se deve à inflamação crônica de baixo grau, aceleração do processo de formação da placa aterosclerótica e diminuição da função vascular. O treinamento de força se mostra uma opção interessante de tratamento para esses pacientes, uma vez que o mesmo é capaz de alterar positivamente uma série de fatores associados a saúde do paciente com diabetes. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar os efeitos de um programa de treinamento de força de 12 semanas sobre a saúde vascular e sinalizadores inflamatórios circulantes de indivíduos idosos com DM2. Trinta e nove indivíduos (17 mulheres e 22 homens) idosos com DM2 que se enquadravam nos critérios de inclusão foram selecionados para participar do estudo e, a partir de uma randomização, foram alocados em grupo intervenção(GI, n=18) e grupo controle ativo (GCA, n=21). O primeiro realizou três sessões semanais de treinamento de força durante o período de 12 semanas, enquanto o segundo realizou uma sessão semanal de alongamento de baixa intensidade. Foi avaliada a dilatação mediada por fluxo (DMF) e o diâmetro arterial basal (DAB) por ultrassonografia. Além disso, o perfil lipídico, glicemia, hemoglobina glicada e perfil inflamatório (TNF-α, interleucina 6, interleucina 1β, interleucina 10, proteína C reativa) dos pacientes foram verificados, antes e após o processo de intervenção. As comparações de médias foram realizadas a partir do princípio de intenção de tratar (ITT). Tais comparações foram obtidas a partir da equação de estimativa generalizada (GEE). Os efeitos principais foram avaliados através do pós hoc LSD.O grupo intervenção apresentou uma diminuição significativa no DAB ao final do estudo. O grupo controle apresentou reduções significativas de TNF-α. Ambos os grupos apresentaram reduções significativas na IL-1β e na razão TNF-α/IL-10, sem diferenças significativas entre os grupos. Não houve diferenças significativas para as variáveis de perfil lipídico e de controle glicêmico nos pacientes de ambos os grupos. O treinamento de força não foi capaz de promover adaptações significativas na função vascular de indivíduos idosos com DM2, porém parece modificar o DAB. Algumas importantes adaptações inflamatórias foram observadas no GCA, que pode ser devido ao grau de sedentarismo dos participantes. Sugere-se estudos de maior duração envolvendo semelhante intervenção, bem como um estudo aprimorado e aprofundado das variáveis de saúde vascular. === Type 2 diabetes mellitus (DM2) is a chronic-degenerative disease in which the risk of death from vascular complications is high. To a large extent, this risk is due to chronic low-grade inflammation, acceleration of the atherosclerotic plaque formation process, and decreased vascular function. Strength training is an interesting treatment option for these patients, since it is able to positively alter a number of factors associated with the health of patients with diabetes. Therefore, the objective of this study was to verify the effects of a 12-week strength training program on vascular health and circulatory inflammatory markers of elderly individuals with T2DM. Thirty-nine elderly individuals with DM2 who met the inclusion criteria were selected to participate in the study and, from one randomization, were allocated to the intervention group (GI, n = 18) and the active control group (GCA, n = 21). The first performed three weekly sessions of strength training during the 12-week period, while the second performed a weekly session of low-intensity stretching. Flow-mediated dilation (DMF) and basal arterial diameter (ABD) were evaluated by ultrasonography. In addition, the lipid profile, glycemia, glycated hemoglobin and inflammatory profile (TNF-α, interleukin 6, interleukin 1β, interleukin 10, C-reactive protein) were verified before and after the intervention process. Mean comparisons were performed using the intention to treat (ITT) principle. Such comparisons were obtained from the generalized estimation equation (GEE). The main effects were evaluated through the hoc LSD post. The intervention group showed a significant decrease in ABD at the end of the study. The control group showed significant reductions of TNF-α. Both groups showed significant reductions in IL-1β and in the TNF-α / IL-10 ratio, without significant differences between groups. There were no significant differences for the variables of lipid profile and glycemic control in the patients of both groups. Strength training was not able to promote significant adaptations in the vascular function of elderly individuals with T2DM, but it seems to modify DAB. Some important inflammatory adaptations were observed in GCA, which may be due to the degree of sedentarism of the participants. Longer-term studies involving such intervention are suggested, as well as an improved and in-depth study of vascular health variables.
