Cartografias da aprendizagem em rede: rastros das dinâmicas comunicacionais do Visualizar 11, Medialab Prado

Made available in DSpace on 2016-04-26T18:12:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Izabel Cristina Goudart da Silva.pdf: 9981516 bytes, checksum: 9ad947efb9cffaccce8ceba473dce36a (MD5) Previous issue date: 2012-12-04 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Over the last three...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Izabel Cristina Goudart da
Other Authors: Santaella, Lucia
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:https://tede2.pucsp.br/handle/handle/4477
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-04-26T18:12:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Izabel Cristina Goudart da Silva.pdf: 9981516 bytes, checksum: 9ad947efb9cffaccce8ceba473dce36a (MD5) Previous issue date: 2012-12-04 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Over the last three decades, we have witnessed a growing and evolving process of multiplication, hybridization, production and dissemination of signs and languages enabled by digitalization. New cognitive, communicative and cultural objects emerge as a media ecology, configuring a new communication ecosystem, which becomes as important as natural ecosystems. Perceptual and cognitive mutations related to the impact of modern digital technologies are achieving greater visibility via processes of knowledge diffusion and decentralization around youth sensibilities and their countercultures. These cultural mutations challenge modern systems of educational broadcast centered around the school and the book, and emphasize what might be understood as a generational gap or role reversal, wherein youth - by virtue of their greater empathy and neuronal plasticity - assume ownership of digital technologies and therefore become the main driving force in this process. A cognitive ecology that expresses itself in the dynamics of networked learning emerges as an expression of connected minds, minds that remain supported by a digital ecology. Bodies and spaces become marked by their interconnection, communicative flow capacity, against the background of Hacker ethics and free culture. The digital commons becomes a shared ground for the possibilities of open participation, sharing and collaboration, and the implementation of a multimedia, multimodal network. In order to map these new digital features of youth subjectivity, a study about Visualizar'11 was conducted. Visualizar'11 is a Medialab Prado program designed as an open research project, participatory and collaborative, which addresses theories, tools and strategies for data visualization. Theoretically and methodologically based upon Actor-Network Theory, this research studied Visualizar'11 as a case of inquiry, mapping the development of a learning network by following its traces within a cognitive and digital ecosystem of communication, and reconstructing the associations between human and nonhuman actants, which act as mediators weaving a web of connections. The inseparability of communicative, cognitive and digital ecosystems is evidenced within a system-integrated environment that fosters the emergence of a collective mind as a shared property. These relationships were used as references for theoretical reflections based on an ecosystemic, semiotic approach which identified patterns present in the appropriation and mediation of hypermedia language in dynamic cognitive networks. These new standards enhance and foster the emergence of cooperative learning environments, which arise from interactive reciprocity, in recognition of the interdependence between thought processes, knowledge building and the environment; and are oriented toward an education which belongs to the relational era, one that does not separate the individual from her relationships and the world === Nas últimas três décadas, presenciamos um crescente e evolutivo processo de multiplicação, hibridização, produção e disseminação de signos e linguagens propiciados pela digitalização. Novos ambientes cognitivos, comunicacionais e culturais surgem como frutos de uma ecologia midiática e, assim, configuram um ecossistema comunicacional, que ganha importância tal qual o ecossistema verde. Mutações perceptivas e cognitivas, relacionadas ao impacto da tecnologia moderna e das tecnologias digitais, ganham maior visibilidade por meio das sensibilidades juvenis e da des-ordem cultural provocada pela difusão e pela descentralização do saber. Mudanças que problematizam os sistemas de transmissões educativas da modernidade, centralizados em torno da escola e do livro, acentuam uma espécie de fosso geracional e uma inversão de papéis, em que a juventude, por sua maior empatia, plasticidade neuronal e apropriação das tecnologias digitais, assume a condução desse processo. A hipótese proposta por Margaret Mead de uma cultura pré-figurativa ganha força no surgimento de subjetividades juvenis que transitam por outros ambientes e por dinâmicas cognitivas mediados pela linguagem hipermídia e por softwares culturais. Uma ecologia cognitiva, expressa nas dinâmicas próprias da aprendizagem em rede, desponta como uma expressão de mentes conectadas, mentes que permanecem sustentadas por uma ecologia digital. Corpos e espaços, caracterizados por sua capacidade de interconexão e de trocas, produzem fluxos comunicativos e têm, na ética hacker, na cultura livre e nos commons digitais, um fundamento no qual ancoram as possibilidades abertas para a participação, para a partilha e para a colaboração e, assim, realizam uma comunicação multimídia e multimodal em rede. Objetivando mapear essas novas condições da subjetividade dos jovens, foi realizado o estudo de caso do Visualizar' 11, programa concebido pelo Medialab Prado como um projeto de pesquisa aberto, participativo e colaborativo, que aborda as teorias, as ferramentas e as estratégias de visualização de dados. Fundamentado teoricamente e metodologicamente pela Teoria Ator-Rede, o estudo de caso do Visualizar 11 possibilitou elaborar uma cartografia de dinâmicas da aprendizagem em rede e rastrear sua indissociável relação com um ecossistema comunicacional, cognitivo e digital, por meio da reconstrução das associações entre actantes humanos e não humanos, que agem como mediadores tecendo uma rede de conexões. Dessas relações, foram extraídas as bases para uma reflexão que utiliza uma abordagem ecossistêmica-semiótica para identificar padrões presentes na apropriação e na mediação da linguagem hipermídia na construção de dinâmicas cognitivas realizadas em rede. Novos padrões, que potencializam e propiciam o surgimento de ambientes de aprendizagem cooperativos, surgem a partir da reciprocidade interativa, no reconhecimento da interdependência entre os processos de pensamento e de construção de conhecimento e o ambiente geral, voltados para uma educação para a era relacional, que não separe o indivíduo do mundo em que vive e de seus relacionamentos