Tortura: testemunhos de um crime demasiadamente humano
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:53:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes.pdf: 1554087 bytes, checksum: 2cbbb11a5ab676f9b17bec5352b8875e (MD5) Previous issue date: 2011-10-24 === This work aims at the theoretical approach of torture as a practice that...
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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2016
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Tortura Ditadura civil-militar Psicanálise Crime contra a humanidade Convenção da ONU contra a tortura Torture Civil-military dictatorship Psychoanalysis Crime against humanity The UN convention against torture CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS |
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Tortura Ditadura civil-militar Psicanálise Crime contra a humanidade Convenção da ONU contra a tortura Torture Civil-military dictatorship Psychoanalysis Crime against humanity The UN convention against torture CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS Arantes, Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Tortura: testemunhos de um crime demasiadamente humano |
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Previous issue date: 2011-10-24 === This work aims at the theoretical approach of torture as a practice that runs
through and remains in the history of humans. The sustainment of torture
through the ages, despite the continuous process of cultural development,
presupposes the existence of an intrinsic obstacle to the humans that prevents
its exclusion from the realm of civilization. The search of the obstacle to the
ultimate eradication of torture is the main objective of this work. Being
essentially a human practice, the theoretical framework consists of the Freudian
texts referring to culture and texts of contemporary thinkers who wrote about the
cruelty and destructiveness as intrinsic to the relations between men. The
approach to torture has been possible from testimonies and narratives of events
where this was an extreme practice. The work focuses on the testimony of
former political prisoners tortured during the civil-military dictatorship in Brazil
and adds information about the state of exception that prevailed during this
period. The reference to history is adressed through events at different times,
which makes evident that the practice is age-old, despite the civilizational efforts
to prohibit it. In the closing remarks, are expressed the main conclusions:
torture is an act that only humans do and practice throughout history; the
torturer who exercises it is fully aware of what is and therefore is responsible for
his crime of extreme cruelty; and finally, the finding that the psychic inscription
of torture cannot be erased, for nothing that once formed can perish === Este trabalho tem como objetivo a abordagem teórica da tortura como uma
prática que percorre a história dos humanos, e que se mantém. A sustentação
da tortura ao longo dos tempos, apesar do processo contínuo de
desenvolvimento da cultura, faz supor que há um empecilho intrínseco aos
humanos que impede sua exclusão do campo da civilização. A busca deste
entrave à erradicação definitiva da tortura é o principal objetivo deste trabalho.
Sendo uma prática essencialmente humana, o referencial teórico é constituído
pelos textos freudianos que se referem à cultura e textos de pensadores
contemporâneos que escreveram sobre a crueldade e a destrutividade como
intrínsecos às relações entre os homens. A aproximação com a tortura foi
possível a partir de testemunhos e de narrativas de acontecimentos onde esta
foi uma prática extrema. Privilegio os testemunhos de ex-presos políticos que
foram torturados durante a ditadura civil-militar no Brasil e acrescento
informações sobre o estado de exceção que vigorou nesse período. A
referência à história é abordada através de acontecimentos em diferentes
períodos, o que torna evidente que a prática é milenar, apesar dos esforços
civilizatórios que a proíbem. Nas considerações finais, estão expressas as
principais conclusões: a tortura é um ato que só os humanos praticam e o
fazem ao longo da história; o torturador que a exerce é plenamente consciente
do que faz e por isso é responsável pelo seu crime de extrema crueldade; e,
finalmente, a constatação de que a inscrição psíquica da tortura não se apaga,
pois nada do que uma vez se formou pode perecer |
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