Expansão estatal, capitalismo e burocracia

Baseado num posicionamento crítico perante a denominada teoria da administração, o autor propõe uma análise do comportamento da administração pública nas empresas estatais brasileiras, a partir dos limites estruturais-históricos que conformam o campo dentro do qual agem os atores sociais. O argument...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Borghetti, Luiz Carlos
Other Authors: Fachin, Roberto Costa
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2009
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/17506
id ndltd-IBICT-oai-lume.ufrgs.br-10183-17506
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topic Administração pública
Comportamento organizacional
Empresa pública
Organizations
Bureaucracy
State companies
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Comportamento organizacional
Empresa pública
Organizations
Bureaucracy
State companies
Borghetti, Luiz Carlos
Expansão estatal, capitalismo e burocracia
description Baseado num posicionamento crítico perante a denominada teoria da administração, o autor propõe uma análise do comportamento da administração pública nas empresas estatais brasileiras, a partir dos limites estruturais-históricos que conformam o campo dentro do qual agem os atores sociais. O argumento básico do trabalho é o de que as especificidades históricas brasileiras, sem prejuízo da utilização crítica de quadro s referenciais teóricos desenvolvidos em outros contextos, são um elemento crucial para a compreensão do comportamento administrativo nas organizações locais.os postulados da teoria da administração, desde o Taylorismo até a teoria dos sistemas abertos, obscurecem ou desconsideram os determinantes históricos-políticos, econômicos, e ideológicos - do comportamento administrativo. Daí que nos levam a elaborar interpretações falsas ou parciais da realidade. A análise do comportamento da administração das empresas estatais brasileiras elabora pelo autor, faz uso de um referencial teórico histórico-estrutural, valendo-se em especial da ciência política e da sociologia. Analisando um caso particular - uma empresa estatal real - o autor explora as relações entre o comportamento dos seus dirigentes e os seus determinantes, econômicos, ideológicos e políticos. Neste último nível, destaca as relações do Estado com a sociedade civil, e as relações internas na estrutura organizacional do Estado. As conclusões realçam algumas questões. Primeiramente, a eficiência e a eficácia da empresa estatal, vistas de uma ótica política, apresentam-se de acordo com os interesses da direção. Daí resulta que a racionalidade burocrática na empresa estatal. Por sua vez os interesses da direção coadunam-se com os interesses dominantes a nível do Estado. Em segundo lugar, esta questão remete ao problema do controle das empresas estatais, as quais apresentam-se formalmente com objetivos sociais. Tal questão envolve-se com a democratização da sociedade, o que pressupões também a democratização das gestão organizacional. Os postulados clássicos impossibilitam a compreensão das influências do contexto da sociedade no comportamento administrativo. Os postulados atuais, fundamental na teoria dos sistemas abertos, obscurecem o exercício da dominação nas organizações. Por conseguinte, não questionam a distribuição do poder na sociedade, e comprometem seus status cientifico ao desconsiderar as lutas pela democratização na sociedade e nas organizações. === Based on a critical positioning against the so-colled "Administrative Theory", the author makes an analysis of the behavior of public administration in State-owned enterprises in Brazil, having as a starting point the historical-estrutural limitations which set the boundaries whithin which social forces interact. This study starts from the assumption that the historical speficities of Brazil - no harm done to the use of referencial and critical frameworks developed in different contexts - are the crutial elements for the understanding of administrative behavior in local business organizations. From Taylorism to the Open-system theory, all of the postulates used by the administrative theories lessem the role - or else do not consider at all - the historical (political, economic and ideologic) factores as determining ones in administrative behavior. Thus, these lead one to the elaboration of false, or partial, interpretations of reality. The author's analysis of administrative behavior in Brazilian State-owned enterprises makes use of a historical-estructural theoretical framework as reference - the same ones used in Political Science and Sociology. In the analysis of a particular case - a State-owned enterprise, the author explores the relations between the behavior of its managers and its contextual economic, ideological and political determining factory. The relations between the State and civil society, as well as the State's organizational structure's internal relations are analysed in depth. Firstly, this study concludes that the efficiency of State-owned enterprises - when analysed from a political point of view - is consonant with the interests of their managers; that results in the fact that their bureaucratic rationality is run politically by authoritarian management. Furthermore, management's interests are highly tuned with the State's dominant interests. Secondly, it is also concluded that this first issue leads one to the problem of control in these Stateowned enterprises; who are presented as having social objective. This raises the question of the democratization processes of a society, which, by its turn, presupposes the democratization of organizational management. Finally, the author shows the limitations of the Administrative Theory. The classical assumptions make it impossible for one to understand the influence of a social context over administrative behavior. Current assumptions in this field - mainly the open-system theory - cover up the use of domination powers in different organizations. Thus, they do not question a society's distribution of power; that hampers their scientificity, since they do not consider the struggles for democratization as a social and organizational faet.
