Colonização de profissionais de saúde após contato com pacientes com pneumonia por Pneumocystis Jirovecii
Introdução. A colonização pelo Pneumocystis jirovecii foi demonstrada em diversos grupos, como pacientes imunossuprimidos pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), pacientes com doenças pulmonares crônicas e gestantes. Alguns estudos têm sugerido que os profissionais de saúde podem to...
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2012
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ndltd-IBICT-oai-lume.ufrgs.br-10183-551652018-10-21T16:59:34Z Colonização de profissionais de saúde após contato com pacientes com pneumonia por Pneumocystis Jirovecii Brum, Maria Carlota Borba Prolla, João Carlos Pessoal de saúde Transmissão de doença infecciosa do paciente para o profissional Pneumocystis jirovecii Infecções por Pneumocystis Introdução. A colonização pelo Pneumocystis jirovecii foi demonstrada em diversos grupos, como pacientes imunossuprimidos pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), pacientes com doenças pulmonares crônicas e gestantes. Alguns estudos têm sugerido que os profissionais de saúde podem tornar-se colonizados após contato com pacientes com a pneumonia por Pneumocystis (PcP). Objetivos. Identificar a colonização pelo P. jirovecii, através de técnicas moleculares, em profissionais de saúde que apresentam contato ocupacional com pacientes com PcP no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Verificar a duração desta colonização. Analisar as variáveis clínico-demográficas dos pacientes com PcP que podem estar relacionadas à transmissão do P. jirovecii ao profissional de saúde. Métodos. Foi realizada uma nested-PCR para a detecção do P. jirovecii no lavado de orofaringe de 27 profissionais expostos a pacientes com PcP (médico; enfermeiro; técnico/auxiliar de enfermagem) e de 36 profissionais administrativos, no período de janeiro a agosto de 2008. As amostras de lavado da orofaringe foram obtidas na primeira, segunda e oitava semana após o contato com um paciente para avaliar o início e a duração da colonização pelo P. jirovecii. A nested-PCR utilizou os primers pAZ-102-A e pAZ-H no primeiro round e pAZ 102-X e pAZ 102-Y no segundo, para a amplificação da grande subunidade do RNA ribossômico mitocondrial (mtLSUrRNA) do microorganismo. Foram coletados os dados clínicos e demográficos dos pacientes com PcP através da revisão dos prontuários médicos. Resultados. A colonização pelo P. jirovecii foi observada em 33,3% (9/27) dos profissionais expostos, com uma duração que variou entre uma a duas semanas após o contato inicial com o paciente. Entre os profissionais não-expostos, foram identificados somente dois colonizados entre 36 indivíduos (p <0,05). Não foi identificada associação entre as características clínicas e demográficas dos pacientes com PcP e a colonização dos profissionais de saúde. Conclusões: Os profissionais de saúde em contato com os pacientes com PcP apresentaram uma taxa de colonização superior aos indivíduos não expostos. Este achado é sugestivo de uma transmissão nosocomial do microorganismo. Os profissionais de saúde podem constituir importante reservatório e fonte de infecção do fungo a outros pacientes. 2012-09-11T01:34:08Z 2010 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/10183/55165 000855015 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul instacron:UFRGS |
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Introdução. A colonização pelo Pneumocystis jirovecii foi demonstrada em diversos grupos, como pacientes imunossuprimidos pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), pacientes com doenças pulmonares crônicas e gestantes. Alguns estudos têm sugerido que os profissionais de saúde podem tornar-se colonizados após contato com pacientes com a pneumonia por Pneumocystis (PcP). Objetivos. Identificar a colonização pelo P. jirovecii, através de técnicas moleculares, em profissionais de saúde que apresentam contato ocupacional com pacientes com PcP no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Verificar a duração desta colonização. Analisar as variáveis clínico-demográficas dos pacientes com PcP que podem estar relacionadas à transmissão do P. jirovecii ao profissional de saúde. Métodos. Foi realizada uma nested-PCR para a detecção do P. jirovecii no lavado de orofaringe de 27 profissionais expostos a pacientes com PcP (médico; enfermeiro; técnico/auxiliar de enfermagem) e de 36 profissionais administrativos, no período de janeiro a agosto de 2008. As amostras de lavado da orofaringe foram obtidas na primeira, segunda e oitava semana após o contato com um paciente para avaliar o início e a duração da colonização pelo P. jirovecii. A nested-PCR utilizou os primers pAZ-102-A e pAZ-H no primeiro round e pAZ 102-X e pAZ 102-Y no segundo, para a amplificação da grande subunidade do RNA ribossômico mitocondrial (mtLSUrRNA) do microorganismo. Foram coletados os dados clínicos e demográficos dos pacientes com PcP através da revisão dos prontuários médicos. Resultados. A colonização pelo P. jirovecii foi observada em 33,3% (9/27) dos profissionais expostos, com uma duração que variou entre uma a duas semanas após o contato inicial com o paciente. Entre os profissionais não-expostos, foram identificados somente dois colonizados entre 36 indivíduos (p <0,05). Não foi identificada associação entre as características clínicas e demográficas dos pacientes com PcP e a colonização dos profissionais de saúde. Conclusões: Os profissionais de saúde em contato com os pacientes com PcP apresentaram uma taxa de colonização superior aos indivíduos não expostos. Este achado é sugestivo de uma transmissão nosocomial do microorganismo. Os profissionais de saúde podem constituir importante reservatório e fonte de infecção do fungo a outros pacientes. |
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