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Previous issue date: 2015-12-21 === This ethnographic work is about the insurgency of the Tupinambá people from Olivença in its ethno-territorial struggle in Southern Bahia. It compiles an analysis of the agrarian conflict perpetrated by representatives of the regional elite and the symbolic representations that underlie regional ethnophobia in respect of that ethnicity. It presents a historical and cultural context marked by conservative forces that are representatives of the regional agrarian capitalism in terms of their utterances contrary to the right of the Tupinambá to their ancestral territory based on Thompson's notion of culture (1998). The Tupinambá territoriality interrelated to the notion of economic development and ethnic transfigurations suffered by indigenous communities and compiled from the assertions of Oliveira (1999) Wolf (2005) and Darcy Ribeiro (1993) from an analysis of the accommodation/assimilation process experienced by this ethnic group. However, the main goal of the situational analysis of the Tupinambá people is based on the presentation of an ethnography of the revolutionary role of Tupinambá women leaders with a view to rebuilding the identity and the consequent rearticulation of the Tupinambá Movement for the definition of their ethno-territorial recognition. The insurgent female ethnic identity is thematized under the framework of the Community Feminism of Paredes (2010) and Cabnal (2010), indigenous feminists, whose agenda is about women's participation in their areas of struggle for indigenous peoples, having as philosophical principle the apropriation and revitalization of the Buen Viver paradigm. This feminism proposes an analysis axis founded on the socioeconomic and cultural specificities of women belonging to traditional, rural, urban peripheral societies and the political implications of this reality in the constitution of male/female relations, creating a praxis that opposes the neoliberal Western feminism. In addition, the action of this female contingent is approached from the perspective of counter-hegemonic action of organic intellectuals in Gramsci (1982) and the orientation of epistemological decolonization proposed by the educational praxis of Paulo Freire (1982). Within that framework, I try to register my analyses about the female role and outline the socio-cultural contingencies that resulted in the creation of organizational conditions necessary for the creation of political transformation devices in the struggle for indigenous land === Este trabalho etnográfico trata da insurgência do povo Tupinambá de Olivença na sua luta étnicoterritorial no Sul da Bahia. Elabora uma análise do conflito fundiário e perpetrados por representantes da elite regional e das representações simbólicas que subjazem a etnofobia regional em relação a essa etnia. Apresenta uma conjuntura histórico-cultural marcada por forças conservadoras representantes do capitalismo fundiário regional nos termos de suas enunciações contrárias ao direito dos Tupinambá ao seu território ancestral, baseada na noção de cultura de Thompson (1998). A territorialidade Tupinambá inter-relacionada à noção de desenvolvimento econômico e às transfigurações étnicas sofridas pelas comunidades originárias, elaborada a partir das asserções de Oliveira (1999): Wolf (2005) e Darcy Ribeiro (1993) tendo como ponto de partida a análise dos processos de acomodação/assimilação experimentados por esse grupo étnico. Contudo, o escopo primordial da análise conjuntural do povo Tupinambá, assenta-se na apresentação de uma etnografia do protagonismo revolucionário das lideranças femininas Tupinambá, tendo em vista a recomposição da identidade e a consequente rearticulação do Movimento Tupinambá para a definição do seu reconhecimento étnicoterritorial. A identidade étnica feminina insurgente é tematizada sob o referencial do feminismo comunitário de Paredes (2010) e Cabnal (2010) feministas indígenas, cuja agenda trata da participação das mulheres nos seus espaços de luta em favor dos povos indígenas, tendo como princípio filosófico, a apropriação e revitalização do paradigma do Buen Viver. Esse feminismo propõe um eixo de análise fundado nas especificidades socioeconômicas e culturais de mulheres pertencentes às sociedades tradicionais, rurais, urbano-periféricas e, as implicações políticas dessa realidade na constituição das relações masculino/feminino criando uma práxis que contrapõe o feminismo ocidental neoliberal. Ademais, a atuação desse contingente feminino é abordada a partir da perspectiva da ação contra-hegemônica dos intelectuais orgânicos em Gramsci (1982) e da orientação de descolonização epistemológica proposta pela práxis educativa de Paulo Freire (1982). Dentro desse quadro, busco registrar minhas análises acerca do papel feminino perfilando a conjuntura sociocultural que resultou na criação de circunstâncias organizativas necessárias à criação de dispositivos de transformação política, na luta pela terra indígena
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