Análises de mediação e moderação na inter-relação de bem-estar psicológico com parâmetros de sono, autoeficácia percebida e rotinas de trabalho

INTRODUÇÃO: A associação entre saúde e fatores como parâmetros de sono, autoeficácia percebida, e rotinas de trabalho é bem estabelecida, e relacionada a importantes desfechos clínicos. Contudo, não constam na literatura estudos que analisem associações entre todos esses fatores, tampouco a inter-re...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Carvalho, Felipe Gutiérrez
Other Authors: Hidalgo, Maria Paz Loayza
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/148838
id ndltd-IBICT-oai-lume56.ufrgs.br-10183-148838
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topic Ritmo circadiano
Sono
Transtornos cronobiológicos
Chronotype
Circadian rhythm
Coping
Self-efficacy
Work
Well-eeing
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Transtornos cronobiológicos
Chronotype
Circadian rhythm
Coping
Self-efficacy
Work
Well-eeing
Carvalho, Felipe Gutiérrez
Análises de mediação e moderação na inter-relação de bem-estar psicológico com parâmetros de sono, autoeficácia percebida e rotinas de trabalho
description INTRODUÇÃO: A associação entre saúde e fatores como parâmetros de sono, autoeficácia percebida, e rotinas de trabalho é bem estabelecida, e relacionada a importantes desfechos clínicos. Contudo, não constam na literatura estudos que analisem associações entre todos esses fatores, tampouco a inter-relação destes entre si. OBJETIVO: Investigar a inter-relação de bem-estar psicológico com parâmetros de sono, níveis de autoeficácia percebida e rotinas de trabalho. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, realizado no Vale do Taquari-RS, Brasil, com 987 indivíduos (66,9% mulheres; idade média=43,9 anos). A atividade de trabalho predominante foi ligada à agricultura (46%), e a maior parte dos indivíduos exercia atividades de trabalho sete dias por semana (69,1%). Foram utilizadas as escalas World Health Organization five-item well-being index (WHO-5), Munich Chronotype Questionnaire (MCTQ), a Escala de Autoeficácia Percebida (General Self-Efficacy Scale – GSE), além de questionários de dados demográficos e de rotinas de trabalho. As análises estatísticas foram realizadas por meio de regressão linear hierárquica, e testes de modelos de mediação e de moderação. RESULTADOS: A análise de moderação demonstrou interação do horário de término do trabalho sobre a relação entre o horário de início do sono e o bem-estar psicológico (R=0,147; F=23,77; P<0,001). O modelo de regressão hierárquica final, incluindo a análise de moderação, demonstrou associação de bem-estar psicológico com sexo (B=-28,554; P=0,004), horário de início do sono (B=-10,132; P=0,011), autoeficácia (B=0,174; P<0,001) e com a variável de interação entre horário de início do sono e horário de término do trabalho (B=-3,460; P=0,030). A análise de mediação não mostrou efeitos indiretos estatisticamente significativos. CONCLUSÃO: O modelo final mostrou que, quando controlada para o efeito de moderação, a relação entre rotinas de trabalho e bem-estar psicológico é dependente da interação com parâmetros de sono individuais. Nossos achados chamam a atenção para a importância da autoeficácia percebida e da interação entre ritmos individuais e ritmos de trabalho sobre desfechos relacionados ao bem-estar psicológico. === BACKGROUND: The importance of sleep-wake patterns, self-efficacy and work related parameters, in relation to health outcomes, is well established. To the best of our knowledge, there are no studies analyzing the inter-relationship between these factors. OBJECTIVES: Investigate the inter-relationship between psychological well-being and sleep-wake patterns, general self-efficacy and work routine parameters. METHODS: This cross-sectional study was performed in a rural area of Brazil. A sample of 987 individuals (66.9% women; mean age = 43.9 years) was analyzed. Most participants were farmers (46%), and most worked 7 days a week (69.1%). The World Health Organization Five-item Well-being Index (WHO-5) was used to assess our outcome, and the Munich Chronotype Questionnaire (MCTQ), the General Self-Efficacy Scale (GSE), and a demographic and work routine questionnaire were used to assess the variables of interest. To better understand the inter-relationship between variables and outcome, mediation and moderation models were tested. RESULTS: The moderation model showed an effect of work end time on the relationship between sleep onset time and psychological well-being (R²=0.147; F=23.77; P<0.001). The final regression model showed an association of psychological well-being with sex (B=-28.554; P=0.004), sleep onset time (B=-10.132; P=0.011), self-efficacy (B=0.174; P<0.001), and with the interaction variable between sleep onset time and work end time (B=-3.460; P=0.030). The mediation model showed no statistically significant effects. CONCLUSIONS: Our final model showed that, when controlled for the moderation effect, the relationship between worse psychological well-being and later work end times is significant only when there is interaction to sleep onset times. These findings draw the attention to the importance of the perceived self-efficacy alone and the interaction between sleep-wake and work routine rhythms in relation to psychological well-being.
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