Visagens e paisagens dos aprisionamentos no contemporâneo

Na nossa vida, determinados gestos e palavras passam a ser estranhos e passíveis de serem destacados, julgados, diagnosticados. Examinamos o percurso expansionista dos aprisionamentos da vida, seus elementos constitutivos no social. Retiramos do cotidiano e da vivência profissional em duas instituiç...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Jaeger, Regina Longaray
Other Authors: Fonseca, Tania Mara Galli
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/141554
Description
Summary:Na nossa vida, determinados gestos e palavras passam a ser estranhos e passíveis de serem destacados, julgados, diagnosticados. Examinamos o percurso expansionista dos aprisionamentos da vida, seus elementos constitutivos no social. Retiramos do cotidiano e da vivência profissional em duas instituições de contenção estatais, práticas recorrentes que constroem visagens dos desvios dos ditos loucos e dos ditos delinquentes. Entendemos que as instituições tendem a cumprir suas funções presas a determinados estereótipos, padrões e reafirmam e corroboram significâncias e subjetivações encerradas em visagens que exacerbam evidências, punições, vinganças e controles. Vivemos numa sociedade de controle, cujos interstícios são operados por instituições disciplinares postas a normalizar a vida através de medidas voltadas à aquisição de disciplinas, para fixar em aparelhos de produção, através de punições e recompensas. Constitui um plano de pensamento definido por normas que ligam entre si os indivíduos pertencentes ao aparelho de produção. Aos que não conseguem se enquadrar nestes aparelhos, resta a prisão, o hospital ou a solidão. === In our life, certain gestures and words become awkward and likely to be distinguished, judged, diagnosed. We examine the expansionary path of life imprisonment, its constituent elements in the social body. We remove from daily and professional experience in two institutions of state contention, recurring practices that form grimaces of digression of those considered insane and offenders. We understand that institutions tend to fulfill their duties attached to certain stereotypes, patterns and reaffirm and support significance and subjectivities restrained to grimaces that exacerbate evidence, punishment, revenge and controls. We live in a society of control, whose interstices are operated by disciplinary institutions set to normalize life through measures focused on acquisition of disciplines to concentrate on production apparatus through punishments and rewards. It constitutes a thought plan defined by rules that interconnects the individuals belonging to the production apparatus. Those who fail to fit these apparatus, are left with prison, hospital or loneliness.