Summary: | Três projetos de integração coexistem na América do Sul no início do século XXI, cada qual liderado por um país diferente: o Brasil trabalha por uma integração sul-americana, enquanto a Venezuela defende uma integração latino-americana, ao passo que a Colômbia se inclina por uma integração entre todo o continente americano. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma interpretação teórica que explicasse o que levou esses países a perseguirem seus projetos regionais. Tomou-se como ponto de partida a Teoria dos Paradigmas de Estado, formulado por Amado Cervo, que foi complementada por ideias da Sociologia Histórica das Relações Internacionais concebidas por Charles Tilly, Theda Scokpol, Michael Mann, Immanuel Wallerstein, Stephen Hobden, Fred Hallday e Benno Teschke. A partir da hipótese de que cada projeto de integração serve para socializar um paradigma de Estado diferente, definido pelo tipo de relação que a elite política estabelece entre as iniciativas pública e privada, foi feita uma análise histórica comparada dos modelos estatais e das políticas externas regionais vigentes entre os anos 1970 e o início da década de 2010 Mostrou-se que os três países perseguiram caminhos diferentes após a crise da dívida externa dos anos 1980 ter perturbado o Estado de tendência desenvolvimentista que até então predominava em todos: enquanto a Colômbia passou a perseguir um paradigma de Estado neoliberal, Brasil e Venezuela experimentaram e abandonaram esse modelo em favor, respectivamente, de um Estado logístico e de uma atualização do Estado desenvolvimentista. Por meios diplomáticos, especialmente acordos de comércio e instituições multilaterais, os três países estimularam projetos de integração que fomentam, defendem e socializam seus paradigmas. Concluiu-se que a Sociologia Histórica das Relações Internacionais constitui uma abordagem teórica válida para a política internacional e conta com vasto potencial para uma agenda de pesquisa. === Tres proyectos diferentes coexisten en América del Sur a principios del siglo XXI, cada uno dirigido por un país diferente: Brasil trabaja por una integración suramericana, mientras que Venezuela aboga por una integración latino-americana y Colombia se inclina hacia una integración de todo el continente americano. El objetivo de este estudio fue desarrollar una interpretación teórica para explicar lo que llevó estos países a perseguir sus proyectos regionales. Se tomó como punto de partida la Teoría de los Paradigmas de Estado, formulada por Amado Cervo, la cual fue complementada por ideas de la Sociología Histórica de las Relaciones Internacionales concebidas por Charles Tilly , Theda Scokpol, Michael Mann, Emanuel Wallerstein, Stephen Hobden, Fred Hallday y Benno Teschke. A partir de la hipótesis de que cada proyecto de integración sirve para socializar un paradigma de Estado diferente, el cual se define por el tipo de relación que la elite política establece entre los sectores público y privado, se hizo un análisis comparativo histórico de los modelos de Estado y las políticas exteriores regionales existentes entre la década de 1970 y principios del 2010 El trabajo enseñó que los tres países siguieron caminos diferentes después de la crisis de la deuda de la década de 1980 perturbar la tendencia desarrollista que hasta entonces predominaba en todos: mientras que Colombia pasó a perseguir un paradigma de Estado neoliberal, Brasil y Venezuela experimentaron y abandonaron ese modelo en favor, respectivamente, de un Estado logístico y una actualización del Estado desarrollista. Por medios diplomáticos, especialmente acuerdos comerciales e instituciones multilaterales, los tres países estimularon proyectos de integración que promueven, defienden y socializan sus paradigmas. Se concluyó que la Sociología Histórica de las Relaciones Internacionales es un enfoque teórico válido para la política internacional y tiene un enorme potencial para una agenda de investigación.
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