Summary: | A presente tese busca contribuir para o debate sobre os processos de reestruturação produtiva ocorridos na indústria de transformação a partir das duas últimas décadas do século XX. Tomou-se por referência empírica um estudo de caso da Conaprole, empresa uruguaia de laticínios que vem passando por um forte processo de modernização desde o final da década de 90. As principais transformações da Conaprole em sua área industrial, referem-se ao forte processo de enxugamento da força de trabalho, à reestruturação de plantas com realocação dos trabalhadores, à modificação na organização do processo de trabalho e à busca de um novo regime de mobilização da força de trabalho. Nessa empresa, o processo de reestruturação produtiva vem sendo conduzido através da institucionalização do diálogo entre a direção da Conaprole e a direção do sindicato, uma novidade em relação às transformações implementadas no período ora enfocado, em empresas localizadas nos países da América Latina, especialmente, no Brasil. A tese está organizada em quatro partes: uma primeira que aborda questões teóricas, tais como a definição da empresa como um espaço de lutas, as orientações gerenciais de cunho estratégico ou dialogal, bem como a questão do controle do trabalho; uma segunda que aborda a história, as características e as principais transformações da Conaprole, de um modo geral, incluindo seu quadro gerencial; uma terceira, que analisa as características dos trabalhadores e as conseqüências das transformações em curso sobre eles; e uma quarta parte dedicada à análise das negociações entre a empresa e os trabalhadores com relação ao processo de reestruturação. As principais conclusões da tese apontam a construção de um modelo híbrido no processo de reestruturação produtiva da área industrial da Conaprole, que envolve a negociação com os trabalhadores, o reforço da segmentação interna da força de trabalho através do uso de novas tecnologias e o avanço parcial para um novo regime de mobilização da força de trabalho. === Esta tesis pretende contribuir al debate sobre los procesos de reestructuración productiva del sector industrial en las ultimas dos décadas del siglo XX. Como referencia empírica se tomó la Conaprole, empresa láctea uruguaya que viene pasando por un fuerte proceso de modernización desde el final de la década del 90. Las principales transformaciones del área industrial de Conaprole están relacionadas con el fuerte proceso de reducción de la fuerza de trabajo, la reestructuración de plantas con reubicación de los trabajadores, las modificaciones de la organización del proceso de trabajo y la búsqueda de un nuevo régimen de movilización de la fuerza de trabajo. El proceso de reestructuración productiva en Conaprole está siendo realizado a través de la institucionalización del diálogo entre la dirección de la empresa y la dirección sindical, lo que constituye una novedad en el marco de las transformaciones implementadas en el período de análisis, en las empresas localizadas en países de América Latina, especialmente en Brasil. Esta tesis está compuesta por cuatro partes: una primera que trata de cuestiones teóricas, tales como la definición de la empresa como un espacio de luchas, las orientaciones gerenciales de carácter estratégico o dialogal, así como la cuestión del control del trabajo; una segunda que aborda la historia, las características y las principales transformaciones de Conaprole, en general y, en especial en su cuadro gerencial; una tercera, que analiza las características de los trabajadores y las consecuencias de las transformaciones en curso sobre ellos; y una cuarta parte dedicada al análisis de las negociaciones entre la empresa y los trabajadores en lo relacionado con el proceso de reestructuración. Las principales conclusiones de la tesis señalan la construcción de un modelo híbrido en el proceso de reestructuración productiva del área industrial de Conaprole, que supone la negociación con los trabajadores, el reforzamiento de la segmentación de la fuerza de trabajo a través del uso de nuevas tecnologías y el avance parcial hacia un nuevo régimen de movilización de la fuerza de trabajo.
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