Summary: | Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2016-02-17T14:06:01Z
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Previous issue date: 2015-10-29 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Durante o forrageio, morcegos frugívoros podem ser afetados pela exposição a agrotóxicos, por meio dos alimentos ou água contaminados, o que pode resultar em danos oxidativos, histopatológicos, e ao metabolismo energético, que podem levar, a longo prazo, ao declínio populacional da espécie. Com o intuito de investigar os possíveis danos que o agrotóxico deltametrina pode causar em morcegos frugívoros da espécie Artibeus lituratus (Chiroptera: Phyllostomidae) (Olfers, 1818), abundante na Mata Atlântica, onde desempenha importante papel ecológico, o presente estudo teve por objetivo avaliar se a dosagem comercialmente recomendada do agrotóxico deltametrina e/ou uma dose 3 vezes acima desta induz danos metabólicos e/ou estresse oxidativo em animais expostos. Morcegos machos (n = 18) foram coletados em fragmentos de Mata Atlântica em Viçosa - MG e separados em três grupos experimentais, alimentados por 7 dias com frutas (mamão) contendo deltametrina nas seguintes concentrações (v/v): 1) Controle: 0% (n = 7); 2) Delt1: 0,1% (n = 6); Delt2: 0,3% (n = 5). Após o tratamento, foram realizadas análises do metabolismo energético, como dosagem de proteína total e lipídios totais do tecido hepático e muscular, ácidos graxos da carcaça e análises das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), bem como o produto da peroxidação lipídica malondialdeído (MDA) em tecido hepático. Os resultados obtidos demonstraram uma diminuição do peso corporal, após o período experimental, em animais do grupo Delt2. Em relação ao metabolismo energético, morcegos do grupo Delt2 apresentaram uma maior concentração de proteínas no músculo, porém não reportaram alterações nas reservas energéticas como ácidos graxos da carcaça e lipídios totais do tecido hepático e muscular. Quanto às enzimas indicativas de estresse oxidativo, não foram encontradas alterações na atividade da SOD, CAT e MDA em tecido hepático dos grupos expostos (Delt1 e Delt2) quando comparados ao controle. Conclui-se, portanto, que o inseticida piretróide deltametrina, nas concentrações testadas e quando empregado de forma aguda, por um período de 7 dias, não induziu alterações metabólicas importantes ou estresse oxidativo ao tecido hepático de morcegos frugívoros. === Foraging bats, such as the great fruit-eating bat Artibeus lituratus (Chiroptera: Phyllostomidae) (Olfers, 1818), may be exposed to pesticides through contaminated food or water. This continuous exposure may result in damage to the energy metabolism, anti- oxidative defenses or histopathological alterations, and all of them might lead to population declines on a long-term scenario. In order to investigate the possible damage that the pesticide deltamethrin might cause in bats, this study aimed at evaluating whether the commercially recommended concentration of deltamethrin and/or a dose 3 times above this induce metabolic damage and/or oxidative stress in the liver of fruit-eating bats. Male bats (n = 18) were collected in fragments of Atlantic Forest in Viçosa, MG, and separated into three experimental groups fed for 7 days with fruits (papaya) containing deltamethrin in the following concentrations (v / v): 1) Control: 0% (n = 7); 2) Delt1: 0.1% (n = 6); Delt2: 0.3% (n = 5). We performed analyzes of energy metabolism as total protein, total lipids from liver and muscles, as well as carcass fatty acids and the activities of the antioxidant enzymes superoxide dismutase (SOD), catalase (CAT) and the product of peroxidation lipid malondialdehyde (MDA) in the liver. Bats exposed to deltamethrin at concentrations of over a period of 7 days showed a decrease in body weight (Delt2). Results also showed a higher concentration of proteins in muscles from Delt2, however, no other changes in energy reserves have been observed. This study also reported no changes in the enzymatic activity of superoxide dismutase (SOD) and catalase (CAT) and the product of malondialdehyde lipid peroxidation (MDA) in liver tissue from exposed bats, which demonstrates that the deltamethrin pyrethroid did not induce oxidative stress when exposed to these concentrations for 7 days.
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