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Previous issue date: 2010-09-15 === The act of collecting is an ancient activity between human beings and still remains intriguing:
why do we collect? Can we see in the act of collecting a process of creation? How collections
communicate? This thesis aim to investigate the creative and communication process and the
logic that moves and permeates the various types of collections, identifying its capacity of
production. The methodology is based on two phases, which resulted in the two chapters of
the dissertation. The first one is about the context of collecting in historical standards,
developed through research on books, theses and papers that present discussion of issues such
as hoarding, object of desire, imagination, memory, emotion, consumption and creation. The
objective is to present different approaches to the concept of collection, from the ideas of
several authors. The principal author is Philipp Blom, who builds the story of collections in
his book "To Have and Hold". The reflections are also supported in Walter Benjamin, who
discusses the preservation of history through objects and also on the ressignification of these,
and Jean Baudrillard, who devotes a chapter of his book "The System of Objects" to the
collections, which describes the difference between accumulation and collection and also
mentions the conquest of death through the possession of objects. Finally, the research of the
professor of the University of Utah and consumption expert, Russell Belk, and the writings of
the Professor of the University of Leicester and chairman of the Museums Association, Susan
Pearce, who interpret and fall collections in the current consumer society are being used. The
second part of the dissertation focuses on the relationship between creative process and the
building of collections, in order to analyze the collections as a communication tool. One of the
authors used is Cecilia Salles, who develops a concept of the creative process as a network in
constant transformation. This phase is also based on empirical data collection, result of
interviews with collectors in order to demonstrate the various creative processes for
assembling and maintaining collections. As a result, we conclude that the act of collecting can
be seen as a creation process from when the collector selects items, since not every object
may be part of your collection. In a second step, each collector organizes the items from the
collection in a unique way, regardless whether or not to present it to others. This ordinance is
revisited each time a new piece is inserted, when space is modified or even on other
occasions. Finally, there are many collectors who expose their collections, whether at home,
at specific events or on the Internet, thus generating, social networks that contribute to the
memory of the collections and to affirm the identity of the collectors === O ato de colecionar é uma atividade antiga entre os seres humanos e, ainda assim, permanece
intrigante: mas, afinal, para que e por que colecionamos? Podemos ver no ato de colecionar
um processo de criação? Como as coleções comunicam? Essa dissertação tem por finalidade
investigar os processos criativos e comunicacionais e a lógica que move e permeia os diversos
tipos de coleções, identificando sua capacidade de produção de sentido. A metodologia é
baseada em duas fases, que resultaram nos dois capítulos da dissertação. O primeiro discorre
sobre o contexto do ato de colecionar em termos históricos, desenvolvido através de pesquisa
bibliográfica em livros, teses e artigos científicos que apresentam discussão de temas como
colecionismo, objeto de desejo, imaginário, memória, afetividade, consumo e criação. O
objetivo é apresentar diferentes abordagens para o conceito de coleção, fundamentas a partir
das ideias de vários autores. O principal é Philipp Blom, que constrói a história das coleções
em seu livro Ter e Manter . As reflexões também se apóiam nos filósofos Walter Benjamin,
que discorre sobre a preservação da história através dos objetos e também sobre a
ressignificação destes; e Jean Baudrillard, que dedica um capítulo às coleções em seu livro O
sistema dos objetos , em que descreve a diferença entre acúmulo e coleção e menciona
também a superação da morte através da posse dos objetos. Por fim, estão sendo utilizados as
pesquisas do professor da Universidade de Utah e especialista em consumo, Russell Belk, e os
escritos da professora da Universidade de Leicester e presidente do Museums Association,
Susan Pearce, que interpretam e inserem as coleções na sociedade de consumo atual. A
segunda parte da dissertação tem como foco a relação entre processo criativo e a construção
das coleções, com a finalidade de analisar as coleções como instrumento de comunicação.
Uma das autoras consultadas é a Profa. Dra. Cecília Salles, que desenvolve um conceito de
processo criativo como rede em constante transformação. Esta fase também é baseada na
coleta de dados empíricos, frutos de entrevistas realizadas com colecionadores, visando a
demonstrar os diversos processos criativos para a montagem e a manutenção das coleções.
Como resultado, conclui-se que o ato de colecionar pode ser visto como um processo de
criação desde quando o colecionador seleciona itens, já que nem todo objeto pode fazer parte
de sua coleção. Em um segundo momento, cada colecionador organiza os itens de sua coleção
de uma forma única, independente se pretende ou não apresentá-la a terceiros. Essa ordenação
é revisitada todas as vezes que uma nova peça é inserida, quando o espaço é modificado ou
ainda em outras ocasiões. Por fim, muitos são os colecionadores que expõem suas coleções,
seja em casa, em eventos específicos ou ainda na internet, gerando, dessa forma, redes sociais
que contribuem para a memória das coleções e para a afirmação da identidade dos
colecionadores
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