Efeitos da estimulação elétrica neuromuscular sobre a mobilidade diafragmática de pacientes críticos em ventilação mecânica invasiva : ensaio clínico randomizado

Objetivo: Verificar o efeito da eletroestimulação neuromuscular (EENM) em músculos acessórios da respiração (peitoral e reto abdominal) e sua influencia na mobilidade diafragmática de pacientes críticos em ventilação mecânica invasiva (VMI). Métodos: Ensaio clínico randomizado (ECR) duplo cego com 2...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Sachetti, Amanda
Other Authors: Dias, Alexandre Simões
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/118327
Description
Summary:Objetivo: Verificar o efeito da eletroestimulação neuromuscular (EENM) em músculos acessórios da respiração (peitoral e reto abdominal) e sua influencia na mobilidade diafragmática de pacientes críticos em ventilação mecânica invasiva (VMI). Métodos: Ensaio clínico randomizado (ECR) duplo cego com 24 pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS (HCPA), entre agosto/2013 e agosto/ 2014. Os indivíduos foram randomizados para grupo intervenção (EENM + fisioterapia convencional) e placebo (EENM placebo + fisioterapia convencional) e o protocolo foi realizado a partir de 24 horas de VMI até o sétimo dia de VMI podendo ser realizado até 24 horas após a extubação. A EENM foi aplicada 1 vez ao dia, durante 30 minutos, nos músculos peitorais e reto abdominais e a espessura muscular bem como a mobilidade diafragmática foi analisada através da ultrassonografia, no lado dominante do paciente. Na análise estatística foi utilizado Teste T de Student, Qui-Quadrado ou teste exato de Fisher e em caso de assimetria, Mann-Whitney. Ainda foi utilizado correlação linear de Spearman. Resultados: Foi observada correlação direta no grupo intervenção entre a a musculatura do reto abdominal e peitoral (rs=0,607 e p=0,048), entre reto abdominal e a mobilidade diafragmática na fase de incursão (rs = 0,609 e p=0,047), na mobilidade diafragmática (entre a incursão e excursão) (rs=0,920 e p<0,001) e entre a mobilidade diafragmática na fase de excursão e a espessura do diafragma (rs=0,607 e p=0,048). Já no grupo placebo houve correlação direta na mobilidade diafragmática, entre a incursão e excursão (rs=0,726 e p=0,003) e entre a mobilidade diafragmática na fase de excursão e espessura do diafragma (rs=0,705 e p=0,005). Em relação ao tempo de permanência na UTI, este foi menor no grupo intervenção (p=0,045). Conclusão: Nesta amostra houve correlação entre as musculaturas avaliadas, fato que demonstra a preservação da mobilidade diafragmática. Ainda, o tempo de permanência na UTI foi menor para o grupo eletroestimulado.