Bile negra: terrorismo, câncer e seus combates

Made available in DSpace on 2016-04-25T20:21:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fhoutine Marie Reis Souto.pdf: 974083 bytes, checksum: ab742073e878f7eb4d7cf381d4f4a311 (MD5) Previous issue date: 2015-03-27 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === This work takes as a base...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Souto, Fhoutine Marie Reis
Other Authors: Passetti, Edson
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
War
Online Access:http://tede2.pucsp.br/handle/handle/2526
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-04-25T20:21:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fhoutine Marie Reis Souto.pdf: 974083 bytes, checksum: ab742073e878f7eb4d7cf381d4f4a311 (MD5) Previous issue date: 2015-03-27 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === This work takes as a base the hypothesis that terrorism has been fought throughout history by the nations in a way akin to how Western medicine fights cancer, that unpredictable and unbearable disease that still has no definitive cure. Since its emergence in the end of the 19th century, terrorism this being the definition given by the world s states to violent struggles that endanger their wellbeing and existence has been targeted by procedures intent on physically eliminating it. However, just like tumors that strike again even after being extirpated, the diverse terrorist movements do not give u: The States have tried new treatments which, as radiotherapy and chemotherapy do when dealing with cancer, have a wide-ranging effect and intense, long-lasting side effects. When faced with the impossibility of a cure, both medicine and States invest in prevention and meticulous examinations to identify and eliminate potential threats still in formation. After over a century of fighting, both terrorism and cancer continue to manifest themselves. The victories are always individual, since as long as there is a State there will be terrorism just as cancer is a risk to everybody for as long as there s life, which remains ungovernable === Este trabalho parte da hipótese de que o terrorismo historicamente tem sido combatido pelos Estados como a medicina ocidental combate ao câncer, enfermidade imprevisível e insuportável, para a qual não há solução geral e definitiva. Desde sua emergência, no fim do século XIX, o terrorismo - definição dada pelos Estados às lutas contundentes que colocam em risco sua saúde e existência é alvo de procedimentos que visam sua eliminação física. Porém, como tumores que renascem mesmo após terem sido extirpados, os terrorismos não cessaram. Os Estados, por sua vez, lançaram mão de novos tratamentos, que semelhantes à rádio e a quimioterapia, tinham ação mais abrangente, efeitos colaterais intensos e prolongados. Diante da impossibilidade da cura, medicina e Estados investem em prevenção e exames minuciosos para identificar e eliminar potenciais ameaças ainda em formação. Após mais de um século de combates, terrorismo e câncer continuam a se manifestar. As vitórias são sempre individuais, pois enquanto houver Estado haverá terrorismo, do mesmo modo que o câncer é um risco para cada um enquanto há vida, que permanece ingovernável