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Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar os efeitos de um programa de treinamento de força de 12 semanas sobre a saúde vascular e sinalizadores inflamatórios circulantes de indivíduos idosos com DM2. Trinta e nove indivíduos (17 mulheres e 22 homens) idosos com DM2 que se enquadravam nos critérios de inclusão foram selecionados para participar do estudo e, a partir de uma randomização, foram alocados em grupo intervenção(GI, n=18) e grupo controle ativo (GCA, n=21). O primeiro realizou três sessões semanais de treinamento de força durante o período de 12 semanas, enquanto o segundo realizou uma sessão semanal de alongamento de baixa intensidade. Foi avaliada a dilatação mediada por fluxo (DMF) e o diâmetro arterial basal (DAB) por ultrassonografia. Além disso, o perfil lipídico, glicemia, hemoglobina glicada e perfil inflamatório (TNF-α, interleucina 6, interleucina 1β, interleucina 10, proteína C reativa) dos pacientes foram verificados, antes e após o processo de intervenção. As comparações de médias foram realizadas a partir do princípio de intenção de tratar (ITT). Tais comparações foram obtidas a partir da equação de estimativa generalizada (GEE). Os efeitos principais foram avaliados através do pós hoc LSD.O grupo intervenção apresentou uma diminuição significativa no DAB ao final do estudo. O grupo controle apresentou reduções significativas de TNF-α. Ambos os grupos apresentaram reduções significativas na IL-1β e na razão TNF-α/IL-10, sem diferenças significativas entre os grupos. Não houve diferenças significativas para as variáveis de perfil lipídico e de controle glicêmico nos pacientes de ambos os grupos. O treinamento de força não foi capaz de promover adaptações significativas na função vascular de indivíduos idosos com DM2, porém parece modificar o DAB. Algumas importantes adaptações inflamatórias foram observadas no GCA, que pode ser devido ao grau de sedentarismo dos participantes. Sugere-se estudos de maior duração envolvendo semelhante intervenção, bem como um estudo aprimorado e aprofundado das variáveis de saúde vascular. Type 2 diabetes mellitus (DM2) is a chronic-degenerative disease in which the risk of death from vascular complications is high. To a large extent, this risk is due to chronic low-grade inflammation, acceleration of the atherosclerotic plaque formation process, and decreased vascular function. Strength training is an interesting treatment option for these patients, since it is able to positively alter a number of factors associated with the health of patients with diabetes. Therefore, the objective of this study was to verify the effects of a 12-week strength training program on vascular health and circulatory inflammatory markers of elderly individuals with T2DM. Thirty-nine elderly individuals with DM2 who met the inclusion criteria were selected to participate in the study and, from one randomization, were allocated to the intervention group (GI, n = 18) and the active control group (GCA, n = 21). The first performed three weekly sessions of strength training during the 12-week period, while the second performed a weekly session of low-intensity stretching. Flow-mediated dilation (DMF) and basal arterial diameter (ABD) were evaluated by ultrasonography. In addition, the lipid profile, glycemia, glycated hemoglobin and inflammatory profile (TNF-α, interleukin 6, interleukin 1β, interleukin 10, C-reactive protein) were verified before and after the intervention process. Mean comparisons were performed using the intention to treat (ITT) principle. Such comparisons were obtained from the generalized estimation equation (GEE). The main effects were evaluated through the hoc LSD post. The intervention group showed a significant decrease in ABD at the end of the study. The control group showed significant reductions of TNF-α. Both groups showed significant reductions in IL-1β and in the TNF-α / IL-10 ratio, without significant differences between groups. There were no significant differences for the variables of lipid profile and glycemic control in the patients of both groups. Strength training was not able to promote significant adaptations in the vascular function of elderly individuals with T2DM, but it seems to modify DAB. Some important inflammatory adaptations were observed in GCA, which may be due to the degree of sedentarism of the participants. 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