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Previous issue date: 2014-09-15 === CAPES === Este estudo tem por objetivo analisar a experiência de profissionais de saúde que atuam em unidades prisionais de regime fechado localizadas em Cuiabá- Mato Grosso. Para tanto o referencial teórico metodológico empregado foi o da Fenomenologia, de Alfred Schutz, retendo dela os conceitos pertinentes a esta pesquisa, devido a adequação da abordagem a que nos propomos. Assim, nosso objeto de estudo foram os profissionais de saúde de três penitenciárias localizadas em Cuiabá. As técnicas utilizadas foram entrevistas com roteiro semi estruturado e observações, que ocorreram de junho a dezembro de 2013, nos quais 25 profissionais foram entrevistados. A discussão e a análise de dados foram organizadas a partir de temas que emergiram dos dados e que permitiram que desvelássemos parcialmente o cotidiano dos profissionais de saúde, imersos no contexto penitenciário. Assim pudemos identificar e analisar as estratégias elaboradas para atuação neste lugar de conflitos e tensões que, entre outros, particulariza a unidade de saúde penitenciária. A entrada dos profissionais no Sistema Penitenciário foi marcada por situações de tensão e medo, sobressaindo sobre a satisfação da aprovação em concurso público. O ingresso não seguiu uma lógica de treinamento, assim o desconhecimento sobre a prisão foi unânime entre os entrevistados. A unidade de saúde torna-se peculiar pelas características que lhes são impostas no ambiente penitenciário, como presença de agentes penitenciários, grades, algemas, o que demarca parte da particularidade deste ambiente. Os profissionais mostraram-se desacreditados frente à função ressocializadora e são contraditórios perante as relações com os presos, ora este é paciente, ora preso perigoso, impondo situações de insegurança e desconfiança perante estes. Notamos que a rotina diferenciada influencia no atendimento e que muitos objetos tomam outras funções das que inicialmente são propostos. Os códigos internos são apreendidos pelos profissionais na tentativa de manter a comunicação com os presos, além do que percebem alterações comportamentais que incidem sobre suas vidas. Assim, o cotidiano dos profissionais de saúde ganha contornos singulares dentro da prisão. === This study aims to analyze the experience of health professionals working in prison units located in Cuiabá- Mato Grosso. The theoretical and methodological reference employed was the Phenomenology by Alfred Schütz, selecting from it the concepts concerning this research in order to adequate the approach we set ourselves. Our subject of study were the health professionals of three correctional facilities of Cuiabá. The techniques used were semi-structured interviews and observations, which took place from June to December 2013, with 25 professionals interviewed. The discussion and data analysis were organized based on the themes that emerged from the data, which allowed us to partially unveil the health professionals daily lives immersed in the prison context. This way we could identify and analyze the strategies elaborated to work in this tense and full of conflict atmosphere that builds the singularity of the place. The entry of the professionals in the prison system was marked with tension and fear situations, surpassing the satisfaction of a public contest approval. The entry did not follow a training logic, making the lack of knowledge about the prison unanimous among the subject. The health unit becomes something very peculiar for them because of the imposed characteristics of the prison environment, such the presence of warders, bars and handcuffs, which demarcates part of the particularity of this environment. The respondents demonstrated great disbelief about the socialization function, they also reveal contradiction relating to the inmates, sometimes they are a patient, sometimes a hazard, imposing mistrust and insecurity towards the professionals. We noticed that this unique routine influences the job to be done and many of the subject end up doing a different job than the initially proposed. The internal codes are learned by the professionals in an attempt to maintain communication with the prisoners. They also reveal that they perceived some behavioral changes affecting their lives. Thus, the daily lives of the health professionals gain unique shapes inside the prison.
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