Summary: | Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-08-30T13:05:49Z
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Previous issue date: 2017-06-22 === Mesmo com muitas leis em prol dos idosos e avanços significativos da ciência e da tecnologia, ainda prevalecem conceitos e estereótipos negativos que fazem da velhice um período em que as pessoas buscam escapar. O termo velho é associado a perdas, doenças e decrepitude, fomentando o pensamento de que envelhecer é tornar-se feio, inútil e enfermo. Diante dessa realidade, este estudo teve por objetivo desvelar as percepção sobre o envelhecimento por sujeitos envelhescentes, analisando como os marcadores de gênero, socialmente construídos, refletem na percepção dos próprios sujeitos inseridos no processo de envelhecimento. A motivação para esta pesquisa foi a observação de que as pessoas estão envelhecendo de uma forma diferente de seus antepassados, buscando permanecer ativas e saudáveis por mais tempo, além de negar os traços da velhice. Os participantes desse estudo foram servidores técnicos e professores da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, com idades entre 50 e 59 anos, sendo 10 mulheres e 10 homens, aos quais foram aplicados questionários semiestruturados, em uma abordagem qualitativa. Os dados analisados sob uma abordagem qualitativa mostraram que as percepções negativas sobre a velhice mais marcantes foram em relação às perdas físicas, relativas a vigor, agilidade e beleza. As percepções positivas estavam relacionadas ao aumento da capacidade de manter a serenidade, o bom senso e a acuidade no raciocínio. Os entrevistados mencionaram que há um desprendimento em relação a preconceitos existentes na juventude, mas ainda é necessário quebrar muitos preceitos estigmatizadores em relação aos corpos velhos, que deveriam ser expostos naturalmente. Porém, tanto homens quanto mulheres, disseram que não exporiam seus corpos velhos porque os preconceitos ainda existem e eles seriam alvos de deboches. Assim, o sentimento de que o corpo velho é feio, principalmente o da mulher, ainda prevalece, reproduzindo a valorização da juventude, em detrimento à velhice. Em uma perspectiva de gênero, verifica-se que a identidade das mulheres na velhice é mais definida a partir de seus corpos do que a dos homens. === Even though there are many laws in favor of the elderly negative concepts and stereotypes prevail, making old age a period of several paradigms to be broken. Although there are many significant advances in science and technology, the term old age is still associated with losses and illnesses, leading to the thought that aging is automatically related to being useless and sick. In this way, the goal of this study was to investigate the differences in perception about aging observed in old people, analyzing how the socially constructed gender markers reflect on the perception of the individuals goin through the aging process. The motivation for this research was the observation that nowadays, people are aging in a different way compared to their ancestors, seeking to remain active and healthy for a longer period. The participants of this study were employees of Federal University of Viçosa - Viçosa - MG, aged between 50 and 59 years old, 10 women (2 technicians and 8 teachers) and 10 men (2 technicians and 8 teachers). For a better result of the qualitative methodology, semi structured questionnaires were applied. The data showed that the most remarkable negative perceptions of old age were in relation to physical losses. Concerning vitality, agility and beauty. The positive perceptions were related to the increased ability to keep the serenity, common sense, and acuity in reasoning. The perception of freedom and detachment from prevailing prejudices in youth was reported by almost all participants. Many interviewed people reported that the old bodies should break stigmatizing precepts be exposed naturally, in order to break but both men and women said they would not expose their bodies in this situation. In this way, the feeling that the old body is ugly, mainly the female one, still prevails, reproducing the valuing of youth in relation to old age. Under a gender perspective, it was verified that old women identify is more defined conerned their bodies than it is for men.
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