Análise da utilização de imunoglobulina humana em hospital universitário de alta complexidade do Sul do Brasil
Introdução: O aumento no consumo mundial de imunoglobulina humana tem desafiado os sistemas de saúde no estabelecimento de padrões de utilização adequados a esta terapia. O conhecimento das políticas públicas pelos profissionais de saúde, aderidos a uma conscientização ao uso racional e estudos base...
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Assistência farmacêutica Imunoglobulinas Immunoglobulin Autoimmune diseases Safety Spacil, Christiane Rodrigues Análise da utilização de imunoglobulina humana em hospital universitário de alta complexidade do Sul do Brasil |
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Introdução: O aumento no consumo mundial de imunoglobulina humana tem desafiado os sistemas de saúde no estabelecimento de padrões de utilização adequados a esta terapia. O conhecimento das políticas públicas pelos profissionais de saúde, aderidos a uma conscientização ao uso racional e estudos baseados em evidências científicas é fundamental para assegurar o acesso adequado e uma maior segurança e efetividade de tratamento. Objetivo: Avaliar a utilização de imunoglobulina humana em hospital universitário de alta complexidade do sul do país e suas indicações relacionando as mesmas aos protocolos clínicos estabelecidos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, baseado na busca de informações através do prontuário eletrônico dos pacientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de janeiro à dezembro de 2015 Resultados: Foram identificadas 191 prescrições de imunoglobulina humana endovenosa, totalizando 116 pacientes. Desses pacientes, 23% apresentaram síndrome de Guillain Barré, púrpura trombocitopênica idiopática, miastenia gravis, transplante renal, imunodeficiência com aumento de IgM e outras anemias hemolíticas autoimunes. Todas essas situações clínicas tem indicação de uso de acordo com os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Os demais casos identificados (77%) não constam nas indicações previstas nos protocolos do Ministério da Saúde. Conclusão: Foi possível identificar a utilização de imunoglobulina humana endovenosa em hospital de alta complexidade e quantificar os casos clínicos que fazem uso desse medicamento e que apresentam protocolos nacionais orientando os profissionais de saúde quanto a correta administração desse medicamento. Observou-se que a maioria dos casos identificados no estudo não apresentam regulamentos oficiais que autorizem a sua administração. === Introduction: The increase in the world consumption of human immunoglobulin has challenged the health systems in establishing appropriate standards of use for this therapy. Knowledge of public policies by health professionals adhering to rational use awareness and evidence-based studies is critical to ensure adequate access and greater safety and effectiveness of treatment. Objective: To evaluate the use of human immunoglobulin in a university hospital of high complexity in the South of the country and its indications relating them to the established clinical protocols. Methods: This is a cross-sectional, retrospective study based on the search of information through the electronic medical records of patients from the Hospital de Clínicas of Porto Alegre from January to December 2015 Results: 191 prescriptions of intravenous human immunoglobulin were identified, totaling 116 patients. Of these patients, 23% had Guillain Barré syndrome, idiopathic thrombocytopenic purpura, myasthenia gravis, renal transplantation, immunodeficiency with increased IgM and other autoimmune hemolytic anemias. All of these clinical situations are indicated for use according to protocols established by the Ministry of Health. The other cases identified (77%) are not included in the indications provided for in the protocols of the Ministry of Health. Conclusion: It was possible to identify the use of intravenous human immunoglobulin in hospital of high complexity and to quantify the clinical cases that use this medicine and that present national protocols guiding healthcare professionals about the correct administration of this medicine. It was observed that the majority of the cases identified in the study do not present official regulations that authorize its administration. |
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