Efeito da exposição à poluição atmosférica em concentrações urbanas na função testicular de ratos wistar

Introdução: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da exposição em níveis habituais de poluição atmosférica em um ambiente urbano na função testicular de ratos. Método: Vinte ratos Wistar foram randomicamente alocados, desde o período fetal, em duas câmaras de exposição, filtrada (grupo CF)...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ribeiro, Eduardo Porto
Other Authors: Rhoden, Ernani Luis
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2010
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/23007
Description
Summary:Introdução: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da exposição em níveis habituais de poluição atmosférica em um ambiente urbano na função testicular de ratos. Método: Vinte ratos Wistar foram randomicamente alocados, desde o período fetal, em duas câmaras de exposição, filtrada (grupo CF) e não filtrada (grupo CNF). As câmaras foram construídas perto de uma área de tráfego intenso, com uma concentração ambiente média de material particulado de até 2.5 nanômetros de diâmetro (PM2.5) de 22.1 μg/m3. Após 150 dias os ratos foram mortos por guilhotinamento e a massa testicular, o estresse oxidativo do homogeneizado testicular e a concentração de testosterona total sérica e intra-testicular foram aferidos. Além disto, uma avaliação histológica testicular qualitativa e quantitativa foi realizada. Para cada rato, 10 tubulos seminíferos arredondados consecutivos em ciclo VII-VIII da espermatogênese foram avaliados em relação aos seguintes parâmetros: diâmetro tubular médio; contagem celular histológica de espermátides redondas, paquítenos e células de Sertoli com nucléolo evidente; avaliação das proporções entre estes tipos celulares. Resultados: As massas testiculares absolutas (gm) foram menores no grupo CNF (1.86 ± 0.18 vs 1.64 ± 0.13; p < 0.01). As médias das testosteronas sérica (ng/dL) e intratesticular (ng/gm de testículo) foram 2.8 vezes maiores no grupo CNF (respectivamente, 208 ± 109 vs 577 ± 395; p = 0.02 e 26.6 ± 17.2 vs 106.3 ± 76.5; p = 0.01). Não houve diferença estatística entre os grupos CF e CNF em relação ao estresse oxidativo do homogeneizado testicular e aos desfechos histológicos avaliados. Conclusões: Ratos machos expostos à poluição atmosférica em concentrações de ambientes urbanos apresentam testículos com menor massa e concentrações séricas e intra-testiculares de testosterona total maiores que ratos respirando ar filtrado. A espermatogênese, avaliada por contagem celular histológica, não foi influenciada pela exposição a estes níveis de poluição atmosférica.