Educação escolar e o desenvolvimento de funções mentais superiores na criança: atenção voluntária
Submitted by Jeferson Rodrigues de Lima (jeferson.lima@uffs.edu.br) on 2017-07-10T19:01:43Z No. of bitstreams: 1 ZAMONER, Angela.pdf: 2417045 bytes, checksum: 3d6823c3f17f71502189b5676d318cab (MD5) === Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2017-07-12T12:00...
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Universidade Federal da Fronteira Sul
2015
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Atenção em crianças Educação infantil |
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Atenção em crianças Educação infantil Zamoner, Angela Educação escolar e o desenvolvimento de funções mentais superiores na criança: atenção voluntária |
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Previous issue date: 2015 === Com base nos pressupostos teóricos de Lev Semenovitch Vigotski e Alexander Romanovich
Luria sobre a transformação de funções mentais elementares em funções mentais superiores
no percurso histórico-genético do desenvolvimento humano e do papel da internalização
simbólica no funcionamento cerebral e constituição da atividade mental complexa na criança,
este trabalho procura identificar como a escola, ao criar novos dispositivos simbólicos
orientadores do comportamento e pensamento da criança, potencializa a conversão da atenção
natural em atenção voluntária/arbitrária. Fundamentando-se nas premissas epistemológicas de
que a cultura fornece mecanismos artificiais (simbólicos) que reorganizam os processos
neurofisiológicos do sistema nervoso central da criança, fazendo com que ela desenvolva
comportamentos arbitrários, intencionais e planejados e de que a educação escolar (prática
sociocultural) possui um papel central na conversão de comportamentos reflexos e
involuntários em comportamentos conscientes e voluntários, devido à modificação substancial
da relação entre cérebro e regulação da atividade em decorrência da utilização de dispositivos
simbólicos, procura-se captar, no movimento dialético e semiótico do ensino e aprendizagem
escolar, a existência de indícios que possibilitem inferir que os mecanismos mentais de
atenção natural (não intencional e não volitiva) estão se transformando/convertendo-se em
atenção voluntária/arbitrária devido à ação de sistemas simbólicos, de mecanismos artificiais
(signos) no funcionamento cerebral da criança. Para isso, delimitou-se como hipótese desta
investigação que esses estímulos culturais reorganizam os processos cognitivos da criança,
dando origem a comportamentos organizados, intencionais, conscientes, autorregulados e
volitivos. A partir de uma investigação realizada numa turma de 1º ano do ensino fundamental
de uma escola pública estadual, localizada no município de Chapecó-SC, constatou-se
empiricamente que, de fato, tal hipótese se confirma, pois os indícios captados revelaram que
o uso de signos reorganiza e complexifica o pensamento e comportamento da criança,
tornando-os regulados e volitivos. Este processo de constituição da atividade mediada na sala
de aula evidenciou que ao utilizar dispositivos artificiais/culturais para executar tarefas
escolares, a criança desenvolve um conjunto de funções mentais superiores de forma
articulada, dentre elas, a atenção voluntária. Conclui-se que a educação escolar, ao fornecer
elementos mediadores que devem ser incorporados à atividade intelectual da criança, amplia
sua capacidade de atenção, possibilitando a ela ter maior controle volitivo da sua própria
atividade mental. Ao trabalhar com complexos dispositivos artificiais (culturais), a escola
desenvolve uma prática social que requer das crianças o desenvolvimento de processos
mentais inteiramente novos e complexos. Portanto, verificou-se que a atenção voluntária não
é de origem biológica, mas, um ato social mediado culturalmente pela educação escolar. === Based on theoretical assumptions of Lev Semenovitch Vygotsky and Alexander Romanovich
Luria about the transformation of elementary mental functions on higher mental functions in
the historic-genetic path of human development and the scene of symbolic internalization in
the brain functioning and constitution of the complex mental activity on a child, this work
seeks to identify how the school, when creates new guiding symbolic devices of behavior and
thinking of a child, enhances the natural conversion of the attention in voluntary/arbitrary
attention. Based on epistemological assumptions that culture provides artificial mechanisms
(symbolic) that reorganize the neurophysiological processes of the central nervous system of
the child, causing her to develop arbitrary, intentional and planned behaviors and that school
education (sociocultural practice) has a central goal in converting reflexes and involuntary
behaviors in conscious behaviors and volunteers, due to the substantial change in the
relationship between brain and activity regulation in the reason of the use of symbolic
devices, we try to capture, in the dialectical movement and semiotic of teaching and school
learning, there are indications that allow us to infer that the mental mechanisms of natural
attention (unintentional and non-volitional) are becoming/converting voluntary
attention/arbitrary because of the action of symbolic systems, artificial mechanisms (signs) in
the child's brain function. For this, delimited to the hypothesis of this study that these cultural
encourages reorganize the cognitive processes of a child, giving rise to organized behavior,
intentional, conscious, self-regulated and volitional. From an investigation on first level class
of elementary education at a public state school, located in Chapecó-SC was found
empirically that indeed, this hypothesis is confirmed because the evidence obtained showed
that the use of signs reorganizes and complicates the thought and the child's, behavior making
them regulated and volitional. This process of activity constitution mediated in the classroom
showed that using artificial/cultural devices to perform schoolwork, the child develops a
superior set of mental functions in coordination, among them, the voluntary attention.
