Quem sai aos seus não degenera? a (des)ordem da gestação de substituição
Trata-se de uma pesquisa qualitativa com base nos Estudos Culturais, em sua vertente pós-estruturalista. O objetivo foi analisar publicações de jornais, livros, sites e revistas que veicularam reportagens sobre Gestação de Substituição, para conhecer os discursos que circularam na mídia sobre a temá...
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2017
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Mídia : Saúde Estudos culturais Mães substitutas Nurse Qualitative Research Media Cultural Studies Surrogate Mothers Viana, Kelly Ribeiro de Freitas Quem sai aos seus não degenera? a (des)ordem da gestação de substituição |
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Trata-se de uma pesquisa qualitativa com base nos Estudos Culturais, em sua vertente pós-estruturalista. O objetivo foi analisar publicações de jornais, livros, sites e revistas que veicularam reportagens sobre Gestação de Substituição, para conhecer os discursos que circularam na mídia sobre a temática. Gestação de Substituição está dentre as técnicas que compõem o conjunto da reprodução assistida que combina a fertilização in vitro com a implantação do embrião (com o material genético de outrem) no útero da mãe substituta. Para tanto, foram analisadas reportagens cujo tema central eram histórias de sujeitos que participaram do processo de Gestação de Substituição. A análise desse corpus foi fundamentada nas ferramentas propostas por Michel Foucault, especialmente de discurso, enunciado e arquivo. Assumindo a mídia como artefato cultural que nos subjetiva e instiga determinados modos de vida, pretendi realizar uma das possíveis leituras dessas reportagens. Da análise emergiram três marcadores: nos Contos de fadas: uma estratégia discursiva midiática, observei que as histórias são contadas respeitando determinados enredos das tradicionais histórias infantis, posicionando os sujeitos participantes da Gestação de Substituição como heróis. Em Mães substitutas: sujeitos forjados pelos discursos midiático, biomédico e moral, as análises apontaram que os pais biológicos admiram tais mulheres por gestar o filho de outrem. No marcador, A família feliz: uma instituição social reorganizada discursivamente, destacou que as mães biológicas podem vivenciar a gestação, uma gravidez possível e o amor materno. Portanto, minha proposta foi (re)pensar e fazer outras e novas perguntas sobre o tema e suscitar reflexões que possam contribuir para a assistência em saúde dos sujeitos envolvidos no processo de Gestação de Substituição. E, neste sentido, procurar fornecer subsídios para que a Enfermagem (re)pense suas práticas para atender as demandas dessas novas famílias. === This is a qualitative research based on Cultural Studies, in its poststructuralist dimension. The objective was to analyze publications of newspapers, books, websites and magazines that have provided reports on Surrogacy to know the speeches that have circulated in the media about the theme. Surrogacy is among the techniques that make up assisted reproduction that combines in vitro fertilization with the implantation of the embryo (with the genetic material of another) in the uterus of the surrogate mother. For that we have analyzed reports whose central theme were stories of subjects who participated in the process of Surrogacy. The analysis of this corpus was based on the tools proposed by Michel Foucault, especially discourse, statement and archive. Assuming the media as a cultural artifact that subjective and instigates certain ways of life, I intended to carry out one of the possible readings of these reports. From the analysis emerged three markers: In Fairy Tales: a media discursive strategy I observed that the stories are told respecting certain scenarios of the traditional children's stories, positioning the subjects participating in the Surrogacy as heroes. In Surrogate mothers: subjects forged by the media, biomedic and moral discourses, the analyses pointed out those biological parents admire such women for gestating the child of another. In the bookmark, The Happy Family: a social institution discursively reorganized, emphasized that biological mothers can experience gestation, a possible pregnancy and maternal love. Therefore, my proposal was to (re)think and make other and new questions on this topic and to raise reflections that could contribute to the health care of the subjects involved in the Surrogacy process. And, in this sense, seek to provide subsidies for Nursing to (re)think their practices to meet the demands of these new families. |
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