Comunicação digital e formação crítica: a construção do sujeito contracultural na era do ciberespaço

Made available in DSpace on 2016-04-26T18:13:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lilian Venturini Gavaldao.pdf: 2322072 bytes, checksum: 11cd52953caec76ac94630059135aaa3 (MD5) Previous issue date: 2013-12-16 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The research focuses on th...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gavaldão, Lilian Venturini
Other Authors: Trivinho, Eugênio
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:https://tede2.pucsp.br/handle/handle/4589
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-04-26T18:13:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lilian Venturini Gavaldao.pdf: 2322072 bytes, checksum: 11cd52953caec76ac94630059135aaa3 (MD5) Previous issue date: 2013-12-16 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The research focuses on the formation of the individual in cyberculture, understanding it as the contemporary phase of the advanced media civilization. The aim of this study is to investigate whether non- formal environments mediated by digital technologies contribute to the construction of a countercultural subject, a process conceived as the result of everyday life experiences less influenced by technicist and economic values, which are so characteristic of the contemporary civilization. The communicational and trans-political (i.e. beyond established politics) nature of this era - added to increasingly diffuse and less institutionalized socializing processes - indicates that the formation of individuals should be analyzed taking into consideration different practices and contexts than those proposed by formal education. The research was developed based on the activities of the Transparência Hacker and the Ônibus Hacker, collectives that advocate the use of technology and its devices as drivers of political and social actions. The working hypotheses are the following: (1) the collectives, as well as a clear space for socializing, are also places of formation, and (2) even though the activities are mediated by new digital technologies, they potentialize the construction of subjects who are more alert to the contradictions of their time. Together with the notion of cyberculture, three other theoretical bases gave support to the study: the perspective of modernity, theories of socialization and theories of the sociology of education; all intersected by the category of criticism, an important methodological procedure to prepare the questioning needed to confront the corpus and the investigated social-historical process. The analysis of texts and activities of the collectives, as well as interviews and participant observation allow coming to the conclusion that non-formal educational practices - when guided by values and procedures that are different than those influenced by market and media discourses - may form a potential environment for critical formation. The countercultural response, however, is compromised and tangentially set due to the fact that the involved agents have an inescapable bond with the current communication power === A presente pesquisa versa sobre a formação do indivíduo na cibercultura, esta entendida como a fase contemporânea da civilização mediática avançada. O objetivo do estudo é investigar se ambientes não-formais, mediados pelas novas tecnologias digitais, contribuem para a construção de um sujeito contracultural, processo concebido como resultado de uma experiência cotidiana menos influenciado por valores tecnicistas e econômicos tão característicos da civilização contemporânea. A natureza comunicacional e transpolítica (isto é, para além da política instituída) desta era, somada a processos socializadores cada vez mais difusos e menos institucionalizados, indica que a formação do indivíduo deve ser analisada levando em consideração contextos e práticas diferentes dos propostos pela educação formal. A investigação foi desenvolvida em torno das atividades da Transparência Hacker e do Ônibus Hacker, coletivos que defendem o uso da tecnologia e de seus aparatos como impulsionadores de ações políticas e sociais. As hipóteses de trabalho são as seguintes: (1) os coletivos, além de claro espaço de socialização, são espaços de formação, e, (2) mesmo sendo as atividades mediadas pelas novas tecnologias digitais, elas potencializam a construção de um sujeito mais atento às contradições de seu tempo. Somadas à noção de cibercultura, outras três bases teóricas conferiram sustentação à pesquisa: a perspectiva de modernidade, teorias da socialização e da sociologia da educação; todas entrecortadas pela categoria da crítica, procedimento metodológico importante para a elaboração dos questionamentos necessários à confrontação do corpus ao processo social-histórico investigado. A análise dos textos e das atividades dos coletivos, bem como a realização de entrevistas, permitem concluir que as práticas de educação não-formal, quando orientadas por valores e procedimentos diferentes dos influenciados pelos discursos mercadológico e mediático, podem compor um ambiente potencial de formação crítica. A resposta contracultural, entretanto, fica comprometida e configura-se de modo tangencial em razão do vínculo inescapável dos agentes envolvidos com o poder comunicacional vigente