Avaliação da intervenção fisioterapêutica em uma população geral de pacientes críticos submetidos a um protocolo de extubação orotraqueal

Introdução: As complicações decorrentes da permanência prolongada na ventilação mecânica invasiva (VMI) contribuem negativamente na funcionalidade do paciente crítico. A intervenção fisioterapêutica busca diminuir este impacto negativo, promovendo a recuperação e preservação funcional. Geralmente su...

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Bibliographic Details
Main Author: Cassel, Luciana Weizenmann
Other Authors: Vieira, Silvia Regina Rios
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/96647
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topic Unidades de terapia intensiva
Extubação
Respiração artificial
Protocolos clínicos
Terapia respiratória
Modalidades de fisioterapia
Cuidados críticos
Physical therapy intervention
Invasive mechanical ventilation extubation
Intensive care unit
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Extubação
Respiração artificial
Protocolos clínicos
Terapia respiratória
Modalidades de fisioterapia
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Physical therapy intervention
Invasive mechanical ventilation extubation
Intensive care unit
Cassel, Luciana Weizenmann
Avaliação da intervenção fisioterapêutica em uma população geral de pacientes críticos submetidos a um protocolo de extubação orotraqueal
description Introdução: As complicações decorrentes da permanência prolongada na ventilação mecânica invasiva (VMI) contribuem negativamente na funcionalidade do paciente crítico. A intervenção fisioterapêutica busca diminuir este impacto negativo, promovendo a recuperação e preservação funcional. Geralmente suas condutas são baseadas em julgamentos clínicos, estilos individualizados e sem padronização, gerando questionamentos sobre o real impacto da sua inserção no manejo destes pacientes. Objetivos: Avaliar a eficácia da intervenção fisioterapêutica no centro de terapia intensiva (CTI) em pacientes críticos que foram submetidos a um protocolo de extubação da VMI e também a efetividade da fisioterapia nos seguintes itens: percentual de sucesso no protocolo de extubação, tempo de permanência na VMI, permanência no CTI, tempo de internação hospitalar e taxa de mortalidade; através da comparação entre os grupos (com e sem intervenção fisioterapêutica). Material e Métodos: Foram incluídos neste trabalho pacientes que necessitaram de VMI por um período maior que 48 horas e que foram considerados aptos para extubação pela equipe médica assistente. Foram excluídos pacientes que não fossem extubados em até 6 horas após ventilação espontânea em tubo T, paciente com traqueostomia e com doença neuromuscular periférica. Após, o paciente foi colocado em ventilação espontânea com tubo T, e em seguida foi registrado o índice de respiração rápida e superficial (IRRS) através da relação freqüência respiratória/volume corrente, sendo este calculado no 1º (IRRS 1) e 30o (IRRS 2) minuto do teste. Os dados foram expressos em freqüência e percentual, média e desvio padrão e mediana (percentil 25-percentil 75), a variável sucesso foi corrigida por análise de covariância (ANCOVA), com nível de significância p<0,05. Resultados: Foram incluídos 265 pacientes neste estudo, divididos em dois grupos: grupo 1 (sem intervenção fisioterapêutica) possuindo 149 pacientes e o grupo 2 (com intervenção fisioterapêutica) possuindo 116 pacientes. Na comparação entre o grupo 1 e 2 encontramos os seguintes resultados: média de idade 58,3 versus 