Summary: | Uma memória previamente consolidada pode novamente tornar-se lábil através da reativação (desestabilização), necessitando da reconsolidação para se restabilizar e persistir. Quando a memória se encontra no estado lábil ela é suscetível a interferências ou modificações. Portanto, a reconsolidação abre a possibilidade de alterar memórias de medo indesejáveis. Neste trabalho, foi utilizado um novo desenho experimental, onde os animais condicionados a um contexto aversivo eram distraídos, com um sopro suave de ar, quando apresentavam respostas de medo durante a reexposição ao contexto condicionado. Foi observado que um estímulo distrator apresentado durante o estado lábil da memória é capaz de diminuir a aversividade da mesma. A atenuação da memória aversiva foi duradoura já que os animais não demonstraram retorno do medo em teste realizados até 20 dias após o treino. Além disso, foi demonstrado que o estímulo distrator só é efetivo se a memória for previamente desestabilizada. Quando a desestabilização não ocorre, seja devido da exposição a um contexto novo ou ao bloqueio farmacológico da desestabilização, o estímulo distrator não é efetivo em reduzir a memória aversiva. Adicionalmente, foi demonstrado que quando o estímulo distrator é apresentado no período de consolidação, a memória também é prejudicada. Juntos, esses resultados demonstram que a reexposição sob distração pode ser uma estratégia não-farmacológica eficaz no tratamento de memórias aversivas. === Memories when reactivated enter a transient, labile state, which is follow by a re-stabilization process termed reconsolidation. During labile state memories are sensitive to interferences. Thus, reconsolidation provides an opportunity to change an unwanted fear memory. In this study, we describe a novel behavioral design in which contextual fear conditioned animals was distract, with a soft air puff, when expressed freezing response during memory reactivation. Our results showed that distractor stimulus was able to disrupted fear memory when presented during labile state and this disruption was lasting to 20 days after training. Furthermore, was demonstrated that distractor stimulus effectiveness is dependent of memory destabilization. If animals are expose in a novel context or destabilization are pharmacological blocked the distractor stimulus not is effective. Additionally, memory consolidation was disrupted by distraction. Taken together, these results showed that distraction disrupted memory reconsolidation been an effective non pharmacologic strategy to impair fear memories.
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