Avaliação da reprodutividade de diagnósticos da articulação temporomandibular em imagem por ressonância magnética em unidades de 0,5 e 1,5 Tesla

O diagnóstico clínico de desordens temporomandibulares é bastante complexo e, muitas vezes são necessários exames de imagem para complementar a investigação. A Imagem por Ressonância Magnética (IRM) é descrita como padrão-ouro na avaliação dos tecidos moles da articulação temporomandibular (ATM), en...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fontana, Mathias Pante
Other Authors: Silveira, Heraldo Luis Dias da
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/87159
Description
Summary:O diagnóstico clínico de desordens temporomandibulares é bastante complexo e, muitas vezes são necessários exames de imagem para complementar a investigação. A Imagem por Ressonância Magnética (IRM) é descrita como padrão-ouro na avaliação dos tecidos moles da articulação temporomandibular (ATM), entretanto a literatura mostra resultados conflitantes quanto à reprodutibilidade do método. Isso se deve a fatores relacionados à qualidade da imagem, como a força do campo magnético, e às condições do examinador. O objetivo do estudo foi avaliar a reprodutibilidade de diagnósticos da ATM por IRM em unidades de 0,5 e 1,5T. Exames de 212 pacientes (134 de 0,5T e 78 de 1,5T) foram avaliados por um examinador treinado e cegado. Nove condições foram avaliadas quanto à presença ou ausência de alteração. A concordância dos diagnósticos foi maior que 80% para ambas as unidades e não houve diferença significativa entre elas (P > 0,05). Alta reprodutibilidade foi obtida para deslocamento anterior de disco sem redução (κ = 0,82 para 0,5T e 0,80 para 1,5T), hipermobilidade (κ = 0,84 e 0,90) e hipomobilidade (κ = 0,80 e 0,95), enquanto valores apenas regulares foram alcançados para deslocamento anterior de disco com redução (κ = 0,48 e 0,42) e alteração de forma do disco (κ = 0,45 e 0,37). De maneira geral, os diagnósticos por IRM em 0,5 e 1,5T apresentaram alta concordância. Entretanto, a menor reprodutibilidade para deslocamento anterior de disco com redução e alteração de forma do disco evidencia a dificuldade do diagnóstico dessas condições. === Clinical diagnosis of temporomandibular disorders is complex making the professional often refer to imaging for complementary research. Magnetic Resonance Imaging (MRI) is described as the gold standard in the evaluation of the temporomandibular joint (TMJ) soft tissues, however the literature shows conflicting results regarding the reproducibility of the method. This is due to factors related to image quality, as the field strength, and the conditions of the rater. The aim this study was to assess the reproducibility of TMJ diagnoses at 0.5 and 1.5T MRI. Examinations of 212 patients (134 of 0.5T and 78 of 1.5T) were evaluated by a trained and blinded rater. Nine conditions were evaluated for the presence or absence of change. The diagnostics agreement was greater than 80% for both units and there was no significant difference between them (P > 0.05). High reproducibility was obtained for anterior disc displacement without reduction (κ = 0.82 at 0.5T and 0.80 at 1.5T), hypermobility (κ = 0.84 and 0.90) and hypomobility (κ = 0.80 and 0.95), while only regular values were achieved for anterior disc displacement with reduction (κ = 0.48 and 0.42) and disc deformity (κ = 0.45 and 0.37). MRI at 0.5 and 1.5T showed high agreement. However, the lower reproducibility for anterior disc displacement with reduction and disc deformity highlights the difficulty in diagnosing these conditions.