Triagem auditiva neonatal em uma maternidade pública de Curitiba-PR: fatores determinantes para a não adesão ao reteste

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Bibliographic Details
Main Author: Luz , Idalina Marly da
Other Authors: Ribas , Ângela
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Tuiuti do Parana 2018
Subjects:
Online Access:http://tede.utp.br:8080/jspui/handle/tede/1424
Description
Summary:Submitted by maria oliveira (maria.oliveira@utp.br) on 2018-06-26T13:39:15Z No. of bitstreams: 1 TRIAGEM AUDITIVA.pdf: 1275565 bytes, checksum: 5e787487214016e5fdb2833b8205b18d (MD5) === Made available in DSpace on 2018-06-26T13:39:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TRIAGEM AUDITIVA.pdf: 1275565 bytes, checksum: 5e787487214016e5fdb2833b8205b18d (MD5) Previous issue date: 2014-11-28 === INTRODUCTION: This paper has as its theme "Newborn Hearing Screening in a Public Maternity Hospital in Curitiba - PR: Determining Factors for non Adherence to Retesting". According to the 2010 IBGE Census, 5.1% of the population experiences some hearing difficulty. Under Law 12.303/10, it became mandatory to carry out the so-called "Newborn Hearing Test", in newborns before hospital discharge, in order to diagnose possible hearing problems by three months of age. When there is a risk indicator for hearing loss, for the mother or baby, auditory monitoring must be carried out through otoacoustic emissions during the 1st year of the baby’s life. It happens that many mothers do not appear for the hearing retest, thereby undermining the monitoring for these children. OBJECTIVE: To identify the determinants for non-adherence to retesting in neonatal hearing screening at a public hospital in the city of Curitiba-PR for mothers of newborns who presented risk factors for deafness but did not attend retesting. METHOD: 60 mothers of babies who missed the mandatory hearing retest for neonatal hearing screening (NHS) were interviewed. The mother's age, education, marital status, level of knowledge about screening, reasons for non-adherence to retest were the variables considered. The responses were entered into a spreadsheet and submitted to Fischer and Chi-squared tests at a significance level of 0.05. RESULTS: The predominant age range of the mothers was 20-29 years (41.67%); 51.67% were educated only to a primary level, and 46.67% to a high school level. Regarding marital status, 70% of the sample lived alone. All respondents reported that infants listened well, but 63.33% were unaware of the NHS. Among the respondents, 90% received no prenatal guidance or explanatory material about the OAE test; only 20% were targeted during hospitalization; 30% of the sample stated that they "forgot" to do the retest. No significant relationship between age, education and marital status for non-adherence to the retest was found. CONCLUSION: Among the reasons identified for non-adherence to the retest, a large number of participants did not see the needed value in retesting, since the mothers forgot the retest date. This fact allows us to infer that the lack of knowledge about neonatal hearing screening interferes with adherence to the program. However, age, education and marital status did not seem to interfere with the decision to retest and monitor the newborn’s hearing health. The concept of adherence to the retest requires greater analysis by multidisciplinary health professionals. These professionals should be sensitized to the problem because it is their responsibility to make mothers aware of the retest’s importance through knowledge, appreciation and participation in the program. Better communication between health care networks and mothers is needed; conducting informational and motivational campaigns for pregnant women; using standard civil media channels for better orientation about early detection of hearing impairment, since there is little knowledge about the subject. === INTRODUÇÃO: Esta dissertação tem como tema a “Triagem Auditiva Neonatal em uma Maternidade Pública de Curitiba - PR: Fatores Determinantes para a não Adesão ao Reteste”. Segundo o Censo de 2010 do IBGE, 5,1% da população brasileira apresenta alguma dificuldade auditiva. A Lei 12.303/10 tornou obrigatória a realização do denominado “Teste Auditivo Neonatal”, nos recém-nascidos antes da alta hospitalar, para diagnosticar possíveis problemas auditivos até os três meses de idade. Quando houver indicador de risco para deficiência auditiva, na mãe ou no bebê, ele deve realizar o monitoramento auditivo, por meio das emissões otoacústicas, durante o 1º ano de vida. Ocorre que muitas mães não comparecem para o reteste auditivo, o que compromete o seguimento destas crianças. OBJETIVO: Identificar os fatores determinantes para a não adesão ao reteste na triagem auditiva neonatal, em mães de recém-nascidos em maternidade pública da cidade de Curitiba-PR, que apresentaram fatores de risco para surdez e não compareceram ao reteste. MÉTODO: Foram entrevistadas 60 mães de bebês que faltaram ao reteste auditivo obrigatório da triagem auditiva neonatal. Foram consideradas as seguintes variáveis: idade da mãe, escolaridade, estado civil, nível de conhecimento sobre a triagem, motivos que justificaram a não adesão ao reteste. As respostas obtidas foram digitadas em planilha eletrônica e submetidas aos testes estatísticos de Fischer e Qui-quadrado ao nível de significância de 0,05. RESULTADOS: a faixa etária predominante das mães foi de 20 a 29 anos (41,67%); 51,67% apresentaram escolaridade apenas ao nível fundamental e 46,67%, do ensino médio. Quanto ao estado civil, 70% da amostra, viviam sós. Todas as respondentes referiram que os recém-nascidos escutavam bem, mas 63,33% desconheciam a TAN. Dentre as entrevistadas, 90% não receberam orientação no pré-natal, nem material explicativo quanto ao teste da orelhinha; somente 20% foram orientadas durante o internamento; 30% da amostra refere que “esqueceu” a consulta. Não foi encontrada relação significativa entre idade, escolaridade e estado civil para a não adesão ao reteste. CONCLUSÃO: Identificados os motivos para não adesão ao reteste, observa-se que grande parte da amostra não deu o valor necessário ao procedimento de reteste, uma vez que as mães esqueceram a data da consulta. Tal fato permite inferir que a falta de conhecimento sobre a triagem auditiva neonatal interfere na adesão ao programa. Porém, a idade, a escolaridade e o estado civil não parecem interferir sobre a decisão de retornar ao serviço e monitorar o desempenho da saúde auditiva do recém-nascido. O conceito de adesão ao teste requer maior análise multidisciplinar dos profissionais da saúde, que devem estar sensibilizados ao problema, pois lhes cabe a conscientização das mães para que haja conhecimento, valorização e participação no programa. É necessária melhor comunicação entre as redes de assistência à saúde e as mães; a realização de campanhas informativas e motivadoras para gestantes; a utilização dos meios de comunicação da sociedade civil, para orientar melhor quanto à detecção precoce da deficiência auditiva, uma vez que há pouco conhecimento acerca do tema.