Avaliação de protocolos hormonais para inseminação artificial em tempo fixo em vacas lactantes da raça Nelore

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Bibliographic Details
Main Author: Nascimento, Vinicio Araujo
Other Authors: Costa, Eduardo Paulino da
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Viçosa 2017
Subjects:
Online Access:http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11391
Description
Summary:Submitted by Nathália Faria da Silva (nathaliafsilva.ufv@gmail.com) on 2017-07-19T14:12:35Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 377322 bytes, checksum: 3df4ddba5f4708973f01bb7c9856a170 (MD5) === Made available in DSpace on 2017-07-19T14:12:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 377322 bytes, checksum: 3df4ddba5f4708973f01bb7c9856a170 (MD5) Previous issue date: 2005-08-04 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Os objetivos da pesquisa foram: a) avaliar a influência das características biofísicas do útero e o uso de diferentes protocolos na sincronização do estro e ovulação na taxa de prenhez de vacas da raça Nelore. Cento e vinte vacas lactantes, primíparas e multíparas, provenientes de duas fazendas, foram distribuídas ao acaso em três tratamentos (T) como definidos a seguir: T1 (n=38) – inserção de um dispositivo intravaginal de progesterona (DIB R ) mais aplicação (im) de 2 mg de benzoato de estradiol (RIC BE R ) no dia 0, retirada do DIB R no dia 8 e aplicação, im, de 300 UI de eCG (Novormon R ) mais 0,15 mg de PGF 2α (Prolise R ), e inseminação artificial (IA) realizada 48 horas após a retirada do DIB, simultânea à aplicação, im, de 25 μg de Lecirelina (Gestran Plus R , superanálogo de terceira geração do GnRH); T2 (n=40) - similar ao T1, sendo administrado 1 mg de BE, im, no dia 9, substituindo a segunda dose de GnRH, e IA realizada 50-56 horas após a retirada do DIB R ; T3 (n=40) - administração de 0,15 mg de PGF 2α, im, e IA 12 horas após a verificação de estro. As taxas de prenhez dos animais de cada tratamento foram 39,5; 65,0; e 55,0%, respectivamente, para os animais de T1, T2 e T3. O peso e a condição corporal no período pós-parto e as características biofísicas do útero não afetaram a resposta dos animais aos tratamentos. Os animais que receberam os protocolos dos T1 e T2 tiveram um reduzido anestro pós-parto. Concluiu-se que os tratamentos foram efetivos na melhoria da taxa de prenhez e facilitaram os programas de IA, destacando-se o protocolo do T2 como o mais eficiente; b) avaliar a eficiência de protocolos de sincronização com uso e reutilização do Controlled Internal Drug Releasing - Bovine (CIDR R ) sobre as características reprodutivas de fêmeas da raça Nelore. Sessenta vacas foram distribuídas em quatro tratamentos: T1 - inserção de um dispositivo de progesterona (CIDR R ) mais aplicação intramuscular (im) de 2 mg de benzoato de estradiol (Estrogin R ) no dia 0, retirada do CIDR R no dia 8 e aplicação, im, de 300 UI de eCG (Folligon R ) mais 25 mg de PGF 2α (Lutalyse R ) e inseminação artificial (IA) realizada 48 horas após a retirada do CIDR R , simultânea a aplicação, im, de 25 μg de GnRH (Conceptal R ); T2 - similar ao T1, sendo administrado 1 mg de BE, im, no dia 9, substituindo a segunda dose de GnRH, e IA realizada 50-56 horas após retirada do CIDR R ; T3 e T4 idênticos ao T1 e T2, respectivamente, mas com reutilização do CIDR R . A porcentagem de animais que apresentaram estro foi de 19,5; 34,2; 24,4; e 21,9% para T1, T2, T3 e T4, respectivamente. As taxas de gestação para os tratamentos T1, T2, T3 e T4 foram respectivamente 53,3; 46,6; 0,0; e 33,3%. As condições fisiológicas dos animais (vacas cíclicas, presença de estro característico, peso e condição corporal, período no pós-parto e status uterino) não interferiram na taxa de prenhez. Concluiu-se que os protocolos de sincronização da ovulação são indicados para vacas cíclicas e acíclicas no pós-parto; c) verificar a eficiência de protocolos de sincronização da ovulação em gado Nelore, avaliando a fertilidade dos animais em regiões diferentes durante a estação de monta e verificar as variáveis fisiológicas: pH uterino, temperatura uterina e retal, em animais submetidos a protocolos de sincronização de ovulação e estro. Foram realizados dois experimentos (E1 e E2), sendo E1 desenvolvido em dois locais e os mesmos tratamentos como descrito na letra a: T1 (L1 n=24; L2 n=14); T2 (L1 n=25; L2 n=15) e T3 (L1 n=25; L2 n=15). As taxas de prenhez em cada local foram: L1 – 29,2; 64,0; e 60,0% para T1, T2 e T3, respectivamente; L2 – 57,2; 66,7; e 46,7% para T1, T2 e T3, respectivamente. As condições fisiológicas dos animais (vacas cíclicas, manifestações características de estro, peso vivo, condição corporal, período no pós-parto e status uterino) não interferiram na resposta das vacas. Os tratamentos de T1 e T2 foram eficientes nas vacas em anestro no pós-parto nos dois locais. Conclui-se que é eficiente o emprego dos protocolos de sincronização de ovulação, uma vez que facilita o emprego da IA, e que a eficiência reprodutiva de vacas em zona de conforto térmico ou mesmo no limiar da termoneutralidade não é afetada. No E2, os animais experimentais (n=30) foram distribuídos ao acaso em três tratamentos (T) semelhantes ao experimento anterior. As variáveis fisiológicas – pH uterino, temperatura uterina e retal – foram mensuradas com Phmetro. O pH uterino de vacas com ovulação induzida por GnRH, estradiol