Conclude that school education, by providing mediators elements that should be incorporated
into the intellectual activity of the child, increases their attention span, enabling it to have
greater volitional control of their own mental activity. When working with complex artificial
devices (cultural), the school develops a social practice that requires children to develop
entirely new and complex mental processes. Therefore, it was found that voluntary attention is
not of biological origin, but rather a social act culturally mediated by school education. |
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Alves, Solange Maria |
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Alves, Solange Maria Zamoner, Angela |
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No. of bitstreams: 1 ZAMONER, Angela.pdf: 2417045 bytes, checksum: 3d6823c3f17f71502189b5676d318cab (MD5) Previous issue date: 2015 Com base nos pressupostos teóricos de Lev Semenovitch Vigotski e Alexander Romanovich Luria sobre a transformação de funções mentais elementares em funções mentais superiores no percurso histórico-genético do desenvolvimento humano e do papel da internalização simbólica no funcionamento cerebral e constituição da atividade mental complexa na criança, este trabalho procura identificar como a escola, ao criar novos dispositivos simbólicos orientadores do comportamento e pensamento da criança, potencializa a conversão da atenção natural em atenção voluntária/arbitrária. Fundamentando-se nas premissas epistemológicas de que a cultura fornece mecanismos artificiais (simbólicos) que reorganizam os processos neurofisiológicos do sistema nervoso central da criança, fazendo com que ela desenvolva comportamentos arbitrários, intencionais e planejados e de que a educação escolar (prática sociocultural) possui um papel central na conversão de comportamentos reflexos e involuntários em comportamentos conscientes e voluntários, devido à modificação substancial da relação entre cérebro e regulação da atividade em decorrência da utilização de dispositivos simbólicos, procura-se captar, no movimento dialético e semiótico do ensino e aprendizagem escolar, a existência de indícios que possibilitem inferir que os mecanismos mentais de atenção natural (não intencional e não volitiva) estão se transformando/convertendo-se em atenção voluntária/arbitrária devido à ação de sistemas simbólicos, de mecanismos artificiais (signos) no funcionamento cerebral da criança. Para isso, delimitou-se como hipótese desta investigação que esses estímulos culturais reorganizam os processos cognitivos da criança, dando origem a comportamentos organizados, intencionais, conscientes, autorregulados e volitivos. A partir de uma investigação realizada numa turma de 1º ano do ensino fundamental de uma escola pública estadual, localizada no município de Chapecó-SC, constatou-se empiricamente que, de fato, tal hipótese se confirma, pois os indícios captados revelaram que o uso de signos reorganiza e complexifica o pensamento e comportamento da criança, tornando-os regulados e volitivos. Este processo de constituição da atividade mediada na sala de aula evidenciou que ao utilizar dispositivos artificiais/culturais para executar tarefas escolares, a criança desenvolve um conjunto de funções mentais superiores de forma articulada, dentre elas, a atenção voluntária. Conclui-se que a educação escolar, ao fornecer elementos mediadores que devem ser incorporados à atividade intelectual da criança, amplia sua capacidade de atenção, possibilitando a ela ter maior controle volitivo da sua própria atividade mental. Ao trabalhar com complexos dispositivos artificiais (culturais), a escola desenvolve uma prática social que requer das crianças o desenvolvimento de processos mentais inteiramente novos e complexos. Portanto, verificou-se que a atenção voluntária não é de origem biológica, mas, um ato social mediado culturalmente pela educação escolar. Based on theoretical assumptions of Lev Semenovitch Vygotsky and Alexander Romanovich Luria about the transformation of elementary mental functions on higher mental functions in the historic-genetic path of human development and the scene of symbolic internalization in the brain functioning and constitution of the complex mental activity on a child, this work seeks to identify how the school, when creates new guiding symbolic devices of behavior and thinking of a child, enhances the natural conversion of the attention in voluntary/arbitrary attention. Based on epistemological assumptions that culture provides artificial mechanisms (symbolic) that reorganize the neurophysiological processes of the central nervous system of the child, causing her to develop arbitrary, intentional and planned behaviors and that school education (sociocultural practice) has a central goal in converting reflexes and involuntary behaviors in conscious behaviors and volunteers, due to the substantial change in the relationship between brain and activity regulation in the reason of the use of symbolic devices, we try to capture, in the dialectical movement and semiotic of teaching and school learning, there are indications that allow us to infer that the mental mechanisms of natural attention (unintentional and non-volitional) are becoming/converting voluntary attention/arbitrary because of the action of symbolic systems, artificial mechanisms (signs) in the child's brain function. For this, delimited to the hypothesis of this study that these cultural encourages reorganize the cognitive processes of a child, giving rise to organized behavior, intentional, conscious, self-regulated and volitional. From an investigation on first level class of elementary education at a public state school, located in Chapecó-SC was found empirically that indeed, this hypothesis is confirmed because the evidence obtained showed that the use of signs reorganizes and complicates the thought and the child's, behavior making them regulated and volitional. This process of activity constitution mediated in the classroom showed that using artificial/cultural devices to perform schoolwork, the child develops a superior set of mental functions in coordination, among them, the voluntary attention. Conclude that school education, by providing mediators elements that should be incorporated into the intellectual activity of the child, increases their attention span, enabling it to have greater volitional control of their own mental activity. When working with complex artificial devices (cultural), the school develops a social practice that requires children to develop entirely new and complex mental processes. Therefore, it was found that voluntary attention is not of biological origin, but rather a social act culturally mediated by school education. 2015-07-07 2017-07-12T12:00:57Z 2017-07-10 2017-07-12T12:00:57Z 2015 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/718 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal da Fronteira Sul UFFS Brasil reponame:Repositório Institucional da UFFS instname:UFFS instacron:UFFS |