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Previous issue date: 2011-06-28 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === This thesis proposes the understanding of cinema as a body narrative, and suggests that the making of
an audiovisual piece is a performance act. In order to comprehend some audiovisual pieces as
cinemas of the body, I draw from the phenomenology of Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) as well
as the cognitive sciences and the paradigm of the mediabody theory (teoria corpomídia). I suggest that
some cinema artists' works point to the concepts of the body-as-phenomenon, from the way they
create images in the audiovisual environment to modes of creating sense, such as the montage, the
direction, and the script. I contend that the making of a work is part of a living body, of the author s own
images, memories and imagination, re-creations of personal representations in works that are always
thought-processes belonging to a living body, therefore unstable and unfinished. The main focus here
are the ways narrative constructs body-contents in the audiovisual environment from film to videoart,
videoperformance, videoinstalation, depending on the media appropriation with which each author
identifies himself best in each work. Cinema scholar Noel Burch, in discussing personal
representations, departs from the understanding of actions as provisories in order to propose new
possibilities in filmic discourse. As I present the idea of a cinema of the body, the works of Gus van
Sant (Paranoid park, 2007) and Krzystof Kieslowski (A short story about killing, 1988) are taken as
narratives of the living body represented on the cinematic codes, thus working as starting points to my
comments on further film works. Each on his own way, these authors construct a classic narrative-free
cinema, and closer to an action-thought cinema (pensamento-ação): a cinema that diffuses body
states in moving images; the audiovisual piece as a fragment of time and space, and a performance
act. The idea of action-thought also leads to two video pieces made by myself, in an artistic experiment
of the very narrative I am mapping out throughout the thesis: discontinuous and fragmented, body
narratives. The body is thus posed as a communication sign in the audiovisual environment, and the
action-thought as the way to organize a film === Esta tese propõe o entendimento do cinema como uma narrativa do corpo, e sugere que a realização
de uma obra audiovisual seja um ato de performance. Para isto proponho a compreensão de algumas
obras audiovisuais como cinemas do corpo, partindo da fenomenologia do filósofo Maurice Merleau-
Ponty (1908-1961) e de parte das ciências cognitivas e do entendimento do corpomídia. Sugiro que o
cinema de alguns autores dialoga com os conceitos do corpo enquanto fenômeno, a partir do modo
como criam imagens no ambiente audiovisual a partir de meios de significação cinematográficos como
a montagem, a direção e o roteiro. Proponho a feitura da obra atado ao corpo vivo do autor, às suas
imagens pessoais, memórias e imaginação, que recriam representações pessoais em obras que são
sempre processos de pensamento de um corpo vivo, portanto instável e inacabado. Interessam a esta
pesquisa os meios narrativos de construção de conteúdos corpóreos no meio audiovisual que se
extende do filme à videoarte, videoperformance, videoinstalação, conforme a apropriação da mídia e
suportes com os quais cada autor se identifica em cada obra. O pesquisador Noel Burch discute
representações pessoais e propõe novas possibilidades no discurso fílmico a partir do entendimento
das ações como provisórias. As obras de Gus van Sant (Paranoid park, 2007) e Krzystof Kieslowski
(Não matarás, 1988) criam uma narrativa do corpo vivo representada nos códigos cinematográficos, e
servem como ponto de partida para meus comentários sobre outros filmes dentro da proposta do
cinema do corpo. Cada um a seu modo, estes dois autores constroem um cinema liberto da narrativa
clássica e mais próximo de um pensamento-ação. Um cinema como a difusão de estados do corpo
em imagem-movimento; a obra audiovisual como um fragmento do tempo e espaço e um ato de
performance. Este pensamento em ação como modo de organizar a obra conduz também a realização
de duas obras em video, às quais chamo video performances, inspiradas na personagem Olympia de
E.T.A. Hoffmann; trata-se de dois experimentos pessoais da narrativa proposta, descontínua e
fragmentada, partindo do corpo como signo comunicativo no ambiente audiovisual
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