57,7 (p = 0,79), média de APACHE II (Acute Physiology Chronic Health Evaluation) 18,9 versus 22,3 (p=0,003), sucesso de extubação 80,5% versus 88,8% (p=0,05), IRRS 1 58,2 versus 50,5 (p=0,11), IRRS 2 56,0 versus 45,0 (p=0,01), dias de intubação 7,0 versus 7,0 (p=0,34), dias de internação no CTI 13,0 versus 10,0 (p<0,05), dias de internação hospitalar 33,0 versus 35,0 (p=0,25), óbito 21 versus 25 (p=0,13). Conclusão: O grupo com intervenção fisioterapêutica demonstrou um aumento no sucesso da extubação orotraqueal e diminuição nos dias de internação no CTI. Também apresentou maior tempo de internação hospitalar e taxa de mortalidade, podendo ser justificado pela maior gravidade demonstrada no grupo pelo APACHE II. === Introduction: Complications arising from prolonged invasive mechanical ventilation (IMV) contribute negatively to the functionality of the critically ill patient. The physiotherapy intervention seeks to reduce this negative impact, promoting the recovery and functional preservation of the patient. Generally the physiotherapist’s conducts are based on clinical trials and individualized styles without standardization, raising questions about the real impact of their insertion in the management of these patients. Objectives: To evaluate the efficacy of physical therapy intervention in the intensive care unit (ICU) in critically ill patients who were submitted to a protocol of extubation from IMV and also the effectiveness of physiotherapy in the following items: percentage of success in the extubation protocol implementation, length of stay at IMV, length of stay in ICU, length of hospital stay and mortality rate; by comparing the groups (with and without physical therapy intervention). Material e Methods: This study enrolled patients who required IMV for a period longer than 48 hours and who were considered suitable for extubation by medical assistant staff. We excluded patients who were not extubated within 6 hours after spontaneous breathing in T-tube, tracheostomy and patients with peripheral neuromuscular disease. After, the patient was placed on spontaneous ventilation with T-tube and then it was recorded the rapid shallow breathing index (RSBI) using the ratio of respiratory rate / tidal volume, which is calculated on the 1st (RSBI 1) and 30th (RSBI 2) minutes of the test. The data were expressed as frequency and percentage, mean and standard deviation and median (25th percentile – 75th percentile), the variable ‘success’ was adjusted by analysis of covariance (ANCOVA), with significance level p < 0.05. Results: 265 patients were included in this study, divided into two groups: group 1 (no physiotherapy intervention) with 149 patients and group 2 (physical therapy) with 116 patients. In the comparison between groups 1 and 2, we found the following results: mean age 58.3 versus 57.7 (p = 0.79), mean APACHE II (Acute Physiology Chronic Health Evaluation) 18.9 versus 22.3 (p = 0.003) , successful extubation 80.5 % versus 88.8 % (p = 0.05) , RSBI 1 58.2 versus 50.5 (p = 0.11) , RSBI 2 56.0 versus 45, 0 (p = 0.01) , days of intubation 7.0 versus 7.0 (p = 0.34) , days of ICU stay 13.0 versus 10.0 (p < 0.05) , days of hospitalization 33.0 versus 35.0 (p = 0.25) , deaths 21 versus 25 (p = 0.13). Conclusion: The group with physiotherapy intervention showed an increased success in performing orotracheal extubation and a decrease in ICU stay. Also, it resulted in longer hospital stay and higher mortality rate, which can be explained by the greater severity demonstrated in the group by APACHE II.
