A Nova abordagem de gestão de áreas de conservação e suas implicações socioespaciais : o caso de Chimanimani no centro de Moçambique

A presente pesquisa analisa a produção do território de conservação sob as influências de diversos atores localizados a diferentes escalas de poder e gestão. A partir da abordagem de Territorialização – Desterritorialização – Reterritorialização, analisa-se a passagem de Chimanimani como uma área co...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Matos, Elmer Agostinho Carlos de
Other Authors: Medeiros, Rosa Maria Vieira
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2011
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/29553
Description
Summary:A presente pesquisa analisa a produção do território de conservação sob as influências de diversos atores localizados a diferentes escalas de poder e gestão. A partir da abordagem de Territorialização – Desterritorialização – Reterritorialização, analisa-se a passagem de Chimanimani como uma área comunitária, formada por várias comunidades, cuja identidade encontra-se sacralizada nos diversos locais sagrados da área, para um território de conservação, que implicou na (re)estruturação do espaço para atender ao ecoturismo e a conservação. As transformações que ocorreram e que estão ocorrendo em Chimanimani são parte de um processo global, iniciado nos finais da década de 80 com a introdução dos Programas de Reabilitação Econômica. Estas transformações submeteram o local ao global e deslocaram a comanda da área para outras escalas de poder e gestão. As transformações pelas quais Chimanimani foi passando implicaram numa transição da agricultura como a base de sobrevivência para o ecoturismo. A dependência ao ecoturismo como a atividade que melhor compatibiliza a exploração dos recursos naturais numa área de conservação parece não encontrar um enquadramento na dinâmica da atividade turística em Moçambique, que tem como preferência o turismo de “sol e praia”. Como dinamizar o turismo em áreas de conservação é um desafio para a realidade moçambicana, cujas condições dificultam o desenvolvimento do ecoturismo em áreas distantes da região costeira. Dentro desse dilema, propõe-se o Turismo Social como uma possibilidade para o desenvolvimento do turismo nas áreas de conservação. === This research analyses the production of the conservation territory under influences of various actors located at different scales of power and management. From the approaches Territorialization – Desterritorialization – Reterritorialization, we analyze the transition of Chimanimani as a community area, formed by several communities, whose identity is enshrined in the various sacred sites of area, to a conservation area, which resulted in (re)structuring space to answer conservation and ecotourism. Transformations that occurred and are occurring in Chimanimani are part of an overall process, begun in the late 80’s with the introduction o Economic Rehabilitation Programs. These changes submitted the place to the global and moved the command of the area for other scales of power and management. These transformations which Chimanimani are involved implicated a transition of the agriculture as the survival base for the ecotourism. The dependence on ecotourism as the activity that better reconcile the exploration of natural resources in an area of conservation does not seem to find a framework in the dynamics of tourism in Mozambique, which is preferably tourism “Sun and sand”. How to boost tourism in conservation areas is a challenge for the Mozambican reality, whose conditions make it difficult to ecotourism development in remote areas far from the coastal region. In this dilemma, it is proposed Social Tourism as a possibility for the development of tourism in conservation areas.