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Previous issue date: 2011-06-03 === The purpose of this work is to analyze the possibilities and limitations of the regional
financial arrangement called Chiang Mai Initiative (CMI); a agreement among the
Association of Southeast Asian Nations, Japan, China and South Korea (ASEAN+3),
whose aim is to supply temporary funds to any of its members in need, to face an
international context of high volatility of capital flows in which the lacking of proper
mechanisms to provide liquidity could result in crises that could go beyond the
boundaries of a particular nation. This interdisciplinary study, which shares topics with
the areas of International Relations and International Political Economy, is
fundamental to understand the scope and the difficulties involving regional financial
agreements among different countries that frequently compete with each other and
have a history of rivalry and territorial disputes. So the initial hypothesis about the
reaches and limitations of Chiang Mai Initiative is that they are a result of the financial
and economical interdependence, associated with the political differences between
the countries of the ASEAN+3. This work starts with a short review on the International
Monetary and Financial System and its institutions, particularly the role of the
International Monetary Fund (IMF), since the Bretton Woods agreements until the
current international financial architecture. It follows a discussion about how this
architecture may be associated with the Asiatic Crises of 1997-98, basing the analysis
on the vulnerability indicators of the countries affected by the crises and the actions
taken by the IMF. The discontentment concerning the procedures of the international
financial institutions favored the conditions necessary for the progress of the CMI.
Such progress will be approached based on the analysis of the documentation
produced at the ASEAN+3 Finance Ministers Meeting and the associated literature.
After discussed the CMI institutional characteristics, this work explores the degree of
economic integration between the countries of the region, using the data available by
the local governments and the international organizations like the IMF, the World Bank
and the United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD). It is also
shown in this work that if in on hand the regional interdependence justifies a regional
financial arrangement like the CMI, on the other hand the absence of a clear regional
hegemony, the regional rivalries and a significant territorial disputes caused difficulties
to establish a regional cooperation environment. The large accumulation of
international reserves as a self protection mechanism among the East Asian nations
illustrates their suspicious regarding a regional collective solution === O objetivo do presente trabalho é analisar as possibilidades e as limitações do arranjo
financeiro regional denominado Iniciativa de Chiang Mai (CMI), acordado entre os
países da Associação das Nações do Sudeste Asiático, o Japão, a China e a Coréia
(ASEAN+3). Trata-se de uma iniciativa regional para fazer frente às necessidades
temporárias de divisas que um país-membro possa enfrentar, em um cenário
internacional de grande volatilidade no fluxo de capitais, em que a ausência de
mecanismos adequados e tempestivos de provisão de liquidez pode resultar em uma
crise com poder para ultrapassar as fronteiras da nação inicialmente atingida. O estudo
do tema, de caráter interdisciplinar entre as áreas de Relações Internacionais e da
Economia Política Internacional, é fundamental para que se possam compreender os
alcances e as dificuldades que envolvem um acordo para fornecimento de divisas entre
países muito diferentes, que frequentemente competem entre si, e que possuem um
histórico de rivalidades e disputas territoriais. Assim, parte-se da hipótese de que os
alcances e as limitações da CMI são dados pela interdependência econômicofinanceira
e pelas diferenças políticas entre os países associados à ASEAN+3. Para
realizar o presente trabalho, parte-se de uma breve revisão da literatura sobre o
Sistema Monetário e Financeiro Internacional e suas instituições, com ênfase no papel
do Fundo Monetário Internacional (FMI), dos acordos de Bretton Woods até a atual
configuração da arquitetura financeira internacional. Em seguida, o trabalho discute
como tal arquitetura pode ser associada à natureza da Crise Asiática de 1997-98,
analisando os indicadores de vulnerabilidade dos países afetados e a atuação do FMI.
Mostra, assim, que o descontentamento com o encaminhamento dado pela
institucionalidade financeira internacional criou o ambiente necessário para o avanço
da CMI. Tal avanço será retratado a partir da análise da documentação produzida nas
Reuniões dos Ministros das Finanças da ASEAN+3 e da literatura subsequente. Exposta
a institucionalidade da CMI, o trabalho parte para uma análise exploratória do grau de
integração econômica entre os países da região, a partir de dados disponibilizados
pelos governos locais e por organizações internacionais como o FMI, o Banco Mundial
e a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD). O
trabalho mostra que, se por um lado o grau de interdependência regional justifica um
arranjo financeiro regional como a CMI, e sua institucionalização é evidência disso, por
outro lado, a inexistência de uma clara hegemonia na região, as rivalidades entre os
países e a existência de disputas territoriais importantes criam dificuldades para a
cooperação regional. O elevado acúmulo de reservas internacionais, como mecanismo
individual de autoproteção generalizado entre os países do Leste Asiático, ilustra sua
desconfiança em uma solução coletiva regional
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