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Objetivos: Avaliar a eficácia da intervenção fisioterapêutica no centro de terapia intensiva (CTI) em pacientes críticos que foram submetidos a um protocolo de extubação da VMI e também a efetividade da fisioterapia nos seguintes itens: percentual de sucesso no protocolo de extubação, tempo de permanência na VMI, permanência no CTI, tempo de internação hospitalar e taxa de mortalidade; através da comparação entre os grupos (com e sem intervenção fisioterapêutica). Material e Métodos: Foram incluídos neste trabalho pacientes que necessitaram de VMI por um período maior que 48 horas e que foram considerados aptos para extubação pela equipe médica assistente. Foram excluídos pacientes que não fossem extubados em até 6 horas após ventilação espontânea em tubo T, paciente com traqueostomia e com doença neuromuscular periférica. Após, o paciente foi colocado em ventilação espontânea com tubo T, e em seguida foi registrado o índice de respiração rápida e superficial (IRRS) através da relação freqüência respiratória/volume corrente, sendo este calculado no 1º (IRRS 1) e 30o (IRRS 2) minuto do teste. Os dados foram expressos em freqüência e percentual, média e desvio padrão e mediana (percentil 25-percentil 75), a variável sucesso foi corrigida por análise de covariância (ANCOVA), com nível de significância p<0,05. Resultados: Foram incluídos 265 pacientes neste estudo, divididos em dois grupos: grupo 1 (sem intervenção fisioterapêutica) possuindo 149 pacientes e o grupo 2 (com intervenção fisioterapêutica) possuindo 116 pacientes. Na comparação entre o grupo 1 e 2 encontramos os seguintes resultados: média de idade 58,3 versus 57,7 (p = 0,79), média de APACHE II (Acute Physiology Chronic Health Evaluation) 18,9 versus 22,3 (p=0,003), sucesso de extubação 80,5% versus 88,8% (p=0,05), IRRS 1 58,2 versus 50,5 (p=0,11), IRRS 2 56,0 versus 45,0 (p=0,01), dias de intubação 7,0 versus 7,0 (p=0,34), dias de internação no CTI 13,0 versus 10,0 (p<0,05), dias de internação hospitalar 33,0 versus 35,0 (p=0,25), óbito 21 versus 25 (p=0,13). Conclusão: O grupo com intervenção fisioterapêutica demonstrou um aumento no sucesso da extubação orotraqueal e diminuição nos dias de internação no CTI. Também apresentou maior tempo de internação hospitalar e taxa de mortalidade, podendo ser justificado pela maior gravidade demonstrada no grupo pelo APACHE II. Introduction: Complications arising from prolonged invasive mechanical ventilation (IMV) contribute negatively to the functionality of the critically ill patient. The physiotherapy intervention seeks to reduce this negative impact, promoting the recovery and functional preservation of the patient. Generally the physiotherapist’s conducts are based on clinical trials and individualized styles without standardization, raising questions about the real impact of their insertion in the management of these patients. Objectives: To evaluate the efficacy of physical therapy intervention in the intensive care unit (ICU) in critically ill patients who were submitted to a protocol of extubation from IMV and also the effectiveness of physiotherapy in the following items: percentage of success in the extubation protocol implementation, length of stay at IMV, length of stay in ICU, length of hospital stay and mortality rate; by comparing the groups (with and without physical therapy intervention). Material e Methods: This study enrolled patients who required IMV for a period longer than 48 hours and who were considered suitable for extubation by medical assistant staff. We excluded patients who were not extubated within 6 hours after spontaneous breathing in T-tube, tracheostomy and patients with peripheral neuromuscular disease. After, the patient was placed on spontaneous ventilation with T-tube and then it was recorded the rapid shallow breathing index (RSBI) using the ratio of respiratory rate / tidal volume, which is calculated on the 1st (RSBI 1) and 30th (RSBI 2) minutes of the test. The data were expressed as frequency and percentage, mean and standard deviation and median (25th percentile – 75th percentile), the variable ‘success’ was adjusted by analysis of covariance (ANCOVA), with significance level p < 0.05. Results: 265 patients were included in this study, divided into two groups: group 1 (no physiotherapy intervention) with 149 patients and group 2 (physical therapy) with 116 patients. In the comparison between groups 1 and 2, we found the following results: mean age 58.3 versus 57.7 (p = 0.79), mean APACHE II (Acute Physiology Chronic Health Evaluation) 18.9 versus 22.3 (p = 0.003) , successful extubation 80.5 % versus 88.8 % (p = 0.05) , RSBI 1 58.2 versus 50.5 (p = 0.11) , RSBI 2 56.0 versus 45, 0 (p = 0.01) , days of intubation 7.0 versus 7.0 (p = 0.34) , days of ICU stay 13.0 versus 10.0 (p < 0.05) , days of hospitalization 33.0 versus 35.0 (p = 0.25) , deaths 21 versus 25 (p = 0.13). Conclusion: The group with physiotherapy intervention showed an increased success in performing orotracheal extubation and a decrease in ICU stay. 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