O agro andino, um outro desenvolvimento e a sustentabilidade

A realidade andina, e particularmente a realidade agraria andina, desde a migração ilegal e intrusa do k´arusuyu (europeu), se tem manifestado distante às ações, políticas ou visões de desenvolvimento pensadas fora de seu espaço, aspecto que derivou na busca do próprio desenvolvimento: Sumak Kawsay,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Olarte Calsina, Saul
Other Authors: Schultz, Glauco
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/183276
Description
Summary:A realidade andina, e particularmente a realidade agraria andina, desde a migração ilegal e intrusa do k´arusuyu (europeu), se tem manifestado distante às ações, políticas ou visões de desenvolvimento pensadas fora de seu espaço, aspecto que derivou na busca do próprio desenvolvimento: Sumak Kawsay, esse próprio, contextualizado no Etnodesenvolvimento. O estudo argumentou respostas a esse real diferente, aprofundado desde outro olhar, o pensar próprio, desde Guaman Poma de Ayala (1615) e Santa Cruz Pachacuti (1613), ambos, plasmam nas sus imagens a relação entre seres de distintos espaços, uma relação Ser-Ser, o não ser não, elemento que pervive desde uma complexidade no real atual. Nesse contexto, para entender a realidade agraria andina, se considerou dois espaços de realidades não isoladas das dinâmicas totais: os distritos de Orurillo e Sicuani, no Qollasuyo; utilizando como método o Teqsimuyuq Kawsaynin – Hinantin Suyupi (TK-HS): convivência com tudo, em todo lugar. Os resultados mostram que, as realidades andinas perviven com outra própria visão do eruivalente ao “desenvolvimento”, refletida nas tecnologias, saberes, ciencias, pensares, infraestruturas, etc., que vem desde antes e até o Tahuantinsuyo, transitando logo a o Andino, caminhando dentro do bom governo como em tempos do Inca, ao não governo do k´arusuyu, seguido logo pelo musoqk´ara, até a atualidade. Nesse entender, a realidade agraria andina reflete continuação do Tahuantinsuyo, desde seus próprios pensares, o próprio termo andino é referente. O próprio desenvolvimento desde um pensar andino, é a relacao de convivencia com o agro, parte da co-existência, relacao total não encaixada no ritual ou cerimonial só. O agro não é atividade, recursos, etapa a superar, nem é inferior, é um igual com que se convive, assim se chega à convivencia equilibrada, Sumak Kawsay, o desejo do desenvolvimento sustentável: emergencia do “desenvolvimento” ocidental. Nesse entender o agro andino representa o desejo u objetivo da agricultura sustentavel, sendo que, esta ultima requer reconstruir suas bases epistemológicas se quer converter-se em realidade. === The Andean reality, and particularly the Andean agrarian reality, since the illegal and intrusive migration of the k'arusuyu (European), has manifested itself far from the actions, policies or visions of development thought outside of its space, an aspect that led to the search of the own development: Sumak Kawsay, this very one, contextualized in Ethnodevelopment. Guaman Poma de Ayala (1615) and Santa Cruz Pachacuti (1613), both of them, portray in their images the relation between beings of different spaces, a relation Being-Being, not being not exist, element that survives from a complexity in the current real. In this context, to understand the Andean agrarian reality, two spaces of realities not isolated from the total dynamics were considered: the districts of Orurillo and Sicuani, in Qollasuyo; using as method the Teqsimuyuq Kawsaynin - Hinantin Suyupi (TK-HS): coexistence with everything, everywhere. The results, show that the Andean realities survive with another vision of the erudent to the "development", reflected in the technologies, knowledge, sciences, thought, infrastructures, etc., that comes from before and until Tahuantinsuyo. Transiting soon to the Andean, walking within the good government as in times of the Inca; to the non-government of k'arusuyu, followed later by the musoqk'ara, until the present time. In this understanding, the Andean agrarian reality reflects the continuation of the Tahuantinsuyo, from its own thoughts; the Andean term itself is referent. The development itself from an Andean thinking, is the relation of coexistence with the agro, part of the co-existence, total relation not fit in the ritual or only ceremonial. Agro is not activity, resources, stage to be overcome, nor is it inferior, it is an equal with which it coexists, thus comes to a balanced coexistence, Sumak Kawsay, the desire for sustainable development: emergence of Western "development". In this understanding, the Andean agriculture represents the goal of sustainable agriculture, and the latter requires reconstructing its epistemological basis if it is to become a reality.