O texto como força: o efeito metafórico no posfácio "A leitura distraída", de Bernardo Carvalho

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Canalle Junior, Natal
Other Authors: Prigol, Valdir
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal da Fronteira Sul 2014
Subjects:
Online Access:https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/773
Description
Summary:Submitted by Jeferson Rodrigues de Lima (jeferson.lima@uffs.edu.br) on 2017-07-18T18:24:24Z No. of bitstreams: 1 CANALLE JUNIOR.pdf: 3358271 bytes, checksum: 214cd090c4d60bc588d11fb7a6ebefa4 (MD5) === Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2017-07-20T12:11:24Z (GMT) No. of bitstreams: 1 CANALLE JUNIOR.pdf: 3358271 bytes, checksum: 214cd090c4d60bc588d11fb7a6ebefa4 (MD5) === Made available in DSpace on 2017-07-20T12:11:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CANALLE JUNIOR.pdf: 3358271 bytes, checksum: 214cd090c4d60bc588d11fb7a6ebefa4 (MD5) Previous issue date: 2014 === A partir dos estudos de Pêcheux (2009), compreendemos a metáfora como processo sóciohistórico que serve como fundamento da apresentação de objetos para sujeitos. Por isso, nosso estudo parte da metáfora O texto como força, enunciada no posfácio intitulado A leitura distraída – escrito por Bernardo Carvalho – para o livro Ninguém Nada Nunca do escritor argentino Juan Jose Saer. Tomamos o presente posfácio como um discurso sobre leitura e buscamos compreender, na perspectiva teórico-metodológica da Análise de Discurso francobrasileira, ancorada nos trabalhos de Michel Pêcheux e Eni Orlandi, principalmente, os efeitos de sentido que o trabalho da crítica literária produz. Nossa pergunta central é: Que sujeito(s) e sentido(s) se constitui na formulação do posfácio? E essa pergunta apresenta alguns desdobramentos: (i) Qual noção sobre texto e sobre leitura de textos literários se constitui nessa formulação? Qual é o caráter material, a historicidade do(s) sentido(s) de leitura que está formulado neste posfácio? A partir dos recortes efetuados e analisados, compreendemos que nas formulações do sujeito do discurso, o texto age sobre o leitor, no processo de leitura. Podemos afirmar que as condições de produção são fundamentais para compreendermos as formações imaginárias em jogo nesse discurso. Por isso, chegamos à conclusão de que o lugar posfácio, entre outras características, apresenta o fator de ser a posteriori como característica constitutiva, e por isso simbolicamente, representa um olhar da crítica literária que tem um leitor efetivo no imaginário, e, configura-se, assim, como um espaço discursivo no qual sujeitos-leitores podem estabelecer um diálogo. === From the studies of Pêcheux (2009), we understand the metaphor as a socio-historical process that serves as the basis of presentation of objects to subjects. Therefore, our study starts from the metaphor The text as a force, laid down in the afterword titled A leitura distraída – written by Bernardo Carvalho – in the book titled Ninguém Nada Nunca, written by the Argentine writer Juan Jose Saer. We take this text as a discourse on reading and seek to understand from the theoretical and methodological perspective of Franco-Brazilian Discourse Analysis, anchored in the work of Michel Pêcheux and Eni Orlandi, mainly, the effects of meaning that the work of criticism produces. Our central question is: What subject (s) and meaning (s) is constituted in this formulation? And that question has some consequences: (i) What about the notion of text and reading on literary texts constitute this formulation? What is the material basis, the historicity of the meanings about reading in this formulation? The cutouts made and analyzed, we understood that in the formulations of the subject of discourse, the text acts on the reader in the reading process. We can assert that the conditions of production are fundamental to understand the imaginary formations in this discourse. Therefore, we conclude that the afterword place, among other characteristics, presents the factor of being a posteriori as a constitutive feature, and so, symbolically represents a literary critical thinking that has an effective reader in its imaginary, and configures itself, as a discursive space in which readers can establish a dialogue.