Summary: | Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-05-10T12:54:50Z
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Deborah Sereno.pdf: 1138373 bytes, checksum: ddd7dd74183a3f6e776cf6bd033b047e (MD5) === Made available in DSpace on 2018-05-10T12:54:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2018-03-21 === Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP === This research is based on the unquietness related to the field of therapeutic
accompaniment (TA), more precisely on the training of workers in this function and seeks
to contribute to the schooling of mental health workers in the territorial care devices
created after the Brazilian Psychiatric Reform (RPB) and National Policy of Mental
Health (PNSM). The research traces the clinical-political trajectories of mental health in
Brazil, going through the prehistory of the TA in the 1960s, to focus on the second half
of the 1970s, a time of political effervescence and a struggle for the country's redemocratization,
and when the Day-Hospital A Casa was founded, where we place, at the
beginning of the 80's, the emergence of the TA in São Paulo. From this trajectory, it was
possible to situate the TA, from its origins linked to the opening movements, as of
resistance to hegemonic, homogenizing, silencing, excluding powers and also its
transdisciplinary disposition. With this, it is affirmed that the theorization of the TA
makes use of different conceptual tools to be able to perform its clinic in the city, in the
territory, and of the demands that arise from the RPB. In proposing the scene as a
conceptual tool of the TA, we sought to contribute to the construction of subsidies for the
TA clinic, the scene as the clinic's own method, the way the TA works and also as a
transmission device of the TA clinic and on duty training. The division of the scene into
four constituent elements - the open frame, the presence / body, the transference / listening
of the subject and the city served as a clipping for reading of different authors committed
to theorize the TA clinic, this division being purely methodological, once that these terms
are linked. The discussion of the scenes of an TA presented in an open supervision shows
the scene operating in its multiplier effects of senses. At the end of the course, it is
considered that, from the perspectives of the networks, from its role as a war machine and
from the contagion to the insurgent movements, from what the city is not allowed to
dominate, the TA can operate in resistance to the control processes and automation of
life === Esta pesquisa parte de inquietações referentes ao campo do AT, mais precisamente em
relação à formação de trabalhadores nessa função, e busca contribuir para a formação de
trabalhadores de saúde mental nos dispositivos de cuidado territoriais, criados a partir da
Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB) e da Política Nacional de Saúde Mental (PNSM).
A pesquisa faz um percurso sobre as trajetórias clínico-políticas da saúde mental no
Brasil, passando pela pré-história do AT nos anos de 1960, para focalizar a segunda
metade dos anos 1970, momento de efervescência política e de luta pela redemocratização
do país, e quando se dá a fundação do Hospital-Dia A Casa, onde situamos, no início dos
anos 1980, o surgimento do AT em São Paulo. A partir deste percurso, foi possível
evidenciar o AT, desde suas origens, ligado aos movimentos de abertura, de resistência
aos poderes hegemônicos, homogeneizantes, silenciadores, excludentes, bem como sua
disposição transdisciplinar. Com isso, afirma-se que a teorização do AT faz uso de
diferentes ferramentas conceituais para dar conta de sua clínica na cidade, no território, e
das demandas que surgem a partir da RPB. Ao propor a cena como ferramenta conceitual
do AT, buscou-se contribuir para a construção de subsídios para esta clínica: a cena como
o próprio método da clínica, do modo fazer do AT, e também como dispositivo de
transmissão da clínica do AT e de formação pelo trabalho. A divisão da cena em quatro
elementos constituintes o enquadre aberto, a presença/corpo, a transferência/escuta do
sujeito e a cidade serviu como recorte para a leitura de diferentes autores
comprometidos em teorizar a clínica do AT. A discussão das cenas de um AT
apresentadas em uma supervisão aberta mostra a cena operando em seus efeitos
multiplicadores de sentidos e afirma sua função de transmissão. Ao final do percurso,
considera-se que, a partir das perspectivas das redes, de sua atuação como máquina de
guerra e do contágio com os movimentos insurgentes, com aquilo que a cidade não se
deixa dominar, o AT pode operar na resistência aos processos de controle e de automação
da vida
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