À sombra dos eucaliptos : impactos socioambientais e dinâmicas sociais no município de Imbaú, Paraná

La production de bois à large échelle à des fins industrielles occupe des vastes terrains, modifie les paysages, les écossystèmes et provoque des changements aux sociétés locales. À Imbaú, Paraná, les données indiquent que plus de la moitié de sa surface est occupée par des plantations de bois. Par...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cruz, Mailane Junkes Raizer da
Other Authors: Gehlen, Ivaldo
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/172602
Description
Summary:La production de bois à large échelle à des fins industrielles occupe des vastes terrains, modifie les paysages, les écossystèmes et provoque des changements aux sociétés locales. À Imbaú, Paraná, les données indiquent que plus de la moitié de sa surface est occupée par des plantations de bois. Par contre, les chiffres qui font référence à cette occupation n’expriment guère les impacts ressentis par les sujets qui vivent dans ces espaces. Dans ce sens, cette étude a pour objectif de comprendre quels impacts socio-environnementaux ce sont générés par l’expansion des plantations de bois et les changements dans les dynamiques locales. On a eu l’intention de comprendre cette réalité à travers les yeux de ceux qui sont impliqués dans ou touchés par l’activité. Pour cela, ont été adoptées les références de l’étude qualitatif ainsi que les études à propos des conflits socio-environnementaux. Les données ont été générées par des interviews, l’observation directe et un carnet de terrain. Dans le contexte étudié, les sujets ressentent les impacts résultants de l’expansion des plantations des arbres à partir de leurs espaces de vie, où se produisent les formes matériel et symbolique d’utiliser l’environnement. Cependant, les sujets adoptent des différents stratégies par rapport aux impacts comme l’adhésion aux plantations de bois, des processus de résistance et la contestation qui signale l’existence du conflit. À guise de conclusion, l’étude indique que le conflit socio-environnemental établi à Imbaú comprend, d'un coté, l’engagement des sujets qui vivent dans ces espaces pour préserver leurs lieux de vie en face de l’expansion des plantations de bois et, de l’autre, les transformations générées par cette expansion telles que la spécialisation productive, l’homogénéisation du paysage et la dégradation matériel et symbolique des espaces. === A produção de madeira em larga escala para fins industriais ocupa extensas áreas, transforma a paisagem, os ecossistemas e provoca mudanças nas sociedades locais. Em Imbaú, Paraná, estimativas do IBGE apontam que mais da metade da área do município está ocupada por plantações de espécies madeireiras chamadas genericamente, no contexto deste trabalho, de plantações de madeira. Entretanto, os números referentes a essa ocupação não expressam os impactos sentidos pelos sujeitos inseridos nesses espaços. Nesse sentido, este estudo tem por objetivo compreender que impactos socioambientais são gerados pela expansão das plantações de madeira e como afetam as dinâmicas locais. Buscou-se compreender essa realidade a partir do olhar dos sujeitos envolvidos e/ou atingidos pela atividade de produção de madeira no Município de Imbaú, Paraná. Para tanto, foi adotada como abordagem a pesquisa qualitativa e por referencial teórico os estudos sobre conflitos socioambientais. A geração de dados em campo foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, observação direta e registro em diário de campo. No contexto estudado, observa-se que os impactos gerados pela expansão das plantações de madeira são compreendidos pelos moradores locais a partir de seus espaços de vida na medida em que afetam as formas material e simbólica de uso e apropriação do meio. Contudo, os sujeitos adotam diferentes estratégias em relação aos impactos dentre as quais a adesão ao cultivo de madeira se apresenta como forma de adaptação ao novo entorno e a contestação vocalizada pelo “grito dos atingidos” sinaliza processos de resistência e demarca a existência do conflito. Em suma, o estudo aponta que o conflito socioambiental instaurado pode ser compreendido como o embate pela continuidade dos espaços de vida empreendido pelos moradores locais em face da expansão dos espaços de produção de madeira caracterizados pela especialização produtiva, homogeneização da paisagem e esvaziamento material e simbólico desses espaços.