Estoques de carbono no solo e na biomassa de plantações de eucalipto na região Centro-Leste do Estado de Minas Gerais

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Bibliographic Details
Main Author: Gatto, Alcides
Other Authors: Novais, Roberto Ferreira de
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Viçosa 2017
Subjects:
Online Access:http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10937
Description
Summary:Submitted by Nathália Faria da Silva (nathaliafsilva.ufv@gmail.com) on 2017-06-29T12:22:22Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 477656 bytes, checksum: cea2de70b65934a2e11243d6f2e56b4e (MD5) === Made available in DSpace on 2017-06-29T12:22:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 477656 bytes, checksum: cea2de70b65934a2e11243d6f2e56b4e (MD5) Previous issue date: 2005-10-31 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Os ecossistemas florestais representam uma alternativa viável para mitigar o aumento da concentração de CO 2 na atmosfera, via fixação do C pelas árvores e seu armazenamento na biomassa e no solo como matéria orgânica. A quantificação do carbono (C) imobilizado nesses sistemas é uma das principais necessidades na região Tropical. Este trabalho teve como objetivo comparar três métodos analíticos de determinação do carbono do solo e estimar o estoque de carbono no solo e na biomassa de plantações de eucalipto na região Centro-Leste do Estado de Minas Gerais, abrangendo cinco regiões: Cocais (CO), Rio Doce (RD), Sabinópolis (SA), Santa Bárbara (SB) e Virginópolis (VI). Foram comparados três métodos de determinação de carbono do solo: Walkley- Black, Yeomans & Bremner e combustão seca (CHNS/O), utilizando amostras de diferentes classes e profundidades de solo, a fim de estimar o estoque de carbono no solo. Avaliaram-se, também, a biomassa e o estoque de C orgânico dos componentes das árvores (parte aérea e raízes) e da manta orgânica depositada sobre o solo. Foi calculado o estoque de C no solo até 100 cm de profundidade em plantações de eucalipto implantadas em áreas com predomínio de seis classes de solo: Cambissolo Háplico (CX), Latossolo Amarelo (LA), Latossolo Vermelho (LV), Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), Neossolo Flúvico (RU) e Plintossolo Pétrico (FF). Os resultados obtidos dos métodos de determinação de carbono correlacionam-se positiva e significativamente entre si, nas classes de solos e profundidades analisadas. Os métodos Walkley-Black e Yeomans & Bremner tenderam a subestimar os teores de C em relação ao método de referência, CHNS/O, tanto no que se refere às camadas superficiais quanto àquelas mais profundas, com menores teores de C. Quanto ao estoque de carbono no solo e à produção de biomassa, os resultados demonstraram haver diferenças entre as referidas regiões. A região mais produtiva, em termos de biomassa média anual da parte aérea e raízes, aos 84 meses de idade, foi SA, com 32,80 t/ha/ano, decrescendo nos anos subseqüentes, até atingir 31,18 t/ha/ano aos 120 meses de idade. Fato semelhante ocorreu nas regiões de RD e SB, com produtividades de 29,92 e 29,70 t/ha/ano aos 84 meses e 21,09 e 25,21 t/ha/ano aos 120 meses de idade, respectivamente. Constatou-se que a estabilização da produtividade ocorreu após 96 meses de idade em SA e aos 84 meses para as regiões de RD e SB. No tocante às regiões de CO e VI, a produtividade e o estoque de carbono médio anuais mantiveram taxas crescentes até 120 meses de idade, indicando que a maior produtividade ocorre em idades mais avançadas. Do ponto de vista biológico e econômico, o corte desses plantios deve ser prolongado até obter o incremento médio anual máximo. A produtividade e o estoque de carbono médio dessas plantações foram, respectivamente, de 26,96 t/ha/ano de biomassa e 13,64 t/ha/ano de C. No solo, o maior estoque de C ocorreu no LV, com 183,07 t/ha de C, seguido pelas classes de CX, LVA, LA, FF e RU, com 135,65, 130,95, 121,58, x112,01 e 95,08 t/ha de C, respectivamente. Já em relação ao estoque médio de C no solo por região, considerando todas as classes de solo, a região de VI foi a que mais estocou carbono, com 141,22 t/ha de C até 100 cm de profundidade, seguida pelas regiões: SA, CO, SB e RD com 135,54, 127,26, 112,89 e 80,79 t/ha de C, respectivamente. Considerando o estoque de C total no sistema solo-biomassa, aos 84 meses de idade, a região de SA foi a que apresentou maior estoque, com 251,61 t/ha, e a região de RD, o menor estoque, com 186,84 t/ha de C, reflexo das condições edafoclimáticas menos favoráveis (baixa fertilidade do solo, déficit hídrico, temperatura e altitude). === Forest ecosystems represent alternatives to mitigate the increase of CO 2 in the atmosphere, by the photosynthetic process and storage of the absorbed carbon (C) in tree biomass and as soil organic matter. Forest growth rate is very high in the tropical region and forest plantations have been considered as an efficient option to reduce CO 2 concentration in the atmosphere. Eucalypt is the main forest species used for planting in Brazil, but very little information is available in the literature on the amount of carbon stored in the soil and in the biomass of these plantation forests. The main objective of this work was to compare three methods of soil carbon determination in the laboratory and to assess the amount of carbon stored in the soil and in the biomass of eucalypt plantations in the Central-East region of Minas Gerais State, Brazil. Eucalypt plantations of five micro- regions (CO, RD, SB, SA, and VI), with varying climatic and soil xiiconditions, were sampled for tree biomass and soil carbon down to 100 cm depth. Soil carbon content was determined by two methods of wet combustion (Walkley-Black and Yeomans & Bremner) and one of dry combustion (CHNS/O Analyser), using samples from six soil classes and different horizons. Carbon in tree components (above and below ground) and in the forest floor was estimated using allometric equations. There was a significant correlation between soil carbon content as determined by three methods tested. However, the wet combustion methods tended to underestimate carbon content as compared to the dry combustion method. The carbon stored in the soil-plant system differed among micro-regions. The highest rate of biomass production was obtained in SA (32.80 t ha -1 yr -1 , at the age of 84 months, and decreased to 31.18 t ha -1 yr -1 at 120 months of age) and the lowest in RD and SB (29,92 e 29,70 t ha -1 yr -1 , at the age of 84 months, respectively). Tree growth regime varied among micro-regions, stabilizing at age 96 months in SA and at 84 months in RD and SB, but still increasing at age of 120 months in CO and VI micro-regions. Soil carbon storage ranged from 183.1 t ha -1 in the Red Latosol to 95.1 t ha -1 in the Inceptisol, and was negatively correlated to soil K, Ca , and Mg content, because the close relation between tree biomass and nutrient uptake, and density of the soil upper layer. Soil carbon was also negatively related with mean annual temperature and water deficit and positively with elevation. As regarding to the micro-regions, VI presented the highest (141.2 t ha -1 ) and Rd the lowest (80.8 t ha -1 ) soil carbon storage. Considering the soil- plant ecosystem and the regular rotation age (84 months), the micro-region SA has the largest carbon storage (251.6 t ha -1 ) and Rd the lowest (186.8 t ha -1 ) which reflects the climatic and soil conditions for this latter site, i.e., lower soil fertility, higher water deficit and higher mean annual temperature.