Summary: | Ao longo das últimas décadas, foi crescente e notório o aumento de escolas de educação infantil em nosso país. Expandiu-se, em igual proporção, o número de turmas da educação infantil em escolas regulares, já que a própria LDB considera esse âmbito de ensino como parte integrante da educação básica. A fim de agregar um diferencial em sua grade curricular, aulas de língua inglesa como língua adicional são inseridas no currículo de um sem número de instituições nas mais variadas modalidades: aulas de 30 minutos ou 1 hora uma vez por semana, às vezes duas vezes por semana e, até mesmo, em propostas bilíngues, com aulas todos os dias da semana, em cargas horárias das mais diversas. Assim, este estudo propõe-se a uma análise crítica do ensino de língua inglesa como língua adicional para crianças de educação infantil. Foram selecionados como foco de pesquisa o uso da linguagem, a promoção do letramento na língua alvo e as crenças de professores, pais de alunos e coordenadores das instituições de ensino. Para a geração dos dados, duas escolas exclusivamente de educação infantil, duas escolas de educação básica e três escolas de idiomas foram visitadas. Procederam-se observações de aulas, entrevistas com os professores de língua inglesa, com pais de alunos e com as coordenadoras das escolas. Verificou-se que, independentemente da carga-horária oferecida pela escola, usar mais ou menos inglês em sala de aula era uma opção do professor, em acordo com as coordenações das escolas. Observou-se, também, que quanto mais comunicativa a abordagem de ensino, mais havia espaço para a promoção do letramento. E constatou-se que as crenças de pais, professoras e coordenadoras de escolas são pertinentes mas precisam ser ouvidas no contexto escolar de forma a produzir um ensino efetivo e prazeroso para os alunos. === Throughout the last decades, it was noticeably increasing the number of kindergarten schools in our country. It has expanded, in the same proportion, the number of kindergarten classes in regular schools, since LDB (Lei de Diretrizes e Bases) considers this scope of teaching as part of the primary education. In order to add some particularities in its curricula, classes of English as a foreign language has been inserted in hundreds of institutions, in many different approaches: thirty-minute or one hour classes once a week, sometimes twice a week and also in bilingual projects, with everyday classes, in several workloads. So, the aim of this search is to hold a critical analysis on the teaching of English as a foreign language to very young learners. The use of language, the promotion of literacy in the target language and the beliefs of teacher, students’ parents and schools coordinators were selected as the focus of this work. In order to generate the data, two kindergarten schools, two primary schools and three language schools were visited. Classes were observed and interviews with the teachers of English, with the students’ parents and with the schools coordinators were conducted. It was verified that, independently of the workload offered by the school, using less or more English in the classroom was an option made by the teacher, in accordance to the school’s coordination. It was also observed that the most communicative the approach was, the more space to literacy was given. And it was checked that parents’, teachers’, and coordinators’ beliefs are pertinent but need to be heard in the context of the school in order to offer an effective and pleasant learning environment for the pupils.
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