Summary: | É sobre o amor. Não uma história nem um tratado. Tampouco uma filosofia. Ao mesmo tempo um pouco disso tudo. E mais as ressonâncias e as reverberações. Colhidas aqui e ali. Na música popular, na poesia, na ficção. E na voz anônima das ruas. Nas conversas jogadas fora das mesas de bar. Na vida. Sem muita sistematização. Nem método. Pastiche. Imitação amorosa. Com enxertos e mestiçagens. Drummond com um pouco de Deleuze. Spinoza com Baudrillard. Chico Buarque com Kiarostami. Michel Foucault com Fernando Pessoa. Arnaldo Antunes com Félix Guattari. Mário Quintana com Renato Russo. E tantos mais. Que o amor tem muitos autores. E muitos cantores. E muitos cantares. É uma educação. Sentimental, afetiva, da sensação, da sensibilidade. Da alma. Do coração, do rosto, do corpo, das forças de que é composto. Do amor. Que é cego nos encontros e cego nas despedidas. Da paixão que é uma potência. Da sedução que é um jogo. Da imaginação que alimenta a vida dos apaixonados. Transitam: a perda do rosto e a rostidade. A velocidade e a lentidão. A solidão, o acolhimento e o esquecimento. A delicadeza e o cuidado. O disfarce e a ilusão. O encantamento e a decepção. Os gestos e as sensações. A desaprendizagem e o desamor. Do amor: o que se quer, o que se investe, e o que se inventa. Um pouco à deriva, o próprio tema cria sua teoria. Não se discorre nem se discursa: se escreve. === It is about love. Not a history of it. Neither a treatise on it. Not a philosophy of it. At the same time, it has something of all this. And the resonances and reverberations. Which were picked up here and there. In pop music, in poetry, in fiction. In the anonymous voice of the streets. In free conversations with friends around coffee-house tables. In life. Without much method or order. A pastiche. An imitation: full of love. With some grafting and mixing. Drummond with a dash of Deleuze. Spinoza with Baudrillard. Chico Buarque with Kiarostami. Michel Foucault with Fernando Pessoa. Arnaldo Antunes with Félix Guattari. Mário Quintana with Renato Russo. And many others. Because love has a lot of composers. And a lot of singers. And a lot of singing. It is an education. A sentimental one, an affective one. An education of sensation, of sensibility. Of mind. Of the heart, of the face, of the body, of all the forces which give form to love. It is an education in love. Which is blind in first encounters. And in parting too. It is an education in potency. In seduction: which is a game. In the imagination that nourishes the life of lovers. These are things which run through it: the loss of face, and faciality. Speed and slowness. Loneliness, comfort, and forgetfulness. Sensitiveness and care. Disguise and illusion. Fascination and disillusionment. The gestures and the sensations. Unlearning and unloving. What we want from love, what we invest in love, and what we invent when we are in love: these are all here. A little at lost, the subject creates it own theory. There is no argument here, no discourse. Only writing.
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