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Previous issue date: 2007-10-30 === On October, the 23rd, 2005, took place in Brazil the Referendo do Desarmamento
(Referendum for the Disarmament), when Brazilians voted in favor or against the
following question: The fire weapons and ammunitions trade must be prohibit in
Brazil? . Polls predicted the vote Yes would win. It lost. The answer No got 63.9% of
the total votes. The trade of weapons and ammunitions goes legally on. Different social
scientists have studied the Referendo and pointed reasons for the victory of No, which
make a complex explanation: the different quality of the radio and TV adverstising of
the two sides; the failing of the governmental politics for public security; the lost of
credibility of politicians, political parties, particularly the PT, Partido dos Trabalhadores
(Workers Party), the federal government and President Luiz Inacio Lula da Silva
himself; at last but not least, the weakening of the voters confidence on public
institutions because of the crisis that proceeded the Referendo. From May to September,
a big scandal called Escândalo do Mensalão (The Big Monthly Bribe Scandal) shook
and startled Brazil, affecting negatively the images of President Lula, his government
and his Party. The present work seeks to understand the Escândalo do Mensalão as a
political background to the Referendum. To reach that aim, two of the most important
Brazilian weakly magazines, Veja and Época, were submitted under a content analysis.
Both had a similar critical position about the crises of Mensalação, but Veja was in
favor of the vote No to the Disarmament, and Época in favor of Yes === Em 23 de outubro de 2005, no Referendo do Desarmamento, o Brasil votou a favor ou
contra a seguinte questão: O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido
no Brasil? . Em 27 de julho, pesquisas de opinião apontavam vitória do Sim com 80%
das intenções de voto. Mas o Desarmamento acabou perdendo, com 63,9% de votos
dados ao Não. Manteve-se no Brasil a venda legal de armas de fogo e munição.
As razões apontadas por diferentes autores que vêm estudando a vitória do Não
desenham um quadro complexo, que envolve a questão da qualidade desigual da
propaganda eleitoral dos lados a favor e contra no horário gratuito em rádio e televisão,
o fracasso da política governamental de segurança pública e a conseqüente falta de
credibilidade nas instituições públicas, o sentimento de que a proibição proposta no
Referendo significaria perda de direito à legítima defesa, além de fatores decorrentes de
interesses econômicos de fabricantes e comerciantes de armas e munições, assim como
a posição assumida pelas elites e o financiamento das campanhas. Durante os meses que
precederam o Referendo, aconteceu o chamado Escândalo do Mensalão, promovendo a
maior crise política envolvendo o presidente Lula, seu governo e seu partido, o PT. É
objetivo do presente trabalho estudar essa crise como pano de fundo do Referendo, ou
seja, como elemento hipoteticamente fundamental para se entender o fracasso de uma
iniciativa em que a posição favorável dos três era uma das marcas importantes. Com os
promotores em baixa, os resultados podem ter refletido mais um aspecto da descrença
dos eleitores naquela conjuntura. Uma imagem muito negativa do governo e dos
governantes esteve durante meses em exposição na mídia. Analisar o conteúdo que
então se divulgava em periódicos de importância nacional pode permitir uma
reconstrução do que aqui se chamará contexto político-midiático. Para traçar esse pano
de fundo foram escolhidas as revistas Veja e Época, que foram centrais na crise e que,
em relação ao Referendo, assumiram posições contrárias
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