e estro induzido por PGF 2 foi 7,20; 7,24; e 7,26, respectivamente. A temperatura média uterina foi 37,51; 37,63; e 37,51 °C para animais com ovulação induzida por GnRH, estradiol e estro induzido por PGF 2 , respectivamente. As médias de temperatura retal foram 38,51; 38,80; e 38,68 °C para os animais de T1, T2 e T3 respectivamente. Não houve diferenças nas variáveis fisiológicas analisadas entre os tratamentos de sincronização de ovulação e estro. === The objectives of the research were: a) to evaluate the biophysical characteristics influence of the uterus and the use of different protocols in the synchronization of the estrus and ovulation on pregnancy rate in Nelore breed cows. One hundred and twenty primiparous and multiparous lactating cows, from two farms, were distributed at random into three treatments (T) as follow: T1 (n=38) - insertion of a progesterone intravaginal device (DIB R ) plus the intramuscular injection (im) of 2 mg of estradiol benzoate (RIC BE R , BE) on day 0, DIB R removal on day 8 and the injection, im, of 300 IU of eCG (Novormon R ) plus 0.15 mg of PGF 2α (Prolise R ), and the artificial insemination (AI) at 48 hours after the DIB removal with simultaneous injection, im, of 25 μg of Lecirelina (Gestran Plus R , a third generation of GnRH analogous); T2 (n=40) - similar to T1, with the administration of 1 mg of BE, im, on day 9, replacing the second dose of GnRH, and AI 50-56 hours after the DIB R removal; T3 (n=40) - injection (im) of 0.15 mg of PGF 2α and AI 12 hours after the estrous detection. The pregnancy rates for the animals from each treatment were: 39.5, 65.0 and 55.0% for T1, T2 and T3, respectively. The body weight and condition in the postpartum period and the biophysical characteristics of the uterus did not affect the response of the animals to the xviitreatments. The animals from T1 and T2 protocols showed a reduced postpartum anestrous. Finaly the treatments showed to be effective in improving pregnancy rate by facilitating the AI programs, with the T2 protocol being the most efficient; b) to evaluate the efficiency of synchronization protocols by the use of the Controlled Internal Drug Releasing - Bovine (CIDR R ) by the second time on the reproductive characteristics of Nelore breed cows. Sixty cows were distributed into four treatments: T1 - use of a progesterone device (CIDR R ) plus the injection, im, of 2 mg of estradiol benzoate (Estrogin R ) at day 0, removal of CIDR R at day 8 and injection, im, of 300 IU of eCG (Folligon R ) plus 25 mg of PGF 2α (Lutalyse R ) and AI 48 hours after the CIDR R removal with simultaneous injection, im, of 25 μg of GnRH (Conceptal R ); T2 - similar to T1, with the injection of 1 mg of BE, im, at day 9, replacing the second GnRH dose, and AI 50-56 hours after CIDR R withdraw; T3 and T4 were identical to T1 and T2 respectively, but using the used of CIDR R device. The percentage of animals that showed estrus was 19.5, 34.1, 24.4, 21.9% for T1, T2, T3 and T4, respectively. The gestation rates for the animals from T1, T2, T3 and T4 were 53.3, 46.6, 0.0 and 33.3%, respectively. The physiologic conditions of the animals (cyclic cows, the presence of a characteristical estrus, the body weight and condition, the postpartum period and the uterine status) did not affect the pregnancy rates. It is concluded that the ovulation synchronization protocols are may be used for cyclic and non-cyclic cows in the postpartum; c) to verify the efficiency of the ovulation synchronization protocols in Nelore breed cows by the evaluation of their fertility at different places during the breed season and, to verify the physiological variables: uterine pH, uterine and rectal temperature, in animals submitted to estrus and ovulation synchronization protocols. Two experiments (E1 and E2), being E1 developed in two places using the same treatments as described in the letter a: T1 (L1 n=24; L2 n=14); T2 (L1 n=25; L2 n=15) and T3 (L1 n=25; L2 n=15). The pregnancy rates were: L1 – 29.2, 64.0 and 60.0% for T1, T2 and T3, respectively; L2 – 57.2, 66.7 and 46.7% for T1, T2 and T3, respectively. The physiological conditions of the animals (cyclic cows, estrus characteristics, body weight and condition, in the postpartum period and uterine status) did not affect the cows responses. T1 and T2 protocols were efficient in postpartum anestrus cows in both places. It is concluded that the protocols of ovulation synchronization were efficient, since it made the AI easy with no effect on the reproductive efficiency of cows in thermal confort area or even in the threshold of the thermoneutrality. In E2, the xviiiexperimental animals (n=30) were distributed at random into three treatments (T) similar to the previous experiment. The physiological variables - uterine pH, uterine and rectal temperatures - were measured with a portable pHmeter. The uterine pH of cows with ovulation induced by GnRH, estradiol and estrus induced by PGF 2α was 7.20, 7.24 and 7.26, respectively. The mean uterine temperature was 37.51, 37.63 and 37.51 °C for the animals with an induced ovulation by GnRH, estradiol and the estrus induced by PGF 2α , respectively. The mean rectal temperature were 38.51, 38.80 and 38.68 °C for the animals of T1, T2 and T3 protocols, respectively. There were no differences in the physiological variables analyzed among the animals of the estrus and ovulation synchronization protocols treatments.