Summary: | A oscilometria de impulso (IOS) é uma técnica que avalia a obstrução das vias aéreas através de ondas sonoras sobrepostas à respiração normal, de forma não invasiva e com pequena cooperação do paciente. A espirometria já tem seus critérios e graduações bem definidos, mas necessita de esforço ventilatório e manobras nem sempre de qualidade técnica acessível. Objetivo: Avaliar as alterações da mecânica respiratória em relação à impedância das vias aéreas, em pacientes com distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO). Metodologia: Foram analisados três grupos de pacientes adultos: Grupo controle (sem doença respiratória, espirometria normal), Grupo Controle tabagista (sem doença respiratória, espirometria normal) e o Grupo de obstrutivos (de graus variados), classificados de acordo com o distúrbio ventilatório obstrutivo (Diretrizes para Testes de Função Pulmonar 2002) em: Incipiente (DVOI), Leve (DVOL), Moderado (DVOM) e grave (DVOG). Todos os pacientes realizaram curva fluxo-volume e oscilometria de impulso (entre 5 e 35 HZ). Utilizamos equipamentos da marca Jaeger. Analisamos o VEF1(volume expiratório forçado no 1ºsegundo), V'máx50 e V'máx75(Fluxo expiratório máximo a 50% e 75% da capacidade vital) retirados da espirometria e a Fres (freqüência de ressonância), R5-35(resistência entre 5 e 35Hz), X5-35 (reactância entre 5 -35 Hz) e Z(impedância) retirados da oscilometria. Os parâmetros espirométricos foram avaliados em Litros e os oscilométricos em mmHg/L/s. Resultados: O grupo controle ficou constituído de 42 pacientes (média de idade: 46 anos), o grupo controle tabagista ficou com 25 pacientes (média de idade: 30 anos) e o grupo obstrutivo com 110 pacientes media de idade: 56 anos. A comparação dos parâmetros oscilométricos de fumantes e não fumantes, não evidenciaram diferença significativa. Unindo-se os dois grupos controles, ficamos com 67 pacientes. O VEF1 médio do grupo controle foi 3,45L e do grupo obstrutivo foi: 2,82L no DVOI, 1,89L no DVOL, 1,47L no DVOM e 0,72L no DVOG. Os parâmetros oscilométricos destacados pela Jaeger são R5, R20, Fres, X5 e Z. A Fres foi negativamente correlacionada com os parâmetros da espirometria. X5 ficou positivamente correlacionada com os parâmetros da espirometria. R20 não mostrou correlação estatisticamente significativa com os índices espirométricos. A melhor correlação foi da Fres com O VEF1 ( r= -0,809 e r2 log =0,720), e da Fres com o V'máx50 (r = -0,758 e r2 log =0,695). A sensibilidade da Fres para o diagnóstico de obstrução foi de 86% e a especificidade de 85%. Conclusão: A oscilometria de impulso foi capaz de separar pacientes obstrutivos e controles normais. A freqüência de ressonância foi o melhor parâmetro correlacionado com a espirometria. A inclinação da linha da reactância entre 5Hz e 20Hz foi mais marcada no grupo obstrutivo que no grupo controle === The impulse oscillatory system (IOS) is a method with which to assess airway obstruction through superimposing external signals on the spontaneous breathing, in a non invasive way and with little patient's cooperation. The spirometry has already its criteria and graduation well defined but it needs forced breathing maneuvers not always with accessible technical quality. Objectives: Evaluated the respiratory mechanics related to the airway impedance in patients with obstructive ventilatory disturb. Methodology: It was analised 3 groups of adults patients: controlling group (without respiratory disease, normal spirometry), smoker controlling group(normal spirometry) and obstructive group (from varied levels,), classified according to the spirometry: in: obstructive ventilatory disease incipient(OVDI), mild (OVDM), moderate (OVDM) and severe(OVDS). All the patients did flow-volume curve and IOS (between 5 and 35Hz). IT was used Jaeger equipments. It was analised FEV1, max flow at 50% end 75% vital capacity taken from spirometry . Fres (ressonance frequency), R5 - R35 (resistance between 5 and 35 Hz), X5 - X 35 (reactance between 5 - 35H) and Z(impedânce) taken from oscilometry. Results: The control group (CG) was formed by 42 patients (in average 46 years old), the smoker group (SG) with 25 patients (in average 30 anos) and the obstructive group(OG) with 110 patients(in average 56 years old). The oscilometrics results between smoker and nonsmoker did not show significant differences. Joing the 2 controlling groups, we counted 67 patients. The average FEV1, in the CG was 3,45L and in the OG was do 2,82L to the OVDI, 1,89L to the OVDM, 1,47L to the OVDM and 0,72L to the OVDS. The oscillometric parameters suggested by Jaeger are R5, R20, Fres, X5 and Z. The Fres was negatively correlated with parameters of spirometry. X5 was positively correlated with spirometric parameters. R20 didn't have statistical correlation with spirometric indices. The best correlation was Fres to the FEV1( r= -0,809 and r2 log =0,720), and Fres to the V'máx50(r = -0,758 and r2 log =0,695). The sensibility of Fres for diagnosis obstruction was 86% and the specificity was 85%. Conclusions: The IOS was able to discriminated obstructive patients and normal controls. The Ressonant Frequence was the best parameter correlated with spirometry. The slope of reactance line between 5Hz and 20 Hz was more marked in obstructive group than the healthy group
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