Taxocenose de serpentes em ambientes aquáticos de áreas de altitude em Roraima (squamata: serpentes)

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Farias , Raimundo Erasmo Souza
Other Authors: Carvalho, Celso Morato de
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia 2016
Subjects:
Online Access:http://bdtd.inpa.gov.br/handle/tede/2135
Description
Summary:Submitted by Gizele Lima (gizele.lima@inpa.gov.br) on 2016-08-23T19:04:31Z No. of bitstreams: 2 Dissertação Erasmo FINAL 2016.pdf: 3666794 bytes, checksum: e96be7454a9ed0686ba5638ee3f76933 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) === Made available in DSpace on 2016-08-23T19:04:31Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação Erasmo FINAL 2016.pdf: 3666794 bytes, checksum: e96be7454a9ed0686ba5638ee3f76933 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2016-03-10 === Instituto de Amparo a Ciência, Tecnologia e Inovação de Roraima === In studies on faunal distribution it is coherent to adopt naturally delimited regions, because allow us to interpret the results with better biogeographic accuracy, and generate more secure data on biological differentiation. In all Roraima region such studies can, depending on the question, to insert their geographic units of work into the Guiana Shield, an old geologic formation comprising part of Colombia, Venezuela, French Guiana and North Amazonia – Roraima is inserted in the central area of the Shield. In this study on snakes distribution, in regional and general scale comprising various vegetal formations, the geographic unit refers to the headwaters of the rivers Samã and Miang, both located in altitudinal areas of the Guiana Shield in Roraima (04º25', 61º08'W), region that makes the transition between the Brasilian Boa Vista Basin, region of lavrado, and the Venezuelan Gran Sabana, region of the tepuyes. The operational hypothesis is that as the geographic unit of the study is inserted into Guiana Shield, its ofiofauna is endemic to this formation – most of the species, more than 50%, will have restricted occurrence to that geologic formation. It was registered in the geographic unit of the study 42 species of snakes, included in 6 families: Leptotyphlopidae 1 genera and 1 species, Boidae 2 genera and 2 species, Colubridae 8 genera and 12 species, Dipsadidae 11 genera and 20 species, Elapidae 1 genera and 3 species and Viperidae 3 genera and 4 species. In the Guiana Shield region occur 149 species of snakes, 17 are said to be endemic to the geological formation. At least 10 species registered at BV-8 in Roraima are restricted to the Amazonian domain and North of South America: Trilepida macrolepis, Chironius multiventris, Phrynonax poecilonotus, Dipsas pavonina, Dipsas variegata, Erythrolamprus breviceps, Pseudoboa neuwiedii, Xenodon severus, Micrurus hemprichii and Bothrops atrox. Two species, Dipsas copei and Erythrolamprus trebbaui have localized distribution, occurring only in some Amazon regions; 29 species have wide distribution and only Micrurus pacaraimae can be considered endemic to the study are, so far. Although the 42 registered species occur in Shield area, the distribution is wider, therefore it can be concluded that there is no such endemic Guiana Shield ofiofauna in the geographic unit of this study. With respect to the natural history, four guilds of snakes are present into the geographic unit of study, prevailing batracophagy and saurivory, followed by those that predate birds and mammals. In respect to the reproduction most species have some link to the rain season, some with more than one reproductive cycle, most of them are oviparous. The most frequent species in this study and with more specimens collected was Bothrops bilineata, which is not common in herpetological reports. Most of the species leaving in the headwaters of the rivers Samã and Miang use forested areas to survive, showing the importance of the microhabitats associated to the headwaters of these rivers. === Nos estudos sobre distribuições faunísticas é coerente adotarmos regiões naturalmente delimitadas, porque nos permite interpretar os resultados com mais acurácia biogeográfica, além de gerar dados mais seguros sobre diferenciações biológicas. Em toda a região de Roraima estudos desta natureza podem, a depender da pergunta da pesquisa, inserir as respectivas unidades geográficas do trabalho no Escudo da Guiana, uma formação geológica antiga que ocupa parte da Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa e norte da Amazônia – Roraima está inserido na parte central do Escudo. Neste estudo sobre distribuição de serpentes, em escala regional e geral abrangendo várias formações vegetais, a unidade geográfica de trabalho refere-se às nascentes dos rios Samã e Miang, ambos situados em áreas de altitude do Escudo da Guiana em Roraima (04º25', 61º08'W), região que faz a transição entre a brasileira Bacia de Boa Vista, região do lavrado, e a Gran Sabana venezuelana, região dos tepuyes. A hipótese de trabalho é que como a unidade geográfica do estudo está inserida no Escudo da Guiana, a sua ofiofauna é endêmica a esta formação – a maioria das espécies, mais de 50%, terá ocorrência restrita a esta formação geológica. Foram registradas na unidade geográfica de trabalho 42 espécies de serpentes incluídas em 6 famílias: Leptotyphlopidae 1 gênero e 1 espécie, Boidae 2 gêneros e 2 espécies, Colubridae 8 gêneros e 12 espécies, Dipsadidae 11 gêneros e 20 espécies, Elapidae 1 gênero e 3 espécies e Viperidae 3 gêneros e 4 espécies. Na região do Escudo da Guiana ocorrem 149 espécies de serpentes, 17 são ditas endêmicas a esta formação geológica. Ao menos 10 espécies registradas no BV-8 em Roraima estão restritas ao domínio da Amazônia e norte da América do Sul: Trilepida macrolepis, Chironius multiventris, Phrynonax poecilonotus, Dipsas pavonina, Dipsas variegata, Erythrolamprus breviceps, Pseudoboa neuwiedii, Xenodon severus, Micrurus hemprichii e Bothrops atrox. Duas espécies, Dipsas copei e Erythrolamprus trebbaui têm distribuição localizada, ocorrem em apenas algumas regiões amazônicas; 29 espécies têm ampla distribuição e apenas Micrurus pacaraimae pode ser considerada endêmica na região estudada, até o momento. Embora as 42 espécies registradas ocorram na área do Escudo, a distribuição é mais ampla, portanto conclui-se que não há uma ofiofauna endêmica do Escudo da Guiana na unidade geográfica deste estudo. Com relação à história natural, quatro guildas de cobras estão presentes na unidade geográfica do estudo, com predominância de espécies batracófagas e saurívoras, seguidas pelas que predam aves e mamíferos. Com relação à reprodução a maioria das espécies tem algum vínculo com o período chuvoso, algumas com mais de um ciclo reprodutivo, a maioria ovípara. A espécie mais frequente neste estudo e com o maior número de exemplares coletados foi Bothrops bilineata, o que não é frequente nos relatos herpetológicos. A maioria das espécies que vivem nas cabeceiras dos rios Samã e Miang utilizam as áreas de mata para sobreviverem, evidenciando a importância dos microhábitats associados às cabeceiras destes rios.