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O argumento básico do trabalho é o de que as especificidades históricas brasileiras, sem prejuízo da utilização crítica de quadro s referenciais teóricos desenvolvidos em outros contextos, são um elemento crucial para a compreensão do comportamento administrativo nas organizações locais.os postulados da teoria da administração, desde o Taylorismo até a teoria dos sistemas abertos, obscurecem ou desconsideram os determinantes históricos-políticos, econômicos, e ideológicos - do comportamento administrativo. Daí que nos levam a elaborar interpretações falsas ou parciais da realidade. A análise do comportamento da administração das empresas estatais brasileiras elabora pelo autor, faz uso de um referencial teórico histórico-estrutural, valendo-se em especial da ciência política e da sociologia. Analisando um caso particular - uma empresa estatal real - o autor explora as relações entre o comportamento dos seus dirigentes e os seus determinantes, econômicos, ideológicos e políticos. Neste último nível, destaca as relações do Estado com a sociedade civil, e as relações internas na estrutura organizacional do Estado. As conclusões realçam algumas questões. Primeiramente, a eficiência e a eficácia da empresa estatal, vistas de uma ótica política, apresentam-se de acordo com os interesses da direção. Daí resulta que a racionalidade burocrática na empresa estatal. Por sua vez os interesses da direção coadunam-se com os interesses dominantes a nível do Estado. Em segundo lugar, esta questão remete ao problema do controle das empresas estatais, as quais apresentam-se formalmente com objetivos sociais. Tal questão envolve-se com a democratização da sociedade, o que pressupões também a democratização das gestão organizacional. Os postulados clássicos impossibilitam a compreensão das influências do contexto da sociedade no comportamento administrativo. Os postulados atuais, fundamental na teoria dos sistemas abertos, obscurecem o exercício da dominação nas organizações. Por conseguinte, não questionam a distribuição do poder na sociedade, e comprometem seus status cientifico ao desconsiderar as lutas pela democratização na sociedade e nas organizações. Based on a critical positioning against the so-colled "Administrative Theory", the author makes an analysis of the behavior of public administration in State-owned enterprises in Brazil, having as a starting point the historical-estrutural limitations which set the boundaries whithin which social forces interact. This study starts from the assumption that the historical speficities of Brazil - no harm done to the use of referencial and critical frameworks developed in different contexts - are the crutial elements for the understanding of administrative behavior in local business organizations. From Taylorism to the Open-system theory, all of the postulates used by the administrative theories lessem the role - or else do not consider at all - the historical (political, economic and ideologic) factores as determining ones in administrative behavior. Thus, these lead one to the elaboration of false, or partial, interpretations of reality. The author's analysis of administrative behavior in Brazilian State-owned enterprises makes use of a historical-estructural theoretical framework as reference - the same ones used in Political Science and Sociology. In the analysis of a particular case - a State-owned enterprise, the author explores the relations between the behavior of its managers and its contextual economic, ideological and political determining factory. The relations between the State and civil society, as well as the State's organizational structure's internal relations are analysed in depth. Firstly, this study concludes that the efficiency of State-owned enterprises - when analysed from a political point of view - is consonant with the interests of their managers; that results in the fact that their bureaucratic rationality is run politically by authoritarian management. Furthermore, management's interests are highly tuned with the State's dominant interests. Secondly, it is also concluded that this first issue leads one to the problem of control in these Stateowned enterprises; who are presented as having social objective. This raises the question of the democratization processes of a society, which, by its turn, presupposes the democratization of organizational management. Finally, the author shows the limitations of the Administrative Theory. The classical assumptions make it impossible for one to understand the influence of a social context over administrative behavior. Current assumptions in this field - mainly the open-system theory - cover up the use of domination powers in different organizations. Thus, they do not question a society's distribution of power; that hampers their scientificity, since they do not consider the struggles for democratization as a social and organizational faet. 2009-10-20T04:17:38Z 1980 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/10183/17506 000718371 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul instacron:UFRGS