Reparo meniscal em crianças e adolescentes : uma revisão sistemática de resultados

OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da literatura existente, a fim de analisar os resultados após o reparo meniscal na população pediátrica. MÉTODOS: Uma revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes PRISMA usando os Bancos de Dados de Análise Sistemática Cochrane, Registro Ce...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferrari, Márcio Balbinotti
Other Authors: Gomes, João Luiz Ellera
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/174843
Description
Summary:OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da literatura existente, a fim de analisar os resultados após o reparo meniscal na população pediátrica. MÉTODOS: Uma revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes PRISMA usando os Bancos de Dados de Análise Sistemática Cochrane, Registro Central Cochrane de ensaios controlados, MEDLINE Ovid e MEDLINE PubMed. Os critérios de inclusão foram os seguintes: estudos que relatam os resultados do reparo meniscal em pacientes com 18 anos ou menos, com um seguimento médio mínimo de 12 meses, idiomas português, espanhol ou inglês e estudos humanos incluindo 10 ou mais pacientes. RESULTADOS: Nossa pesquisa identificou 2534 títulos individuais. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos oito estudos, avaliando 287 pacientes com lesões meniscais reparadas. Sete estudos foram classificados como nível de evidência IV e um nível III. O escore médio MINORS foi de 8,6 ± 1,4. O reparo meniscal incluiu todas as zonas meniscais e padrões de lesões. A lesão do ligamento cruzado anterior foi a lesão associada mais comum. As técnicas “inside-out” e “all-inside” foram predominantemente relatadas. A maioria dos pacientes relatou resultados bons a excelentes e teve sinais clínicos de cicatrização meniscal; as meniscectomias após reparação meniscal foram realizadas em apenas 44 casos. CONCLUSÃO: Lesões meniscais em pediatria não são incomuns. O reparo desta lesão foi associado com resultados bons a excelentes na maioria dos pacientes, independentemente do padrão de lesão, zona ou técnica. As complicações relatadas foram mínimas, no entanto, são necessários estudos de maior qualidade para confirmar os achados desta revisão sistemática. NÍVEL DE EVIDÊNCIA: Nivel IV, revisão sistemática de estudos nível III e nível IV. === PURPOSE: To perform a systematic review of existing literature in order to analyze outcomes after meniscal repair in the pediatric population. METHODS: A systematic review was performed according to PRISMA guidelines using the Cochrane Database of Systematic Review, Cochrane Central Register of Controlled Trials, MEDLINE Ovid, and MEDLINE PubMed databases. Inclusion criteria were as follows: studies reporting the outcomes of meniscal repair in patients 18 years old or younger, with a minimum mean follow-up of 12 months, Portuguese, Spanish or English languages, and human studies including 10 or more patients. RESULTS: Our search identified 2534 individual titles. After application of the inclusion and exclusion criteria, 8 studies were included, evaluating 287 patients with repaired meniscal tears. Seven studies were classified as level of evidence IV and one level III. The mean MINORS score was 8.6 ± 1.4. Meniscal repair included all meniscal zones and tear patterns. Anterior cruciate ligament tear was the most common associated injury. The all-inside and inside-out techniques were predominantly reported. The majority of the patients reported good to excellent outcomes and had clinical signals of meniscal healing; meniscectomies following meniscal repair were performed in just 44 cases. CONCLUSION: Meniscal tears in pediatrics are not uncommon. Repairs of this injury were associated with good to excellent outcomes in most patients, regardless of the injury pattern, zone or technique. Reported complications were minimal, however, higher quality studies are needed to confirm the findings of this systematic review. LEVEL OF EVIDENCE: Level IV, systematic review of Level III and Level IV studies.